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Por O Globo, com agências internacionais — Kiev

Equipes de serviços de emergência da Ucrânia continuavam a retirar escombros e procurar vítimas no Hospital Pediátrico Okhmatdyt, bombardeado pela Rússia na segunda-feira, na manhã desta terça-feira, à medida que o Conselho de Segurança da ONU se prepara para discutir o tema e autoridades e organizações internacionais condenavam os ataques, que deixaram ao menos 38 mortos em todo o país. O Papa Francisco expressou "profunda dor" pelo ataque massivo da segunda-feira, enquanto uma missão da ONU informou que todos os indícios apontam para um ataque direto russo no bombardeio ao hospital contra Kiev. O Brasil condenou o ataque, sem citar Moscou.

Pouco após o ataque ser noticiado pelas autoridades ucranianas, a Rússia rebateu os relatos de ataque direto ao hospital infantil, alegando que os danos teriam sido causados por um míssil de defesa antiaéreo ucraniano. Contudo, um monitor de direitos humanos da ONU na Ucrânia afirmou, a partir de análises de vídeo e do local do ataque, que o prédio muito provavelmente foi bombardeado diretamente por um míssil russo.

Segundo o governo ucraniano, um míssil de cruzeiro russo Kh-101 atingiu o hospital pediátrico. Especialistas em munição que analisaram vídeos do bombardeio, ouvidos pela rede britânica BBC, afirmaram que o projétil era um míssil lançado do ar, com perfil compatível com o Kh-101. Moscou reiterou nesta terça-feira que as forças russas atacam apenas instalações militares.

O Conselho de Segurança da ONU anunciou que o ataque será tema de uma reunião nesta terça-feira, convocada por uma série de países, incluindo Reino Unido, França e EUA. A Rússia ocupa a Presidência do conselho neste momento.

Quase 400 socorristas e centenas de voluntários trabalharam na segunda-feira no hospital de Okhmatdyt para ajudar a retirar os escombros e procurar sobreviventes, segundo Zelensky. Duas pessoas, um médico e um visitante, morreram no hospital e outras vítimas podem estar sob os escombros, informaram funcionários do governo municipal.

Voluntários, incluindo médicos, trabalham na retirada de escombros do hospital atingido em Kiev — Foto: Roman Pilipey/AFP
Voluntários, incluindo médicos, trabalham na retirada de escombros do hospital atingido em Kiev — Foto: Roman Pilipey/AFP

Trinta e oito pessoas morreram em todo o país na segunda-feira, incluindo quatro crianças, e 190 ficaram feridas depois que quase 40 mísseis russos atingiram diversas cidades, de acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que decretou um dia de luto na capital.

Ao redor do mundo, as reações ao ataque continuaram nesta terça. No Vaticano, o Papa Francisco externou pesar pelos bombardeios de segunda-feira. "[O Pontífice] recebeu com profunda dor a informação sobre os ataques a dois centros médicos em Kiev, incluindo o maior hospital pediátrico da Ucrânia", afirmou o Vaticano em um comunicado.

Em Washington, o presidente dos EUA, Joe Biden, que recebe nesta terça-feira os chefes da Otan para as comemorações dos 75 anos da aliança militar — que acontece com a guerra na Ucrânia em foco —, disse que o ataque era "um lembrete da brutalidade russa", e apelou para que o mundo continuasse a reforçar as capacidades de defesa aérea de Kiev.

O Itamaraty divulgou uma nota oficial sobre o ataque ao hospital pediátrico no fim da noite de segunda. Sem mencionar a Rússia, o governo brasileiro condenou o bombardeio e disse defender o "diálogo entre as partes" para uma "solução pacífica" do conflito.

"O governo brasileiro reitera sua condenação a ataques em áreas densamente povoadas, especialmente quando acarretam danos a instalações hospitalares e a outras infraestruturas civis, e expressa sua solidariedade às vítimas e a seus familiares. O governo brasileiro continua a defender o diálogo e uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia. Até que os atores relevantes se engajem de forma genuína e eficaz em negociações de paz, o Brasil reitera o apelo para que três princípios para a desescalada da situação sejam observados: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer parte", diz a nota.

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