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Por O Globo e agências internacionais — Bulgária

A primeira piloto de linha aérea do Afeganistão, que fugiu do país quando o Talibã ocupou o poder, em 2021, voltou a voar profissionalmente — agora, na Europa. Mohadese Mirzaee tinha apenas 23 anos quando deixou para trás sua família e o emprego dos sonhos. Fazia poucos meses que ela tinha conquistado o título de pioneira na área quando surgiram as notícias de que Cabul havia sido tomado.

Naquele dia, Mohadese já estava em seu posto de trabalho e com o uniforme devidamente vestido. Ela se preparava para realizar um voo noturno para Istambul que, no final das contas, nunca decolou. Enquanto milhares de afegãos invadiam o aeroporto internacional da cidade, a piloto foi desviada para um voo em direção à capital ucraniana, Kiev. Desta vez, porém, como passageira.

— Estava escuro quando decolamos, é tudo de que me lembro. Foi uma montanha-russa de emoções porque tudo aconteceu muito rápido. Eu não podia acreditar que Cabul havia caído. Quando saí de casa pela manhã e me despedi da minha família, não poderia imaginar que à noite estaria saindo de casa permanentemente — disse ela à época ao jornal The Guardian. — Vi meu país desmoronando.

Àquela altura, a única certeza que Mohadese tinha era que “precisava voltar a voar”. Na mesma entrevista, a jovem contou que havia se candidatado a vagas de piloto “em qualquer lugar”. Foi na Bulgária, no entanto, que ela participou de um treinamento de seis meses para obter uma nova licença de piloto. No final do ano passado, a afegã já estava habilitada a trabalhar na área.

— É sempre interessante quando vou aos aeroportos e passo pelas verificações de segurança. As pessoas me veem de uniforme e verificam meu passaporte. Eles dizem ‘você é do Afeganistão’, e eu confirmo, com orgulho — disse a piloto à imprensa local. Por motivos de segurança, no entanto, a jovem preferiu não revelar a identidade da empresa que trabalha atualmente.

A mãe e as duas irmãs de Mohadese também foram evacuadas do Afeganistão quando o Talibã tomou o poder. As três voaram para a Albânia no mesmo dia em que uma explosão atingiu a multidão que estava do lado de fora do aeroporto de Cabul, matando quase 200 pessoas e ferindo outras centenas. Hoje, a maioria dos amigos dela está espalhada pelo mundo.

— O Talibã quer silenciar as mulheres. Se eu desistir da minha paixão, [significa que] eles alcançaram o objetivo — disse.

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