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Por O Globo e agências internacionais — Washington

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou aos líderes do G7 que Washington apoiará o treinamento de pilotos ucranianos em caças F-16 que poderiam ser fornecidos a Kiev, informou um alto funcionário da Casa Branca nesta sexta-feira. Esta é a indicação mais direta até agora de uma possível entrega desses dispositivos a Kiev, apesar das relutâncias de Washington e em meio a uma expectativa pela contraofensiva das tropas ucranianas para recuperar territórios ocupados pela Rússia, mas que ainda não foi concretizada.

Biden, que está participando da cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, disse que os EUA "apoiarão um esforço conjunto" com seus aliados e parceiros "para treinar pilotos ucranianos em aviões de combate de quarta geração, incluindo F-16, para fortalecer e melhorar ainda mais as capacidades da Força Aérea ucraniana", disse o funcionário.

— À medida que o treinamento se desenvolve nos próximos meses, nossa coalizão de países participantes neste esforço decidirá quando fornecer aeronaves, quantas fornecer e quem as fornecerá — acrescentou.

A coalizão internacional mencionada pelo alto funcionário foi anunciada pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, na última terça-feira, garantindo apoio à Ucrânia com caças.

Kiev tem pressionado seus aliados ocidentais pela entrega de aviões para reconquistar áreas tomadas pela Rússia, que invadiu o país em fevereiro de 2022, mas, até agora, os países ocidentais se recusaram a fazê-lo. Washington — que deve aprovar qualquer transferência dos aviões fabricados nos EUA — também não havia se mostrado exatamente convencido de que a Ucrânia necessita dos jatos, elementos básicos — e caros — de muitos arsenais militares modernos.

— O que é realmente importante aqui é sinalizar para a Rússia que nós, como nações, não temos objeções filosóficas ou de princípios a fornecer à Ucrânia as capacidades de que ela precisa, dependendo do que está acontecendo no campo de batalha — disse o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, na quarta-feira. — Cabe à Casa Branca decidir se deseja liberar essa tecnologia.

Além disso, a relutância americana em permitir o treinamento dos pilotos poderia limitar severamente a coalizão, seja no conflito atual ou para se proteger contra futuras agressões de Moscou depois que o Ocidente mudar seu foco da guerra de 15 meses.

Nesse contexto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou satisfação com o anúncio da adesão do governo Biden à coalizão. Esta é "uma decisão histórica" ​​que "fortalecerá nossas Forças Armadas" no espaço aéreo ucraniano, tuitou o presidente ucraniano.

Sunak, que também participa da cúpula do G7 no Japão, saudou o anúncio.

— O Reino Unido trabalhará com os EUA, Holanda, Bélgica e Dinamarca para dar à Ucrânia a capacidade de combate de que necessita — disse ele.

O premier britânico já havia anunciado durante visita de Zelensky a Londres que o Reino Unido está abrindo uma escola de aviação para treinar pilotos ucranianos. Por sua vez, o presidente francês, Emmanuel Macron, também se ofereceu para fazer o mesmo, embora tenha descartado inicialmente o envio de aviões de guerra para Kiev.

Armamentos sofisticados em mãos 'hostis'

O governo Biden frequentemente resiste ao envio de armas mais poderosas para a Ucrânia por medo de que Moscou intensifique seus ataques. A preocupação diminuiu ultimamente, uma vez que não está mais claro — exceto pelas armas nucleares — como a Rússia poderia elevar o conflito com base no que já mostrou em campo.

Esta não foi a primeira vez que o governo Biden tenta resistir às exigências dos aliados de enviar armamento mais poderoso e sofisticado para a Ucrânia. Em outro caso que eventualmente se reverteu a favor de Kiev, Washington acabou permitindo a transferência de poderosos lançadores de mísseis HIMARS, tanques Abrams e mísseis de defesa aérea Patriot.

No mês passado, a Polônia e a Eslováquia disseram ter enviado à Ucrânia mais de 20 caças MiG-29 da era soviética para a contraofensiva. Porém, o governo ucraniano alega que o F-16 está melhor equipado para proteger contra ataques aéreos e escapar dos aviões de guerra da própria Rússia.

Com um poderoso radar que pode localizar alvos a centenas de quilômetros de distância e mísseis modernos, o F-16 contém sistemas sigilosos e outros altamente restritos que os EUA não querem que sejam duplicados ou caiam em mãos hostis. Está entre as classes de armas para as quais até mesmo os aliados devem obter permissão de "liberação" do Pentágono apenas para discutir a tecnologia com parceiros externos, como a Ucrânia, disse um alto funcionário do Departamento de Defesa. (Com AFP e New York Times.)

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