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Por AFP — Moscou

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira que as armas nucleares do país são mais modernas e avançadas que as dos Estados Unidos, e destacou que seu arsenal sempre está "preparado" para uma guerra nuclear. Na longa entrevista concedida à TV estatal Rossiya 1 e à agência RIA Novosti, exibida poucos dias antes do início das eleições — na qual deve se reeleger por ampla maioria na ausência de opositores—, o líder russo também respondeu pela primeira vez a fala do presidente francês, Emmaneul Macron, de que o envio de tropas ocidentais à Ucrânia "não pode ser excluído".

— Nossa tríade, a tríade nuclear, é mais moderna que qualquer outra tríade. Apenas nós e os americanos temos estas tríades. E nós avançamos muito mais aqui — afirmou, em referência às três formas de lançar armas nucleares: por terra, mar e ar.

Putin também acrescentou que o país está "preparado" para um conflito nuclear, mas que nunca pensou em utilizar armas nucleares na Ucrânia.

— Por que deveríamos utilizar meios de destruição em massa? Nunca houve tal necessidade — declarou, antes de destacar que a doutrina militar russa prevê o uso de armas do tipo apenas se a existência da Rússia estiver ameaçada ou no caso de "um ataque à nossa soberania e independência".

'Não muda nada'

Na entrevista, o presidente russo também reagiu pela primeira vez às declarações do presidente Emmanuel Macron que, no último dia 26, disse "não descartar" o envio de tropas de países ocidentais à Ucrânia. Em resposta, Putin afirmou que a medida não mudaria nada.

— Se falarmos de contingentes militares oficiais de países estrangeiros, tenho certeza de que isto não mudará a situação no campo de batalha. Esta é a coisa mais importante, assim como o fornecimento de armas não muda nada — declarou Putin.

Na época, a fala gerou uma onda de negativas por parte de países aliados de Kiev, que descartaram qualquer mobilização dessa espécie, e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o envio "não convém" ao Ocidente. O envolvimento direto de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na guerra poderia escalar o conflito.

Putin também acusou a Ucrânia de intensificar os ataques em território russo para prejudicar as eleições presidenciais, que acontecerão entre 15 e 17 de março. Kiev afirma que prosseguirá com os ataques enquanto o Exército russo ocupar seu território e bombardear as suas cidades.

— O objetivo principal, não tenho dúvida, se não for prejudicar as eleições presidenciais na Rússia, é pelo menos tentar impedir de alguma forma que os cidadãos expressem sua vontade — disse.

Ataques recorrentes em território russo

A Rússia está em uma posição de força desde o fracasso da contraofensiva ucraniana no verão (hemisfério norte, inverno no Brasil) de 2023, mas não conseguiu derrotar a Ucrânia, dois anos após o início da ofensiva. Ao mesmo tempo, o território russo é alvo de ataques recorrentes de drones, fogo de artilharia e, em alguns poucos casos, de ataques terrestres.

Na terça-feira, combatentes russos pró-Ucrânia afirmaram que atravessaram a fronteira russa em uma incursão armada que terminou com uma pessoa morta. O Kremlin, por sua vez, disse que impediu uma invasão.

Os combatentes anunciaram que tomaram o controle da localidade Tiotkino, na região de Kursk. Nesta quarta-feira, um grupo, a Legião Liberdade da Rússia, divulgou um vídeo em que dois integrantes afirmam que estão lutando na localidade. Na madrugada desta quarta, novos ataques com dezenas de drones ucranianos atingiram o território russo. Um deles provocou um novo incêndio em uma refinaria em Ryazan, quase 200 quilômetros ao sudeste de Moscou, informou o governador da região, Pavel Malkov.

Outro drone foi derrubado quando se aproximava de uma refinaria de petróleo na região de Leningrado, perto de São Petersburgo (noroeste), anunciou o governador Alexander Drozdenko no Telegram.

No total, 58 drones atacaram diversas áreas da Rússia durante a noite de terça e a manhã de quarta, em particular Belgorod, Bryansk, Kursk e Voronezh, as quatro regiões fronteiriças com a Ucrânia. Um comunicado do Ministério da Defesa russo, no entanto, afirma que todos os dispositivos foram destruídos.

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