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Por — Buenos Aires

Colaboradores dos candidatos à Presidência da Argentina, o peronista Sergio Massa e o ultradireitista Javier Milei, admitem que a disputa pelo comando da Casa Rosada no segundo turno será acirrada, e ainda tem final aberto.

No comando de campanha peronista, o clima é de otimismo, mas também de cautela. A decisão da ex-candidata presidencial Patricia Bullrich, da aliança de centro-direita Juntos pela Mudança, de apoiar publicamente Milei foi comemorada por estrategistas da campanha peronista. Alguns deles disseram ao GLOBO que o gesto de Bullrich vai enfraquecer Milei e seu discurso de combate à casta política. O candidato do partido A Liberdade avança, apontaram as fontes, poderia perder votos de sua base mais radical.

A avaliação de assessores de Milei é diferente. Consultadas pelo GLOBO, fontes do comando de campanha do candidato de ultradireita afirmaram que a negociação com Bullrich e com o ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) era condição para continuar na corrida. Sem pelo menos uma parte dos 23% dos votos obtidos pela ex-ministra no primeiro turno, acrescentaram as fontes, Milei não teria nenhuma chance de tornar-se competitivo na batalha contra o peronismo. De fato, nas últimas 48 horas circularam rumores de que o candidato de A Liberdade Avança teria avaliado a possibilidade de renunciar à sua candidatura, o que Milei negou de forma taxativa.

Ainda não foram divulgadas pesquisas com cenários para o segundo turno, em 19 de novembro, mas, na opinião de analistas locais, o impacto da decisão de Bullrich ainda não está claro, e vai depender de vários fatores.

— Uma parte dos 23% que Patricia obteve no primeiro turno com certeza irá para Milei, mas quanto não sabemos. Isso vai depender do grau de antiperonismo do eleitor — aponta Diego Reynoso, professor e pesquisador da Universidade de San Andrés.

Para ele, “um eleitor que não for antiperonista não necessariamente vai migrar para Milei, que está focando sua campanha agora no combate ao kirchnerismo (facção hoje dominante dentro do peronismo)”.

Já Patricio Talavera, professor da Universidade Nacional de Buenos Aires (UBA), acredita que “os votos não são pacotes que se transferem tão facilmente”.

— Alguns eleitores podem seguir a orientação dos dirigentes pelos quais votaram, mas outros não. No fundo, toda está situação, para muitos difícil de entender, está enfraquecendo as lideranças da aliança opositora Juntos pela Mudança, hoje em crise — assegura Talavera.

O professor da UBA opina que as divergências dentro da aliança opositora, na prática, rachada pelo debate sobre o segundo turno, “vão promover uma dispersão dos votos que Bullrich teve no primeiro turno”.

Hoje, a aliança que governou a Argentina entre 2015 e 2019 está dividida em duas alas: uma de direita, liderada por Macri junto a Bullrich, e outra de centro, com dirigentes de peso como Horacio Rodríguez Larreta, prefeito de Buenos Aires. Dentro da aliança em crise convivem, ainda, a tradicional União Cívica Radical (UCR), que nesta quarta (25) anunciou que não apoiará nenhum dos dois candidatos, e a Coalizão Cívica, que através de alguns de seus líderes anunciou a mesma decisão.

Essa massa de eleitores que ficaram sem uma orientação de seus dirigentes, apontam os analistas, provavelmente se dividirão entre o voto em branco, nulo ou, em outros casos, pelo candidato do peronismo. Muito poucos, concluíram Talavera e Reynoso, irão para Milei.

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