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Por — Tel Aviv

Pela primeira vez em meses, as sirenes de alarme em Tel Aviv voltaram a tocar. Neste domingo, o Hamas disparou uma série de foguetes contra o território israelense. Segundo o Exército de Israel, pelo menos oito mísseis foram disparados. Isso acontece após Israel bombardear a cidade palestina de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, apesar de a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ter ordenado a suspensão das operações nessa área do território palestino.

O Exército informou que alguns foguetes foram interceptados. Segundo o serviço de emergência de Israel, duas mulheres ficaram levemente feridas ao fugirem para um abrigo durante o ataque. A mídia local relata vários ferimentos leves e danos materiais devido ao ataque.

Este é o primeiro ataque de mísseis de longo alcance vindos de Gaza desde janeiro. A ala armada do Hamas afirmou no Telegram nesta manhã que havia atacado Tel Aviv "em resposta aos massacres sionistas contra civis".

Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo movimento islamista palestino Hamas, ao menos 81 pessoas morreram nas últimas 24 horas, que também menciona 80.643 pessoas feridas em mais de sete meses de guerra. O comunicado da pasta diz que 35.984 pessoas morreram desde os ataques do dia 7 de outubro.

Horas antes, bombardeios e disparos de artilharia israelenses atingiram o norte e o centro do território palestino, assim como Rafah, cidade no extremo sul da qual centenas de milhares de palestinos fugiram após o início da ofensiva israelense.

Os líderes em Tel Aviv insistem há meses que uma operação terrestre em grande escala em Rafah era necessária para erradicar as brigadas de militantes do Hamas que permanecem na cidade e resgatar reféns que estariam sendo mantidos na região. Os Estados Unidos, a ONU e grupos de direitos humanos expressaram séria preocupação com a ofensiva, alegando que isso ameaça a segurança de civis que se refugiam lá.

O ministro do gabinete de guerra israelense, Benny Gantz, disse que os foguetes disparados de Rafah "provam que as Forças de Defesa de Israel (FDI) devem operar em todos os lugares de onde o Hamas ainda opera".

'Diplomacia de emergência'

Após quase oito meses de guerra, continua aumentando a pressão internacional e interna para que Israel feche um acordo com o Hamas que inclua a libertação dos reféns que continuam em poder do movimento islamista que governa a Faixa de Gaza desde 2007.

Um alto funcionário afirmou que o gabinete de guerra israelense deve se reunir no domingo à noite para analisar os esforços para liberar os reféns. Outra fonte assegurou no sábado que o governo israelense tem a intenção de retomar as negociações nesta semana.

A CIJ, máxima instância judicial da ONU, também exigiu a abertura da passagem fronteiriça entre Egito e Gaza em Rafah, porta de entrada de ajuda humanitária que Israel fechou no início do mês ao iniciar suas operações militares na cidade.

O Egito, que se recusava a reabrir a passagem de Rafah enquanto as tropas israelenses controlassem o lado palestino, anunciou no domingo que permitiu o trânsito de caminhões de ajuda através da passagem israelense de Kerem Shalom, segundo Al Qahera News. O país africano também declarou que prosseguia "seus esforços para reativar as negociações" indiretas entre Israel e Hamas.

As negociações indiretas mediadas por Catar, Egito e Estados Unidos estagnaram no início de maio, pouco depois do início das operações militares de Israel em Rafah.

Meios de comunicação israelenses indicaram que o chefe do Mossad, o serviço de inteligência, David Barnea, acordou durante reuniões em Paris com o diretor da CIA, William Burns, e o primeiro-ministro catariano, Mohamed bin Abdulrahman al Thani, um novo quadro para as conversações.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar "comprometido em uma diplomacia de emergência" para tentar conseguir um cessar-fogo e a libertação dos reféns. Representantes do Catar têm previsto se reunir com uma delegação do Hamas nos próximos dias, segundo o site de notícias americano Axios.

Ataque em Rafah

Neste domingo, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu convocou seu gabinete de guerra para discutir a continuidade das operações em Rafah. Tanques israelenses sondaram os arredores de Rafah, perto do ponto de travessia de Gaza para o Egito, e invadiram alguns de seus distritos, dizem os residentes, mas ainda não entraram na cidade em força desde o início das operações na cidade no início deste mês.

Cerca de 800.000 pessoas fugiram desde então da cidade, segundo a ONU, que adverte sobre a catastrófica situação humanitária em toda a Faixa de Gaza, com risco de fome e hospitais fora de serviço devido ao cerco de Israel.

Segundo o Monitor de Direitos Humanos Euro-Med, com sede em Genebra, 70 organizações (incluindo o Centro Internacional de Justiça de Genebra e a Corte de Bruxelas), estão pedindo a todas as autoridades relevantes e instituições internacionais que declarem estado de fome na Faixa de Gaza.

O relatório da ONG diz que a insegurança alimentar está aumentando em todo o território de Gaza devido ao uso da fome por Israel como uma “arma de guerra”. Desde o início do conflito, Israel tem imposto obstáculos à entrada de alimentos em Gaza. O país já controlava a entrada de ajuda humanitária no território mesmo antes do conflito, mantendo há quase duas décadas um bloqueio terrestre (com a ajuda do Egito), marítimo e aéreo sobre a Faixa de Gaza. Agora, com a operação militar, Israel controla o território internamente.

“As organizações declararam que os níveis de segurança alimentar diminuíram significativamente como resultado da operação terrestre do exército israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que começou em 7 de maio e foi precedida, no dia anterior, pelo bloqueio da entrada de caminhões de ajuda humanitária através da passagem de Rafah”, diz a ONG.

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