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Por O Globo e agências internacionais — Cidade de Gaza e Rafah

RESUMO

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GERADO EM: 22/06/2024 - 09:31

Violência em Gaza preocupa ONU e Cruz Vermelha

Ataque em Gaza mata 22 pessoas perto de abrigos de deslocados. Cruz Vermelha alerta para risco aos civis. Conflito entre Israel e Hamas se intensifica. Hezbollah ameaça Israel e Chipre. Aumento da violência na região preocupa ONU.

Diferentes campos de deslocados foram atingidos por bombardeios na Faixa de Gaza nas últimas horas, resultando em ao menos 64 mortes no total, segundo a imprensa internacional. Dois distritos da Cidade de Gaza, no norte do enclave, sofreram ataques que deixaram pelo menos 38 mortos neste sábado, afirmou o grupo terrorista Hamas. Na sexta-feira, um bombardeio próximo a uma área onde centenas de deslocados palestinos buscavam refúgio em al-Mawasi, no sul da Faixa de Gaza, perto de Rafah, matou pelo menos 22 pessoas e feriu mais de 50, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Os ataques deste sábado atingiram o bairro de al-Shati, conhecido compo de refugiados, e o distrito de al-Tuffah, ambos atingidos por explosões significativas que mataram 38 pessoas no total, informou Ismail al-Thawabta, diretor do escritório comunicação social do Hamas. Relatos anteriores estimavam o número de mortos em 42, mas foram corrigidos posteriormente. Segundo o governo da Faixa de Gaza, há também ao menos 14 pessoas desaparecidas nos escombros, o que significa que o número de fatalidades pode aumentar.

Muitos detalhes permaneceram obscuros, mas os militares israelenses afirmaram que os seus caças tinham como alvo a "infraestrutura militar do Hamas" em dois locais na área da Cidade de Gaza, sem dar mais detalhes. Equipes de resgate e residentes disseram que houve muitos mortos e feridos no local e que pelo menos um dos ataques foi grande o suficiente para levantar enormes nuvens de poeira. Na noite deste sábado, o governo israelense afirmou, em nota, que não atacou diretamente instalações humanitária e que “investigará o ocorrido”.

Adicionalmente, o porta-voz da organização de resgate de emergência da Defesa Civil Palestina, Mahmoud Basal, também citou o bairro de Shujaiyya como um terceiro alvo de ataques, onde estariam mais vítimas sob os destroços. Não ficou claro por que o número era diferente da contagem dos militares israelenses.

De acordo com relatos iniciais publicados na mídia israelense, os ataques tinham como alvo um comandante graduado do Hamas. Desde o início da guerra, Israel tem procurado atingir altos membros do Hamas em Gaza, incluindo comandantes militantes e o chefe do Hamas no enclave, Yahya Sinwar.

Mohammad Haddad, 25 anos, que mora em Shati, ouviu "três ou quatro fortes explosões" antes que uma nuvem de poeira cinzenta descesse sobre a vizinhança. Quando a poeira baixou, disse Haddad, ele se aventurou em direção ao local dos ataques. O bombardeio atingiu seis ou sete casas no mesmo bloco residencial, demolindo-as, disse Haddad. Ele disse que viu cerca de uma dúzia de pessoas mortas e muitas outras feridas.

— No caminho, vi pessoas espalhadas pelo chão, algumas delas feridas e outras mortas — disse ele por telefone ao NYT. — Eram tantos que eu não conseguia contar.

Ataque no sul

Os novos ataques ocorreram algumas horas após o relato do CICV sobre um bombardeio próximo à área onde centenas de deslocados palestinos se refugiam em al-Mawasi, comunidade costeira no sul da Faixa de Gaza, perto da cidade de Rafah. A declaração do CICV não apontou um responsável pelo ataque, que também danificou as estruturas de seu escritório na região, mas descreve "projéteis de grande calibre", sugerindo os tipos de armas utilizadas por Israel e não pelo Hamas.

"Disparar tão perigosamente perto de estruturas humanitárias coloca em risco a vida de civis e humanitários", alertou o grupo no X (antigo Twitter). O CICV ainda chamou o ataque de "grave incidente de segurança", um dos vários que sofreu nos últimos dias.

O Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas culpou Israel pelo ataque de sexta-feira. Os militares israelenses, por sua vez, afirmaram que sua análise inicial não mostrou "nenhuma indicação" de um bombardeio na região.

Rafah, que faz fronteira com o Egito, tem sido o ponto focal da campanha militar israelense desde o início de maio. Cerca de um milhão de pessoas deslocadas de outras partes de Gaza aglomeraram-se na cidade desde o início da guerra, em 7 de outubro, após o ataque do Hamas no Sul de Israel.

Quando a ofensiva terrestre israelense começou na região, as Forças Armadas ordenaram que as pessoas se deslocassem para a área humanitária expandida em al-Mawasi, designada como uma "zona segura", enquanto intensificavam suas operações no sul do enclave. Segundo as Nações Unidas, as instalações na área são inadequadas para as centenas de milhares de habitantes de Gaza desalojados pela violência em Rafah e em toda a Faixa de Gaza.

'Catástrofe além da imaginação'

Enquanto isso, depois de meses de escalada de violência ao longo da fronteira norte de Israel com o Líbano, o chefe das Nações Unidas, António Guterres, alertou na sexta-feira que "o risco de agravamento do conflito no Oriente Médio é real e deve ser evitado". Falando a repórteres em Nova York, Guterres disse que "um movimento precipitado" de Israel ou do Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã, poderia desencadear uma "catástrofe que vai muito além da fronteira e, francamente, além da imaginação".

Aliado do Hamas, o grupo reivindicou uma série de ataques contra tropas israelenses e posições perto da fronteira na sexta-feira, incluindo dois usando drones. Por sua vez, o Exército israelense disse ter realizado vários ataques de retaliação nos últimos dois dias.

Jatos israelenses atingiram na sexta-feira uma "estrutura militar do Hezbollah na área de Khiam, um posto militar do Hezbollah na área de Meiss al-Jabal e uma infraestrutura terrorista do Hezbollah nas áreas de Taybeh e Tallouseh no sul do Líbano", disse o exército em um comunicado.

Em meio à escalada de conflito entre Israel e o Hezbollah e os temores de uma guerra mais ampla na região, os militares de Israel disseram na terça-feira que os planos para uma ofensiva no Líbano foram "aprovados e validados".

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, por sua vez, afirmou recentemente que "nenhum lugar" em Israel "seria poupado de nossos foguetes" em uma guerra mais ampla, e também ameaçou o vizinho Chipre, membro da União Europeia (UE).

A violência na fronteira com o Líbano começou após o ataque do Hamas ao sul de Israel em outubro, que resultou na morte de 1.194 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais. Eles também capturaram reféns, 116 dos quais permanecem em Gaza, embora o Exército de Israel afirme que 41 estão mortos.

Em resposta ao ataque, a ofensiva retaliatória de Israel já matou pelo menos 37.431 pessoas no enclave palestino, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. (Com NYT.)

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