O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará um ato de campanha ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e sem a presença do candidato ao governo fluminense da coligação petista, Marcelo Freixo (PSB). Também não estará presente no palanque o candidato de Paes ao Palácio Guanabara, Rodrigo Neves (PDT).
A agenda será voltada para a campanha presidencial de Lula no Rio — estado que é o berço eleitoral do grupo político do presidente Jair Bolsonaro (PL) e é considerado estratégico pelo presidenciável para vencer a disputa do Palácio do Planalto.
O evento está previsto para ser realizado no dia 25 de setembro. No dia seguinte deve ocorrer outro comício do PT na Baixada Fluminense, também sem a presença de Freixo.
Como Lula e Paes têm candidatos que são adversários na disputa pelo governo do Rio, articuladores dos atos optaram por excluir Freixo e Neves dessas agendas.
Candidato da coligação de Lula, Freixo busca associar sua imagem à do petista desde a pré-campanha, e tem levado o ex-presidente para seus programas eleitorais em rádio e TV. Sua estratégia é aproveitar a popularidade de Lula para nacionalizar ao máximo a eleição, colando, por outro lado, seu principal adversário, o governador Cláudio Castro (PL), no presidente Jair Bolsonaro (PL).
Rodrigo Neves tem feito campanha sem associação frequente com o presidenciável de seu partido, Ciro Gomes, embora acompanhe o pedetista em suas agendas no Rio. Na pré-campanha, Neves chegou a comparecer a um evento organizado por líderes políticos e movimentos sociais em apoio à candidatura de Lula, o que, na ocasião, causou ruídos com a militância de seu partido.
Em suas agendas, também é comum ver apoiadores com referências à dobradinha entre os dois candidatos. A avaliação do PDT é de que não faz sentido negar apoios que possam contribuir com a candidatura no Rio.