A cidade de Bakhmut, na Ucrânia, segue sendo palco de um dos combates mais importantes desde a invasão da Rússia no país, há pouco mais de um ano. Do ponto de vista estratégico, a cidade tem papel pouco relevante, mas, no longo prazo, pode abrir caminho para Kramatorsk, polo industrial da região do Donbass, ainda bastante protegida pelas forças ucranianas.
Justamente por esse papel, a cidade é alvo de constantes ataques do Exército russo. Vídeos mostram uma série de ações feitas pelas forças locais na tentativa de evitar a tomada da região.
Com o passar dos meses e a situação cada vez mais difícil, Bakhmut também adquiriu uma dimensão simbólica para ucranianos e russos. Se conquistada, seria a primeira vitória do presidente russo, Vladimir Putin, no campo de batalha desde julho, após retiradas humilhantes na província de Kharkiv e Kherson.
Para Zelensky, Bakhmut também se tornou motivo de orgulho. Em 20 de dezembro, ele visitou a cidade de surpresa e garantiu que suas tropas resistiriam, porque é fundamental "defender o Donbass e a Ucrânia". A cidade também está no centro da rivalidade entre o Kremlin e o fundador do grupo Wagner, que transformou a cidade praticamente em uma batalha pessoal para demonstrar o valor de seus mercenários e tenta ganhar força política há vários meses.
Devastada por combates violentos
Bakhmut, uma pequena cidade industrial do Leste da Ucrânia, com 70 mil habitantes antes da invasão russa, foi destruída após oito meses de combates. Chamada de "inferno na Terra" pelos soldados ucranianos, a localidade está "praticamente cercada", segundo o grupo paramilitar russo Wagner.
A batalha incessante e os avanços metro a metro provocaram muitas baixas de ambos os lados. Os civis — incluindo milhares que permaneceram escondidos em porões — também pagaram um preço alto, assim como os voluntários ucranianos e estrangeiros que seguiram até a localidade para ajudar as tropas de Kiev.
Qual a importância estratégica?
Pouca, afirmam os analistas. Até mesmo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro em fevereiro que, "do ponto de vista estratégico, Bakhmut não tem muita importância, porque os russos destruíram a cidade por completo com sua artilharia".
— A batalha de Bakhmut utiliza recursos humanos e materiais em larga escala. O investimento é desproporcional à importância da cidade — afirma o general da reserva australiano Mick Ryan, pesquisador associado do Centro para Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS), de Washington. — Não é um alvo militar de grande valor.
Guerra na Ucrânia completa 1 ano
![Oleksandr Lugovskykh, 35 anos, que vive sozinho com seu gato, chamado Tyusik, depois que sua família fugiu, prepara uma bebida quente em seu quarto aquecido por um fogão na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/lUVIUh9GzxZx2b6uowkVfpQD6Ow=/0x0:6000x4001/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/B/P/D7BgEqQ26XwVEQgb5gmw/000-338t9ej.jpg)
![Oleksandr Lugovskykh, 35 anos, que vive sozinho com seu gato, chamado Tyusik, depois que sua família fugiu, prepara uma bebida quente em seu quarto aquecido por um fogão na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/mPTICKj1tjuS9sBTLh-XB3QpKrc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/B/P/D7BgEqQ26XwVEQgb5gmw/000-338t9ej.jpg)
Oleksandr Lugovskykh, 35 anos, que vive sozinho com seu gato, chamado Tyusik, depois que sua família fugiu, prepara uma bebida quente em seu quarto aquecido por um fogão na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP
![Uma mulher balança seu filho em um parquinho parcialmente destruído por um ataque com mísseis ocorrido em outubro de 2022, no centro de Kiev — Foto: Dimitar DILKOFF / AFP - 13/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/B1-V4OVEgk6FIiJV9wSjVWb3u1I=/0x0:4000x2667/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/H/d/iKKgGUTjmYlV6OoooEIg/000-33982eq.jpg)
![Uma mulher balança seu filho em um parquinho parcialmente destruído por um ataque com mísseis ocorrido em outubro de 2022, no centro de Kiev — Foto: Dimitar DILKOFF / AFP - 13/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/6-z06ivzDQSB2Gu1NnHpB-L6Fks=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/H/d/iKKgGUTjmYlV6OoooEIg/000-33982eq.jpg)
Uma mulher balança seu filho em um parquinho parcialmente destruído por um ataque com mísseis ocorrido em outubro de 2022, no centro de Kiev — Foto: Dimitar DILKOFF / AFP - 13/02/2023
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![Andrej, de 51 anos, carrega galões de água depois de buscá-los em um ponto de fornecimento na cidade de Avdiivka, em meio à invasão russa da Ucrânia. — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 08/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/UFof_-nJnlzgTho54TU_TRaA4NE=/0x0:6000x4001/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/Q/C/C1Q3RATHCAbEa5y7ogGA/000-338t9eq.jpg)
![Andrej, de 51 anos, carrega galões de água depois de buscá-los em um ponto de fornecimento na cidade de Avdiivka, em meio à invasão russa da Ucrânia. — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 08/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/31C_-5nnRlsqS8rYBzw4mc1YOWo=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/Q/C/C1Q3RATHCAbEa5y7ogGA/000-338t9eq.jpg)
Andrej, de 51 anos, carrega galões de água depois de buscá-los em um ponto de fornecimento na cidade de Avdiivka, em meio à invasão russa da Ucrânia. — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 08/02/2023
![Um homem carrega seu telefone celular com um gerador, enquanto os sons de bombardeios continuam na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/TdlK-L4UcF66JC0tnZfwWr3SSpA=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/5/q/Sg4pzSQAa1WY5NlhiWRQ/000-338t9e8.jpg)
Um homem carrega seu telefone celular com um gerador, enquanto os sons de bombardeios continuam na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP
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![O começo: foto tirada em 24 de fevereiro de 2022 mostra bombeiros controlando um incêndio em um prédio após bombardeios na cidade de Chuguiv, no leste da Ucrânia — Foto: Aris Messinis / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/YjEzK7t2Xtj9Kh53QWEaawv2QMc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/v/n/Tp4gIHQ2eAJoLkqZgEGg/000-33974at.jpg)
O começo: foto tirada em 24 de fevereiro de 2022 mostra bombeiros controlando um incêndio em um prédio após bombardeios na cidade de Chuguiv, no leste da Ucrânia — Foto: Aris Messinis / AFP
![Lyubov Stepanova, de 71 anos, que mora no porão de seu apartamento com cerca de vinte outras pessoas, coleta lenha para cozinhar e se aquecer — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/TmAutrq3zAYa6tvZ-hH82Qyt76k=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/F/a/CnlBe4R3S43SEHPBFNfA/000-338t9e2.jpg)
Lyubov Stepanova, de 71 anos, que mora no porão de seu apartamento com cerca de vinte outras pessoas, coleta lenha para cozinhar e se aquecer — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP
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![Lyubov Stepanova, de 71 anos, que mora no porão de seu apartamento com cerca de vinte outras pessoas, olha para um fogão, na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 08/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/fycP_hvj2w8OY5PrkPxR4OwIYeU=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/P/A/JCOZAsT3iQ6Zq4NBDOqg/000-338t9dq.jpg)
Lyubov Stepanova, de 71 anos, que mora no porão de seu apartamento com cerca de vinte outras pessoas, olha para um fogão, na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 08/02/2023
![Homem empurra uma carroça carregada com lenha ao lado de cães vadios enquanto os sons de bombardeios continuam a ecoar e assustar moradores na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 08/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/611dptXNlSdYetZopr-f6rB5q64=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/2/U/lGBaYOSzyZHBr0E3GL3w/000-338t9eb.jpg)
Homem empurra uma carroça carregada com lenha ao lado de cães vadios enquanto os sons de bombardeios continuam a ecoar e assustar moradores na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 08/02/2023
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![Parte de um míssil é visto coberto de neve na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 08/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/39K6KdS_9Tkgo8M_2qefdkliFcA=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/y/i/geWYDxSsCFstPQNpHZWA/000-338t9e7.jpg)
Parte de um míssil é visto coberto de neve na cidade de Avdiivka — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 08/02/2023
![Mulheres sentam-se em uma confeitaria no bairro de Podil, em Kiev — Foto: Dimitar DILKOFF / AFP - 13/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/Le_yc29jWslqQUjaMUncuz7wzzw=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/e/5/HLtytLQvunKrrb0uMTWA/000-33982em.jpg)
Mulheres sentam-se em uma confeitaria no bairro de Podil, em Kiev — Foto: Dimitar DILKOFF / AFP - 13/02/2023
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![Militares ucranianos fazem uma trincheira perto de Bakhmut, em meio à invasão russa, em 1º de fevereiro deste ano. — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/lHrbs9uVQumcbztQ475WvOQz8lg=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/Q/d/IW5N28RCmLbl3hiO7pBQ/000-338x9up.jpg)
Militares ucranianos fazem uma trincheira perto de Bakhmut, em meio à invasão russa, em 1º de fevereiro deste ano. — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP
![Foto de 13 de novembro de 2022 mostra um homem abraçando um soldado ucraniano enquanto os moradores locais celebram a libertação de Kherson. — Foto: Bulent KILIC / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/95gkKih1CpqpyIpmWxfSSSoOyro=/1024x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/t/Q/jZ6f2BTKeiPCte8cBL5g/000-338x9md-1-.jpg)
Foto de 13 de novembro de 2022 mostra um homem abraçando um soldado ucraniano enquanto os moradores locais celebram a libertação de Kherson. — Foto: Bulent KILIC / AFP
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![Cenas que chocaram o mundo: foto tirada em 02 de abril de 2022 mostra corpos de civis em uma rua de Bucha, a noroeste de Kiev, depois que o exército russo se retirou da cidade. — Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/VUIAnk4zpd6JkRt-Dafkn6BHJZg=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/S/B/FIEJCqRpix33tTJqKLiA/000-338x9mu.jpg)
Cenas que chocaram o mundo: foto tirada em 02 de abril de 2022 mostra corpos de civis em uma rua de Bucha, a noroeste de Kiev, depois que o exército russo se retirou da cidade. — Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP
![Militar ucraniano carrega um morteiro em Bakhmut — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 15/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/mublXdvrN_K6LTjyVyw8l_6y4OM=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/z/n/kmeyDSQvulC2NAa1qTGQ/000-339c4j9.jpg)
Militar ucraniano carrega um morteiro em Bakhmut — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 15/02/2023
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![O voluntário Yaroslav Mudryi, de 38 anos, ajuda Grigoriy a evacuar um lugarejo em Chasiv Yar — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 15/022023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/lvmwNO60XgsxPsM95EWuBywbWy0=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/1/L/s1vBXMT8GeBEnieTj1iA/000-339a9wq.jpg)
O voluntário Yaroslav Mudryi, de 38 anos, ajuda Grigoriy a evacuar um lugarejo em Chasiv Yar — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 15/022023
![Trabalhadores se preparam para construir uma nova casa no lugar de outras destruídas ao longo da rua Vokzalna, em Bucha — Foto: Genya SAVILOV / AFP - 14/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/yvcq094T9HFw29gUGioFxuN36p0=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/J/i/LAI7yoRf6PqHvAXncBNg/000-339996c.jpg)
Trabalhadores se preparam para construir uma nova casa no lugar de outras destruídas ao longo da rua Vokzalna, em Bucha — Foto: Genya SAVILOV / AFP - 14/02/2023
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![Elena, de 40 anos, que é vendedora ambulante de vegetais, vende balões no Dia dos Namorados, perto do mercado de flores, em Kramatorsk — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 14/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/oSRKluCpIsV_EKHaeS7jzq8BTlw=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/C/F/1zRRZvSnCFAVna6Ocqvw/000-339979x.jpg)
Elena, de 40 anos, que é vendedora ambulante de vegetais, vende balões no Dia dos Namorados, perto do mercado de flores, em Kramatorsk — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 14/02/2023
![Um homem tira uma selfie enquanto doa sangue para os militares, como parte do evento de caridade "Torne-se um doador de sangue - Confesse seu amor pelo exército ucraniano", na cidade ucraniana ocidental de Lviv. — Foto: YURIY DYACHYSHYN / AFP - 14/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/tVDnENlX1A3wGUs-uZu_xNqF0c0=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/G/j/S4YuhcQkCB1vBlMAQ4jg/000-33996yb.jpg)
Um homem tira uma selfie enquanto doa sangue para os militares, como parte do evento de caridade "Torne-se um doador de sangue - Confesse seu amor pelo exército ucraniano", na cidade ucraniana ocidental de Lviv. — Foto: YURIY DYACHYSHYN / AFP - 14/02/2023
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![Moradores locais usam lonas plásticas para cobrir uma janela quebrada no prédio residencial de dois andares onde vivem, depois que ela foi parcialmente destruída por bombardeios em Kupiansk, região de Kharkiv — Foto: SERGEY BOBOK / AFP - 13/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/DsU4L168OXidwa7Iv6SaNDJNU2E=/1024x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/k/F/e4MJWKQi2WIU5aMPAMSg/000-33979a6-1-.jpg)
Moradores locais usam lonas plásticas para cobrir uma janela quebrada no prédio residencial de dois andares onde vivem, depois que ela foi parcialmente destruída por bombardeios em Kupiansk, região de Kharkiv — Foto: SERGEY BOBOK / AFP - 13/02/2023
![Ponte destruída em Kupiansk, em meio à invasão russa da Ucrânia. — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 13/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/1QJXCBU1Jufyv1W-PJ-PwmnY_CU=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/R/x/Zz0wX8T9i2jJguHwm37A/000-33983m2.jpg)
Ponte destruída em Kupiansk, em meio à invasão russa da Ucrânia. — Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP - 13/02/2023
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![Um morador pega uma refeição distribuída por voluntários em Kupiansk, região de Kharkiv — Foto: SERGEY BOBOK / AFP - 13/02/2023](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/S4lSgpJHaFxKpHF9BHkwLif4zTo=/1024x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/s/U/jSxZFkRMqzhElm5bGMmA/000-339799n-1-.jpg)
Um morador pega uma refeição distribuída por voluntários em Kupiansk, região de Kharkiv — Foto: SERGEY BOBOK / AFP - 13/02/2023
Para o analista militar belga Joseph Henrotin, Bakhmut serviu para "reduzir o potencial de cada lado".
— Desde dezembro, os russos tentam enfraquecer a posição ucraniana, obrigando o país a mobilizar forças em todos os lados e impedindo uma concentração para criar uma ruptura. Bakhmut é apenas uma peça do quebra-cabeça. Sua queda não significa nada se os demais pontos resistirem — afirma.
No longo prazo, contudo, pode abrir o caminho para Kramatorsk, grande cidade industrial a oeste, mas ainda bastante protegida, explica o pesquisador.
Valor simbólico
Com o passar dos meses e a situação cada vez mais difícil, Bakhmut adquiriu uma dimensão simbólica. O presidente Zelensky visitou o que chamou de "fortaleza de Bakhmut" em dezembro. O fundador do grupo paramilitar Wagner, Yevgueny Prigozhin, transformou a cidade praticamente em uma batalha pessoal para demonstrar o valor de seus mercenários.
— A magnitude das perdas deu a Bakhmut importância política — destaca Mick Ryan.
Guerra na Ucrânia: veja antes e depois de locais destruídos no país
![O edifício residencial em Irpin, Ucrânia, em 2015 — Foto: Google](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/FAIJUB9fKrU7lemXBxBBj24AxrI=/0x0:1265x760/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/n/U/onixVNS9yPHE6NSvug8w/before-after-ukraine-10.jpg)
![O edifício residencial em Irpin, Ucrânia, em 2015 — Foto: Google](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/A6pCx0OwPYdSicY-_6I6zCfNwQI=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/n/U/onixVNS9yPHE6NSvug8w/before-after-ukraine-10.jpg)
O edifício residencial em Irpin, Ucrânia, em 2015 — Foto: Google
![Um edifício residencial destruído por bombardeios recentes na cidade de Irpin, na região de Kiev — Foto: SERHII NUZHNENKO / REUTERS](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/lWJ_udxrxeBQAWYy_Fu3Is9GoP0=/0x0:1265x760/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/5/K/52lJ7yTB6BnbINaylxnw/97860072-a-view-shows-a-residential-building-destroyed-by-recent-shelling-as-russias-invasion-of-uk.jpg)
![Um edifício residencial destruído por bombardeios recentes na cidade de Irpin, na região de Kiev — Foto: SERHII NUZHNENKO / REUTERS](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/C3chf77EfbbFgsA2h44dS9OOxJA=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/5/K/52lJ7yTB6BnbINaylxnw/97860072-a-view-shows-a-residential-building-destroyed-by-recent-shelling-as-russias-invasion-of-uk.jpg)
Um edifício residencial destruído por bombardeios recentes na cidade de Irpin, na região de Kiev — Foto: SERHII NUZHNENKO / REUTERS
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![Instituto Regional de Administração Pública de Kharkiv antes da guerra contra a Rússia — Foto: Reprodução](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/nk-n0jkZ58CchyP79QgyKCjYEXI=/0x0:1265x760/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/j/r/q2Gz0DQBWeEevZ17tBTQ/55-full.jpg)
![Instituto Regional de Administração Pública de Kharkiv antes da guerra contra a Rússia — Foto: Reprodução](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/y04a5rtNq9EhCgXR66VSjKy3Zhc=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/j/r/q2Gz0DQBWeEevZ17tBTQ/55-full.jpg)
Instituto Regional de Administração Pública de Kharkiv antes da guerra contra a Rússia — Foto: Reprodução
![Instituto Regional de Administração Pública de Kharkiv depois de ser alvo de bombardeios — Foto: REUTERS](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/bkz7_heitXESdQkE6mdt3A056Jk=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/E/n/7rjwpQSAuZgkHOqw1yiA/98153255-a-view-of-a-building-of-kharkiv-regional-institute-of-public-administration-damaged-by-shel.jpg)
Instituto Regional de Administração Pública de Kharkiv depois de ser alvo de bombardeios — Foto: REUTERS
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![Praça da Independência, no centro de Kiev — Foto: Google Earth](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/RqkXnrvP3cQV0e-3E9Z5EjVVlxs=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/f/D/HQckgJTQmfHGGL1eIRgA/independence-square-kyiv.jpg)
Praça da Independência, no centro de Kiev — Foto: Google Earth
![Obstáculos antitanques montados durante o conflito Ucrânia-Rússia na Praça da Independência, no centro de Kiev — Foto: SERHII NUZHNENKO / REUTERS](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/ce6Zsn3FOS7E86KUzkmSBbvVmiI=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/0/X/E5p0wASdGbGa2m5qukeQ/97910248-a-view-shows-antitank-obstacles-during-ukraine-russia-conflict-in-independence-square-in-ce.jpg)
Obstáculos antitanques montados durante o conflito Ucrânia-Rússia na Praça da Independência, no centro de Kiev — Foto: SERHII NUZHNENKO / REUTERS
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![Prédio residencial em Em Bucha, cidade próxima a Kiev — Foto: Reprodução](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/qa7rqmIdRzGIBCIGOKr3f7dr1Ig=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/Q/E/29XGApRgiWM7OWPzsOAg/1646283005622048fdd9185-1646283005-3x2-md.jpg)
Prédio residencial em Em Bucha, cidade próxima a Kiev — Foto: Reprodução
![Tanques russos e prédios foram destruídos na cidade de Bucha — Foto: SERHII NUZHNENKO / REUTERS](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/yqNVz8DDjXB1ycn8ucyHAxENr_8=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/s/A/BC4X9aToyaQm5XGSFWTA/97854726-a-local-resident-stands-with-a-dog-in-front-of-a-residential-building-which-locals-said-was.jpg)
Tanques russos e prédios foram destruídos na cidade de Bucha — Foto: SERHII NUZHNENKO / REUTERS
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![A ponte em Irpin, Ucrânia, em abril de 2018 — Foto: Google](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/qt9FAaqS-fugCzi1Rf-Shv1zt04=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/f/8/j3kB1xQveNPmy9FAYG4A/before-after-ukraine-05.jpg)
A ponte em Irpin, Ucrânia, em abril de 2018 — Foto: Google
![Ponte destruída em 1º de março, em Irpin, Ucrânia — Foto: ARIS MESSINIS / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/C35svyOG_1pGiV6ThUc9VC0xyZ8=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/y/y/xsNu2vTZqm4AllPijkwA/97905838-people-cross-a-destroyed-bridge-as-they-evacuate-the-city-of-irpin-northwest-of-kyiv-during.jpg)
Ponte destruída em 1º de março, em Irpin, Ucrânia — Foto: ARIS MESSINIS / AFP
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![Joalheria perto do prédio administrativo estadual regional de Kharkiv, na Praça Svobody — Foto: Google](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/YkX0a03K9ofnhx0oIfU_Inkbih8=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/a/G/AtRpUFRO2raC1Zea7P9Q/before-after-ukraine-11.jpg)
Joalheria perto do prédio administrativo estadual regional de Kharkiv, na Praça Svobody — Foto: Google
![A mesma joalheria, destruída após um míssil lançado por invasores russos atingir área perto do prédio administrativo regional de Kharkiv — Foto: VYACHESLAV MADIYEVSKYY / REUTERS](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/7ikV90rfQfveeka0NjwL-dR-N7A=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/u/e/eTOEHtSuqs6aNW2aZZOA/97837248-a-view-shows-the-area-near-the-regional-administration-building-which-city-officials-said-w-1.jpg)
A mesma joalheria, destruída após um míssil lançado por invasores russos atingir área perto do prédio administrativo regional de Kharkiv — Foto: VYACHESLAV MADIYEVSKYY / REUTERS
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![Sede do governo no centro de Kharkiv antes de atingido por míssil russo — Foto: SchnitzeljagdTV](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/xJG04_k6pdXH4oDfrqk3r5hTgCc=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/X/q/FW6TOSSSADq5epnQdXig/kharkiv.original.31859.jpg)
Sede do governo no centro de Kharkiv antes de atingido por míssil russo — Foto: SchnitzeljagdTV
![Sede do governo de Kharkiv, em 1º de março, destruída após bombardeio de tropas russas — Foto: SERGEY BOBOK / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/k7zk7jQrJ3tH2jW_dh8GynESuFI=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/X/I/tJ4DkXTeugPkujfzrkuA/97838284-topshotthis-general-view-shows-the-damaged-local-city-hall-of-kharkiv-on-march-1-2022-de.jpg)
Sede do governo de Kharkiv, em 1º de março, destruída após bombardeio de tropas russas — Foto: SERGEY BOBOK / AFP
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![Praça da Constituição em Kharkiv — Foto: Google](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/l-JxW7jFLKlC12ZxmV0o0gO9-6Y=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/d/r/uFOuVNTIitWqxUqhYTMw/praca-kharkiv.jpg)
Praça da Constituição em Kharkiv — Foto: Google
![Danos após o bombardeio das forças russas na Praça da Constituição em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia — Foto: OLEKSANDR LAPSHYN / REUTERS](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/Ac9eWMxt-Q6AdjeqQZS2kR8obMk=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/v/j/I2ekBrTbGWM9IXG3FvCw/97892202-a-view-shows-buildings-which-city-officials-and-locals-said-were-damaged-by-recent-shelling.jpg)
Danos após o bombardeio das forças russas na Praça da Constituição em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia — Foto: OLEKSANDR LAPSHYN / REUTERS
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![Área onde fica localizada a principal torre de televisão de Kiev, vista antes de se tornar alvo do ataque russo à capital ucraniana — Foto: Reprodução / Google Earth](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/C4A8RUL3xZO392tZXctkHz8NbdQ=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/6/a/BaUTflSt2ZBzs7LaOJwQ/antena-de-tv-kiev.jpg)
Área onde fica localizada a principal torre de televisão de Kiev, vista antes de se tornar alvo do ataque russo à capital ucraniana — Foto: Reprodução / Google Earth
![Área onde fica localizada a principal torre de televisão de Kiev, destrída depois de ataque aéreo russo em 1 de março — Foto: ARIS MESSINIS / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/1XrAYwkX70WVTJpUDvdm9popF7A=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/7/M/XlNjivQ7Av8DvkuoAoWw/97855896-editors-note-graphic-contentpolice-officers-remove-the-body-of-a-passerby-killed-in-yest.jpg)
Área onde fica localizada a principal torre de televisão de Kiev, destrída depois de ataque aéreo russo em 1 de março — Foto: ARIS MESSINIS / AFP
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![O prédio do departamento de economia da Universidade Nacional Karazin Kharkiv, em 2015 — Foto: Google](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/ht4Nqr32T3YDVPv1OaZNLIIaV-U=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/Q/l/iGhSLTTEGTWhWRFSrW3w/before-after-ukraine-03.jpg)
O prédio do departamento de economia da Universidade Nacional Karazin Kharkiv, em 2015 — Foto: Google
![Prédio do departamento de economia da Universidade Nacional Karazin Kharkiv, atingido durante bombardeio da Rússia — Foto: SERGEY BOBOK / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/pHC1rMbiD-u5cvWSsdE8bxAGKgU=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/L/k/g9ktcrSbWX59yuRX0L3A/97855547-firefighters-work-to-contain-a-fire-at-the-economy-department-building-of-karazin-kharkiv-n.jpg)
Prédio do departamento de economia da Universidade Nacional Karazin Kharkiv, atingido durante bombardeio da Rússia — Foto: SERGEY BOBOK / AFP
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![A região da Praça da Constituição, também alvo das tropas russas, vista antes de bombardeios — Foto: Reprodução / Google Earth](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/5qyLj_s1qtzoY3pAwbMp43pLDZw=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/I/5/walirhTea4JUfjXTf1Pw/praca-constituicao-kharkiv.jpg)
A região da Praça da Constituição, também alvo das tropas russas, vista antes de bombardeios — Foto: Reprodução / Google Earth
![Bombeiros caminham entre os danos após o bombardeio das forças russas na Praça da Constituição, em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 de março — Foto: SERGEY BOBOK / AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/qISGY4DX6ca2f8xIpNHigBtSJv0=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/f/r/cjGynFRAqUoR5lesbsVw/97861043-firefighters-walkamong-damages-after-the-shelling-by-russian-forces-of-constitution-squar.jpg)
Bombeiros caminham entre os danos após o bombardeio das forças russas na Praça da Constituição, em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 de março — Foto: SERGEY BOBOK / AFP
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![A principal estação de trem de Mariupol fotografada em 2013 — Foto: Mykola Swarnyk / Creative Commons](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/XMg-uX5iHLsR2TF14l4HZecSjmE=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/U/B/vBksR9Q6GfdaQIeAfYRg/02be0000-0aff-0242-c215-08da2d01b868-w1278-s-d2.jpg)
A principal estação de trem de Mariupol fotografada em 2013 — Foto: Mykola Swarnyk / Creative Commons
![Estação ferroviária de Mariupol em abril de 2022. A estação está situada a apenas um quilômetro da fábrica Azovstal — Foto: Alexander Ermochenko / Reuters](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/a4gPoYODw0BVG3Fh4Qoa8MTC7Ws=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/y/3/h4PKHwRCWTzflBfgQvMg/08c10000-0a00-0242-9755-08da2d07c2a5-w1278-s-d2.jpg)
Estação ferroviária de Mariupol em abril de 2022. A estação está situada a apenas um quilômetro da fábrica Azovstal — Foto: Alexander Ermochenko / Reuters
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![Teatro Regional de Drama de Donetsk, no centro de Mariupol, em maio de 2021 — Foto: Oleksandr Malyon/Creative Commons](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/B3bDKKKPIkgD1Cm5OzhGkZ-opDY=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/O/m/l6R9rqQveNId3yLgT29g/02be0000-0aff-0242-28bb-08da2d033f18-w1278-n-st-d2.jpg)
Teatro Regional de Drama de Donetsk, no centro de Mariupol, em maio de 2021 — Foto: Oleksandr Malyon/Creative Commons
![O Teatro de Mariupol em abril deste ano, após ataque de míssil que destruiu o prédio histórico — Foto: Reuters](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/ZVal2bbYsasrBUOR5Ox_OvCCHY8=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/B/E/XA9L9XTySwwkacLUx8LQ/02be0000-0aff-0242-b40c-08da2d033f0f-w1278-n-st-d2.jpg)
O Teatro de Mariupol em abril deste ano, após ataque de míssil que destruiu o prédio histórico — Foto: Reuters
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![Imagem sem data de registro de um shopping center no oeste de Mariupol — Foto: Creative Commons](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/h1Jhb1kRdB3EGF6tlOzGvEdliNU=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/L/1/zKaeonSYCfHYyh4eQopw/08c10000-0a00-0242-ed9b-08da2d0d42de-w1278-n-st-d2.jpg)
Imagem sem data de registro de um shopping center no oeste de Mariupol — Foto: Creative Commons
![Centro comercial em Mariupol, em abril de 2022, após ser destruído durante os combates nos arredores da cidade — Foto: Pavel Klimov/Reuters](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/g3MNaXSv-H3_WGQ1NauRKBmyGec=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/n/r/Hapjk9RRipUqYAZbJD7g/08c10000-0a00-0242-786b-08da2d0d3c37-w1278-n-st-d2.jpg)
Centro comercial em Mariupol, em abril de 2022, após ser destruído durante os combates nos arredores da cidade — Foto: Pavel Klimov/Reuters
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![Moradores de Mariupol caminham em frente ao Teatro Regional de Drama de Donetsk, durante festival francês, em 2019 — Foto: Shutterstock](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/W8RiTT5w4nYEacoKj6vTJpUPHPI=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/i/t/SFdqJwRIOvk8mpZLEW3w/08c10000-0a00-0242-a6d5-08da2d022d1f-w1278-n-st-d2.jpg)
Moradores de Mariupol caminham em frente ao Teatro Regional de Drama de Donetsk, durante festival francês, em 2019 — Foto: Shutterstock
![Idosa passa em frente ao teatro destruído e um veículo blindado das forças pró-Rússia, em abril de 2022 — Foto: Reuters](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/4c2DtMspSxhqZz_4z9Qf426q-30=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/S/O/AQYG7USEC1mVepYAl2NA/08c10000-0a00-0242-139a-08da2d022d15-w1278-n-st-d2.jpg)
Idosa passa em frente ao teatro destruído e um veículo blindado das forças pró-Rússia, em abril de 2022 — Foto: Reuters
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![O centro de Mariupol, registrado em 2019 — Foto: Shutterstock](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/nEl48VzaKfXNMv6j_eRAcvpVwiU=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/l/O/Stbb8rQiSkVABqPLiAKw/02e50000-0aff-0242-2ac1-08da2d04639a-w1278-n-st-d2.jpg)
O centro de Mariupol, registrado em 2019 — Foto: Shutterstock
![Vista aérea de cruzamento no centro de Mariupol — Foto: Sergei Bobylev](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/ynPa-5nDK9wUlqQfe-F1-BHQDNM=/1278x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/1/q/Kp2DRCQGulLr91Z62TxQ/02e50000-0aff-0242-1fd5-08da2d048747-w1278-n-st-d2.jpg)
Vista aérea de cruzamento no centro de Mariupol — Foto: Sergei Bobylev
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![Imagem da Ponte de 19 km inaugurada por Putin na Crimeia em 2018 — Foto: Alexander Nemenov/AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/7VlQycaYfaTDDNsRhY9Vp3b3D6k=/768x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/U/O/hnabYwSeulVxpBitNMBQ/ponte-crimeia-ucrania-russia-putin-19-km-1-768x512-b114efa0.jpg)
Imagem da Ponte de 19 km inaugurada por Putin na Crimeia em 2018 — Foto: Alexander Nemenov/AFP
![Com 19,2 quilômetros de extensão, a Ponte do Estreito de Kerch é vital para o envio de suprimentos russos para a guerra na Ucrânia — Foto: AFP](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/XiaFTKng-Vs5gelNB1vmJyactOA=/798x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/j/k/WG2vhbSwWKRi4Igd5uhA/ucrania-02.png)
Com 19,2 quilômetros de extensão, a Ponte do Estreito de Kerch é vital para o envio de suprimentos russos para a guerra na Ucrânia — Foto: AFP
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Thibault Fouillet, da Fundação para a Pesquisa Estratégica (FRS), concorda que a cidade "é um símbolo, tanto para os ucranianos quanto para os russos".
— Mas algumas coisas que chegaram a ser anunciadas como pontos de inflexão definitivos na guerra não foram — afirma, citando em particular a retirada russa da região de Kharkiv em abril ou a retomada ucraniana de Kherson, no segundo semestre do ano passado. — Acredito que vamos passar rapidamente para outro ponto de tensão da frente de batalha, o que é característico desta guerra de desgaste.
Questão interna russa
A conquista de Bakhmut, que seria a primeira vitória russa desde as contraofensivas ucranianas do outono (Hemisfério Norte, primavera no Brasil), está no centro da rivalidade entre o Kremlin e o fundador do grupo Wagner, que tenta ganhar força política há vários meses.
Nas últimas semanas, Prigozhin criticou a "monstruosa burocracia militar e os políticos", chegando a acusar o comandante do Estado-Maior, Valery Guerasimov, e o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, de "traição" por não entregarem munição a seus mercenários.
A guerra na Ucrânia deu ao comandante do grupo Wagner sonhos de grandeza, afirma a pesquisadora russa Tatiana Stanovaya, do centro R.Politik.
— Prigozhin é agora um personagem muito visível no cenário russo — diz. — Com a guerra na Ucrânia, ele ganhou a atenção pública, e gostou disso.