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Por O Globo e agências internacionais — Tel Aviv e Gaza

As Forças Armadas de Israel afirmaram que destruíram cerca de 800 alvos na Faixa de Gaza, incluindo plataformas de lançamento de mísseis usadas pelo Hamas, na contraofensiva lançada um dia depois de o grupo extremista armado palestino iniciar um amplo ataque terrorista contra o país — considerada a maior ofensiva em 50 anos. O conflito, iniciado no sábado, já deixou mais de mil mortos e 4 mil feridos em 36 horas, números que não param de crescer.

O porta-voz das Forças Armadas de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, declarou em comunicado à imprensa que foram mortos centenas, feridos milhares e capturados dezenas de combatentes do Hamas. Mas também informa que "ainda há forças inimigas dentro de Israel", com parte dos infiltrados, segundo ele, "tentando fugir para Gaza e sendo mortos na fronteira".

Israel realiza intenso ataque contra 800 alvos em Gaza

Israel realiza intenso ataque contra 800 alvos em Gaza

A contraofensiva israelense teve início por volta das 3h45 da madrugada de domingo (horário local, 19h45 de sábado em Brasília). Ainda segundo Hagari, "a população israelense merece respostas, e é nossa responsabilidade fornecê-las. Estamos no meio de uma guerra; primeiro lutaremos e depois investigaremos", prometendo "caçar os terroristas onde quer que estejam".

O militar também destacou a atuação das forças israelenses em diversas áreas na região, incluindo confrontos em locais como Be'eri, Kfar Azza, Zikim, Nahal Oz e Kissufim. Além disso, mencionou um ataque massivo à cidade palestina de Beit Hanoun, que fica a 6km da israelense Sderot, com mais de 50 jatos de combate e "toneladas de munições" lançadas em 120 localidades. Ele também informou que a Força Aérea de Israel opera no momento com "capacidade total" e que o Hamas sofreu "centenas de baixas", com "dezenas de combatentes inimigos capturados".

Mapa mostra ataques do Hamas contra Israel — Foto: Editoria de arte
Mapa mostra ataques do Hamas contra Israel — Foto: Editoria de arte

O porta-voz internacional das Forças Armadas de Israel, tenente-coronel Richard Hecht, afirmou por sua vez, em coletiva de imprensa neste domingo que o objetivo do contra-ataque é "encerrar o enclave de Gaza" e "neutralizar todos os terroristas em nosso território".

E mesmo com a dimensão inédita dos ataques terroristas do Hamas, Hecht evitou discutir eventuais falhas de inteligência de Israel, afirmando que "a questão será discutida em uma ocasião posterior".

Como começou

O ataque do Hamas contra Israel começou às 6h30 de sábado (horário de Brasília) com disparos de foguetes de vários locais de Gaza. Em seguida, cerca de 300 combatentes palestinos iniciaram ataques dentro de Israel em diversas localidades próximas à fronteira. Segundo o Exército israelense, os combatentes usaram picapes, botes de borracha e até parapentes para entrar no país.

Um porta-voz das Forças Armadas israelenses confirmou que vários civis e soldados foram mantidos reféns em suas casas, como em Ofakim, ou levados à força para a Faixa de Gaza. O número total de capturados, informa o Haaretz, é desconhecido.

O Hamas divulgou um comunicado após o início dos ataques. Israel, juntamente com o Egito, mantém um duro bloqueio contra a Faixa de Gaza desde que o grupo assumiu o poder em 2007. Desde então, ocorreram vários conflitos entre combatentes palestinos e o Estado judeu. No comunicado os palestinos dizem que "decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação [israelense], o seu tempo de violência sem responsabilização acabou". E que "anunciamos a Operação Dilúvio de al-Aqsa e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes", uma referência à histórica disputa em torno da mesquita de al-Aqsa, local em Jerusalém sagrado tanto para muçulmanos como para judeus.

Um alto funcionário do Hamas disse que o objetivo da captura de reféns é o de trocá-los por prisioneiros palestinos nas cadeias israelenses. Em mensagem divulgada em redes sociais, o primeiro-ministro israelense disse, por sua vez, que o país "está em guerra" contra o grupo. A declaração foi confirmada mais tarde pelo Gabinete de Segurança de Israel.

— Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu — disse o premier Benjamin Netanyahu, em mensagem de vídeo.

*Em atualização.

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