Uma fala de Rodriguinho no "BBB 24" tem provocado polêmica nas redes sociais. Neste sábado (13), músicos se manifestaram contra as declarações do cantor, que debochou do boi-bumbá durante uma conversa sobre Isabelle. No X (antigo Twitter), o público iniciou uma campanha usando com a #EuSouBoiBumba. A hashtag chegou aos trending topics do Brasil.
No quarto do líder, Rodriguinho conversava com Vinicius Rodrigues, que disse se identificar com a dançarina. O cantor quis saber o que os dois colegas têm em comum.
— Você gosta de boi-bumbá também? Ela só fala isso — disse ele, aos risos, em tom de deboche.
— Você mora na Amazônia? — questionou Nizam, também rindo.
O cantor, compositor e instrumentista Ivo Meirelles publicou um vídeo em seu Instagram condenando as falas (confira o vídeo abaixo):
— Acabei de ver cenas do "Big Brother" lamentáveis. Pessoas debochando do boi-bumbá. Não sou do Amazonas e amo boi-bumbá. Não sou do Amazonas e danço o boi-bumbá. Boi-bumbá é uma cultura muito forte do Amazonas. Acontece em Parintins. Tem que ser respeitado como têm que ser respeitados o samba, o maracatu e tantas outras culturas Brasil afora. Debochar do boi-bumbá é debochar do Brasil. Isabelle, que está lá, é cunhã-poranga do Boi Garantido, portanto, ela tem que dançar boi-bumbá, é a cultura dela. Se tivesse uma sambista lá, ia dançar samba o tempo todo.
O baixista Rodrigo Santos, ex-Barão Vermelho, escreveu na postagem: "Eu vi também. Deboche geral, gargalhadas etc. Muito triste, lamentável. Parabéns pelo posicionamento, Ivo". O cantor David Assayag, um dos principais nomes do Festival de Parintins, também se manifestou: "Valeu, Ivo. É isso aí". A cantora amazonense Marcio Novo concordou com Ivo: "Falou tudo!".
No perfil de Isabelle no X, os administradores postaram: "O Boi-Bumbá é uma das manifestações folclóricas mais ricas em detalhes. Mexe com o imaginário das pessoas, envolvendo-as em um universo estético amplo por meio da dança e um sentimento inexplicável. Essa festa representa um resgate da história local, marcada pelas desigualdades sociais".