A polícia ucraniana alertou nesta sexta-feira sobre ameaças de bomba nas escolas de Kiev, a capital da Ucrânia, no momento em que mais de 3 milhões de crianças retornam às salas de aula de todo o país para o segundo ano letivo desde o início da invasão russa.
— Recebemos informações sobre a presença de explosivos nas escolas de Kiev — disse à AFP a porta-voz da polícia, Yulia Girdvilis. — Todas as escolas estão sendo monitoradas pela polícia de Kiev com a ajuda do Serviço de Emergência do Estado.
Girdvilis pediu também que as pessoas “mantenham a calma”, enquanto as autoridades inspecionando as escolas. A polícia ainda não ordenou nenhuma retirada.
Mais de 3,6 milhões de crianças ucranianas, das quais 400 mil estão deslocadas no exterior, retornaram à escola nesta sexta-feira.
"O segundo 1º de setembro após a invasão em grande escala. Os russos estão tentando de tudo para destruir nossa nação. A nação preservou a possibilidade de as crianças frequentarem a escola ucraniana", disse o chefe do Gabinete presidencial, Andrii Yermak, no Telegram, nesta sexta-feira.
Crianças 'brincam' de guerra na Ucrânia
![Crianças 'brincam' como se estivessem em trincheira da guerra na Ucrânia - Foto: Sergei Supinsky/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/31BkqnT0glmUVZIN8AFi4DsDCII=/0x0:8256x5504/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/W/a/lmwih1QDeNbLeL9sLpnA/33fc3gz-highres-1-.jpg)
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Crianças 'brincam' como se estivessem em trincheira da guerra na Ucrânia - Foto: Sergei Supinsky/AFP
![Meninos usam roupas camufladas e armas de plástico para emular guerra em brincadeiras — Foto: Sergei Supinsky/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/fcKJ1_hi9Zp-CbrUzibuB8RyQ-A=/0x0:5076x3680/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/s/b/l5qVlWTuC3qAJlYjQTZw/33fc3xd-highres.jpg)
![Meninos usam roupas camufladas e armas de plástico para emular guerra em brincadeiras — Foto: Sergei Supinsky/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/emGntSKxSvLZIyT39bjqGhfC1hw=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/s/b/l5qVlWTuC3qAJlYjQTZw/33fc3xd-highres.jpg)
Meninos usam roupas camufladas e armas de plástico para emular guerra em brincadeiras — Foto: Sergei Supinsky/AFP
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![Crianças usam coletes à prova de balas feitos em casa durante 'brincadeiras' de guerra — Foto: Sergei Supinsky/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/sFd2hykmx5LFiP1fPn2hYfgU_N0=/0x0:8256x5504/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/I/0/RDmyoYQ7C5kLinNRisIQ/33fc3xj-highres.jpg)
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Crianças usam coletes à prova de balas feitos em casa durante 'brincadeiras' de guerra — Foto: Sergei Supinsky/AFP
![Psicólogos afirmam que crianças 'brincam' de guerra para poderem 'processar vivências' em meio ao conflito — Foto: Sergei Supinsky/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/xccPwG196d3_RqHTOC-uMnF3hjo=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/v/G/ExNKSKT6Gk3Flzej3Smw/33fc439-highres.jpg)
Psicólogos afirmam que crianças 'brincam' de guerra para poderem 'processar vivências' em meio ao conflito — Foto: Sergei Supinsky/AFP
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![Crianças conversam em parque enquanto outra 'brinca' de guerra, nos arredores de Kiev — Foto: Sergei Supinsky/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/VY0ena4mIyN7L9nlUStCn0RhobY=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/7/2/xyqtuVRB2A0AEZjshVYA/33fc3le-highres.jpg)
Crianças conversam em parque enquanto outra 'brinca' de guerra, nos arredores de Kiev — Foto: Sergei Supinsky/AFP
![Crianças usam roupas militares e armas de plástico nos arredores de Kiev — Foto: Sergei Supinsky/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/OFRevUv4ITMsDW3H9mC2O5TJAqs=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/9/2/w7B1mOTmayTAgDr19YPQ/33fc3jv-highres.jpg)
Crianças usam roupas militares e armas de plástico nos arredores de Kiev — Foto: Sergei Supinsky/AFP
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![Andriy Shyrokyh, de 13 anos, e Maksym Mudrak, de 10 anos, vestindo uniformes de combate e coletes à prova de bala feitos em casa, nos arredores de Kiev — Foto: Sergei Supinsky/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/NF2VD6OcxinX7EoOt1ikytYlWkE=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/e/h/6LrbS9SiS0QwH1Qm2Fqw/33fc3jl-highres.jpg)
Andriy Shyrokyh, de 13 anos, e Maksym Mudrak, de 10 anos, vestindo uniformes de combate e coletes à prova de bala feitos em casa, nos arredores de Kiev — Foto: Sergei Supinsky/AFP
![Brincadeiras infantis na Ucrânia foram afetadas por invasão russa - Foto: Sergei Supinsky/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/76XbiZLGMorM6_7ob8hvB4SbTKU=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/P/Q/L6mdMpSMaH6jgCTAFHdQ/33fc3lw-highres-1-.jpg)
Brincadeiras infantis na Ucrânia foram afetadas por invasão russa - Foto: Sergei Supinsky/AFP
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Este ano, "3.623.169 crianças estão estudando em nossas escolas", das quais 400 mil estão no exterior, mas "permanecem no sistema educacional ucraniano", acrescentou, informando que cerca de 44,9% dos alunos se beneficiarão de aulas presenciais, 24,4% estudarão por meio de ensino à distância e 30,7% de forma mista, disse ele.
De acordo com Yermak, 3.750 escolas foram destruídas "por mísseis e bombas russas" desde o início do conflito em fevereiro de 2022.
Atualmente, os combates estão concentrados no leste e no sul do país, mas as principais cidades distantes da linha de frente estão sujeitas a frequentes bombardeios russos, seja com mísseis ou drones explosivos.
- Considerado obsoleto: Tanque alemão da Guerra Fria será integrado ao Exército da Ucrânia
Na quarta-feira, houve um ataque maciço em Kiev que deixou dois mortos e foi descrito por autoridades militares como o ataque mais significativo à capital "desde a primavera".
Abrigos subterrâneos foram montados em algumas das principais cidades para permitir que os professores deem aulas mesmo se os alarmes forem acionados por possíveis bombardeios.
"Os alunos e professores são forçados a se adaptar a essa realidade", disse o comandante-chefe do Exército ucraniano, Valery Zaluzhny, no Telegram. "Mas o principal é que nossos filhos estudem, porque o conhecimento e a cultura são o que nos distingue do inimigo.
O Exército ucraniano lançou uma contraofensiva no sul e no leste do país em junho, em uma tentativa de recapturar territórios ocupados pelas forças russas.