Política
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Por Luísa Marzullo

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar os atos golpistas do dia 8 de janeiro será criada em sessão nesta quarta-feira. Neste contexto, a oposição e a base governista já articulam quais autoridades querem convocar para depor.

Do lado dos aliados de Jair Bolsonaro (PL), o principal alvo é o ministro da Justiça Flávio Dino. Já os deputados lulistas querem ouvir o próprio ex-presidente e o ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres.

Veja abaixo os nomes ventilados pelos aliados de Lula:

Anderson Torres

O ex-secretário de Segurança do DF, atualmente preso, estava em viagem de férias com a família durante os atos. A base governista pretende explorar a narrativa de que Torres teria viajado por ter tomado conhecimento de que as manifestações iriam ocorrer. Com a viagem, Torres teria deixado a segurança da capital sem comando.

Preso desde janeiro, ex-ministro Anderson Torres está deprimido, segundo pessoas próximas, e perdeu mais de dez quilos — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/15-06-2022
Preso desde janeiro, ex-ministro Anderson Torres está deprimido, segundo pessoas próximas, e perdeu mais de dez quilos — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/15-06-2022

Ibaneis Rocha

Afastado do cargo nos dias que sucederam os atos, o governador do DF também deve ser convocado. Rocha é questionado pela postura de agentes das forças de segurança que atuavam na capital.

Ibaneis reassume o governo do DF — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
Ibaneis reassume o governo do DF — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Jair Bolsonaro

Incluído no rol de investigados em um inquérito que apura a autoria intelectual dos atos, Bolsonaro compartilhou um vídeo, no dia seguinte ao 8 de janeiro, que suge que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fraudada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo Tribunal Federal (STF). A base governista deseja convocar o ex-presidente, mas estuda qual será o melhor momento para que a oposição não cause tumulto e o depoimento não sirva de palanque para o ex-presidente.

Ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: AFP
Ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: AFP

Braga Netto

O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice na chapa derrotada à reeleição também está na lista dos governistas. Recentemente, o ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli o acusou de participação nos atos.

Braga Netto conversa com Jair Bolsonaro durante cerimônia do Dia do Soldado na capital federal, em agosto — Foto: Cristiano Mariz/O Globo
Braga Netto conversa com Jair Bolsonaro durante cerimônia do Dia do Soldado na capital federal, em agosto — Foto: Cristiano Mariz/O Globo

General Augusto Heleno

À frente do GSI durante a gestão de Bolsonaro e responsável pela nomeação de parte dos militares acusados de leniência nos atos do dia 8, Heleno é outro nome ligado ao ex-presidente que deve ser convocado para prestar depoimento.

O general Heleno — Foto: Michel Filho | Agência O Globo
O general Heleno — Foto: Michel Filho | Agência O Globo

Veja abaixo os alvos da oposição:

Flávio Dino

Sem provas, os deputados da base bolsonarista repetem o argumento de que o ministro da Justiça agiu com leniência durante os atos. Na CPMI, Dino será o principal alvo de ataques, no intuito de tentar demostrar que o governo Lula foi omisso na repressão aos manifestantes.

O ministro da Justiça, Flávio Dino — Foto: Tom Costa / MJSP/ divulgação
O ministro da Justiça, Flávio Dino — Foto: Tom Costa / MJSP/ divulgação

Gonçalves Dias

Do lado da oposição, parlamentares acusam de prevaricação (quando funcionário público dificulta ou falta com os deveres de seus cargo) o ex-ministro-chefe do GSI Gonçalves Dias. O general pediu demissão após vir à tona um vídeo em que ele circula pelo Palácio do Planalto em meio aos ataques golpistas de 8 de janeiro.

O general Gonçalves Dias, o GDias, e o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) — Foto: Ricardo Stuckert / PR
O general Gonçalves Dias, o GDias, e o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) — Foto: Ricardo Stuckert / PR

José Múcio Monteiro

Também sem provas, o ministro da Segurança José Múcio é acusado pela oposição de não ter impedido os atos terroristas.

José Múcio ao lado do presidente Lula — Foto: Agência O Globo
José Múcio ao lado do presidente Lula — Foto: Agência O Globo
Mais recente Próxima CPMI de 8 de janeiro: em seis pontos, entenda o que pode ser investigado pela comissão
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