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Por Filipe Barini

Em meio ao caos da retirada das forças americanas do Afeganistão, em agosto de 2021, o Talibã se vendeu como um “novo grupo”, disposto a rever algumas de suas posições passadas e se abrir para o mundo. Um ano depois, a ofensiva de charme se desfez: o novo Talibã era o mesmo grupo extremista que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, incluindo o veto à participação de mulheres na sociedade e a perseguição de minorias étnicas e religiosas. A grande diferença é que, em 2022, o Talibã está mais isolado do que nunca.

Em seu primeiro período no poder, o Talibã tinha laços com Paquistão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Agora, nenhum Estado reconheceu o novo governo — as poucas relações operacionais, como com os vizinhos Irã e Paquistão, ocorrem mais por necessidade do que por opção. Raras empresas estrangeiras voam para o aeroporto de Cabul, e praticamente nenhuma usa as rotas que cruzam o país, preferindo adotar longos e caros desvios.

No final de julho, a morte do líder da al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, num ataque de drone dos EUA em um distrito abastado de Cabul, indicou que a milícia jamais rompeu seus laços com a organização. O isolamento tem seus custos: a começar por quase US$ 7 bilhões em fundos do Banco Central afegão congelados pelo governo americano.

O Talibã vem tentando liberar o dinheiro, mas sem sucesso. Apesar do apelo de organizações humanitárias, em fevereiro o governo de Joe Biden anunciou que metade do valor vai parar em um fundo destinado a apoiar ações humanitárias no país, e a outra metade será usada para pagar indenizações a famílias das vítimas dos ataques do 11 de Setembro de 2001.

Em junho, a ONU acusou o Talibã de interferir no fluxo de ajuda externa ao país. Meses antes, uma conferência internacional destinada a conseguir US$ 4,4 bilhões em doações para o Afeganistão levantou pouco mais da metade do valor, US$ 2,4 bilhões, em reunião marcada por críticas à decisão do Talibã de proibir que meninas adolescentes frequentassem as escolas do país.

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