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Principais fatos sobre o líder líbio Muammar Gaddafi

(Reuters) - Combatentes rebeldes entraram jubilosos no centro de Trípoli, e multidões tomaram as ruas para festejar, rasgando cartazes do líder líbio, Muammar Gaddafi.

Seguem alguns fatos sobre Gaddafi, o líder que permaneceu no poder por mais tempo no mundo árabe. Sem uma função oficial no governo, ele é conhecido como "Irmão Líder e Mentor da Revolução".

* Nasce em 1942 em uma tenda próximo a Sirte, no Mediterrâneo, filho de um vaqueiro beduíno. Abandona os estudos universitários de Geografia para seguir uma carreira militar que incluiu passagens no Exército britânico. Assume o poder em um golpe em 1969.

* Adota o pan-arabismo do falecido líder egípcio Gamal Abdel Nasser e tenta sem sucesso unir a Líbia, o Egito e a Síria em uma única federação. Uma tentativa semelhante para juntar a Líbia com a Tunísia termina em ressentimentos.

* Em 1977 ele muda o nome do país para Grande Jamahiriyah (Estado das Massas) Árabe Popular e Socialista da Líbia e diz que os cidadãos poderiam manifestar suas opiniões nos congressos do povo.

* Aviões dos EUA bombardeiam a Líbia em 1986 em resposta a um atentado a bomba em uma discoteca de Berlim frequentada por soldados norte-americanos.

* Sanções da ONU, impostas em 1992 para pressionar Trípoli a entregar dois líbios suspeitos pelo atentado em um avião que sobrevoava Lockerbie, na Escócia, em 1988, prejudicam a economia líbia, rica em petróleo, amenizando a retórica anticapitalista e anti-Ocidente de Gaddafi.

* Excluído da comunidade internacional durante grande parte de seu governo por conta das acusações de terrorismo pelo Ocidente, Gaddafi abandona seu programa de armas proibidas em 2003 para trazer a Líbia de volta à comunidade da política internacional.

* Em setembro de 2004, o presidente norte-americano George W. Bush encerra formalmente um embargo comercial dos EUA contra a Líbia, depois que Gaddafi descarta planos de seu programa de armas e assume a responsabilidade por Lockerbie.

* Seu caráter performático é evidenciado principalmente nas visitas ao exterior, quando dorme em uma tenda beduína com dezenas de guardas de segurança femininas. Durante visita à Itália em agosto de 2010, um convite de Gaddafi a centenas de mulheres jovens para se converterem ao islamismo se torna o centro de atenções durante a viagem, que tinha como objetivo consolidar os laços entre Trípoli e Roma.