![O ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira faz pronunciamento após o fim das reunião. — Foto: Alexandre Cassiano/O Globo](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/oCmj76uo7Ag8XyafPrhxLkHu9Cs=/0x0:3266x2264/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/h/z/XvBtykQUu2yTSpbmnAvg/105991845-pa-rio-de-janeiro-rj-22-02-2024-reuniao-de-chanceleres-do-g20-na-marina-da-gloria-o.jpg)
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, comparou, em discurso feito neste domingo durante a 64ª cúpula de chefes de Estado do Mercosul, a tentativa de golpe na Bolívia aos ataques golpistas no Brasil no 8 de janeiro de 2023.
O chanceler também aproveitou sua fala diante de representantes dos países que integram o bloco para fazer uma defesa da democracia.
— No Brasil, também tivemos de enfrentar ainda nos primeiros dias deste terceiro mandato do presidente Lula uma tentativa de reverter por meio da violência a vontade soberana do povo expressa nas urnas. No Brasil, assim como na Bolívia, a democracia venceu e tenho certeza de que sairá mais forte — afirmou.
O chefe da diplomacia brasileira falou para uma plateia na qual se incluía a ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, que presidia a Corte durante a intentona golpista e foi uma das mais ativas vozes em defesa das instituições democráticas. A ex-magistrada atualmente atua como árbitra do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.
Ao falar sobre a tentativa de golpe na Bolívia, Vieira também manifestou solidariedade com sua homóloga boliviana, Celinda Sosa.
O encontro do Mercosul ocorre no Paraguai. O ministro ainda registrou em sua fala as discussões mantidas com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e o Japão.
— Embora as tratativas estejam em estágios diferentes, vislumbramos o seu potencial, desde que tais parceiros respondam adequadamente às preocupações do Mercosul — afirmou.
O chanceler também informou aos demais países ter depositado, no último dia 3 de julho, a ratificação do acordo Mercosul-Palestina. Segundo ele, a parceria permitirá que o acordo entre vigência no começo do mês de agosto.
— Gostaria de reafirmar o compromisso do Brasil com um Mercosul cada vez mais integrado com nossos irmãos da América do Sul e da América Latina e do Caribe, bem como com importantes parceiros em todo o mundo. Para enfrentar os desafios globais e fortalecer a nossa região, devemos, primeiramente, fortalecer nosso bloco, com instituições robustas, maior integração de nossas cadeias produtivas, mais cooperação e, acima de tudo, com a constante defesa dos nossos princípios fundadores: a paz e a democracia como elementos-chave do processo de integração — concluiu.