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Por O Globo — Puglia, Itália

Às vésperas da reunião dos líderes das sete maiores economias do mundo, o G7, na Puglia, Sul da Itália, investigadores locais antimáfia têm intensificado os esforços contra três grupos mafiosos que operam na região, levando o governo a preparar um esquema de segurança reforçado para a cúpula. Esses grupos, ramificações da organização criminosa Sacra Corona, operam majoritariamente na Itália e nos Bálcãs, diferentemente de outras máfias italianas mais conhecidas, como a Cosa Nostra (na Sicília), Camorra (em Nápoles) e 'Ndrangheta (na Calábria), que têm amplas operações internacionais.

Baseados nas cidades costeiras de Bari e Brindisi, onde os líderes do G7 se reunirão de 13 a 15 de junho, esses clãs têm realizado ataques à luz do dia e em ritmo alarmante, criando um ambiente de violência crescente na região, segundo a Digos (Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais), a principal unidade antiterrorismo e antimáfia da Itália.

Além do roubo de carros e invasões, também houve casos de mutilações e assassinatos com base em vingança entre os clãs nos últimos meses, segundo relatos da mídia italiana, com ameaças de bombas em estações de trens.

Um relatório semestral do Ministério do Interior da Itália, divulgado em janeiro de 2024, revelou que há preocupantes sinais de conflitos crescentes não só entre clãs rivais, mas também dentro dos próprios grupos. Diante dos números, o órgão sugeriu a implantação das Forças Armadas para restaurar a ordem na região, sobretudo com a aproximação da reunião do G7.

Segundo a CNN, investigações também estão em andamento sobre a possível infiltração mafiosa em projetos de construção relacionados ao evento. A reportagem cita obras viárias, a construção de helipontos para que os líderes possam se deslocar com segurança e até mesmo o centro de imprensa como parte das investigações.

— Ninguém poderia ter previsto que, nas vésperas do G7, agendado de 13 a 15 de junho, Puglia, onde os encontros entre os líderes mundiais serão realizados, seria afetada por eventos criminosos que, embora não relacionados entre si, tornam a gestão da segurança ainda mais complexa — disse o prefeito de Brindisi, Luigi Carnevale, em uma coletiva de imprensa transmitida pela televisão.

Para proteger a cúpula do G7, as autoridades italianas criaram uma "zona vermelha" de 10 quilômetros ao redor de Borgo Egnazia, resort de luxo onde se encontrarão os líderes, e uma "zona amarela" de 30 quilômetros adicionais, que serão rigidamente patrulhados.

Segundo a CNN, mais de 5 mil soldados foram enviados à região, navios de cruzeiro estão ancorados no litoral para proteger as delegações e um porta-aviões dos EUA chegará em breve. A política de fronteiras abertas do espaço Schengen — área composta por 27 países europeus que aboliram o controle de fronteira entre si — foi suspensa de 5 a 18 de junho para reforçar o controle de passaportes.

Participarão da cúpula os líderes do Grupo dos Sete — Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos —, além de outros líderes globais, como os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Javier Milei, assim como o Papa Francisco — todos a convite da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

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