Eleições EUA
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Por O Globo e agências internacionais — Washington

O republicano e ex-presidente Donald Trump ironizou a entrevista coletiva do presidente Joe Biden nesta quinta-feira, durante a qual o seu adversário democrata cometeu mais uma gafe, chamando a vice-presidente Kamala Harris por seu nome. Mais cedo, Biden confundiu os nomes de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, com sua contraparte russa, Vladimir Putin, em um evento que encerrava a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Washington.

"O corrupto Joe começou sua coletiva de 'menino grande' com: 'Eu não teria escolhido o vice-presidente Trump para ser vice-presidente, embora eu ache que ela não era qualificada para ser presidente...' Ótimo trabalho, Joe!", disse Trump em sua rede Truth Social. Ambos devem se enfrentar nas eleições presidenciais de novembro.

Em resposta, Biden escreveu na rede social X (antigo Twitter): "A propósito: sim, eu sei a diferença. Uma é promotora e o outro é criminoso", postou pouco após a postagem de Trump, focando na condenação do adversário e em suas pendências judiciais.

O erro ocorreu quando Biden foi questionado em uma entrevista coletiva em Washington se a sua vice-presidente teria capacidade de enfrentar o magnata em uma eventual disputa nas urnas. Em resposta, ele confundiu o nome de Kamala e a chamou de Trump.

— Eu não teria escolhido Trump se não achasse que teria chance de vencer — disse Biden, fazendo referência a Kamala, sem notar o erro.

Um jornalista chegou a alertar Biden sobre a confusão com o nome de Kamala, sinalizando que Trump estava usando isso para fazer piada nas redes sociais. Ironicamente, Biden respondeu: "ouçam ele".

Em um evento de mais cedo, o último dia da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Washington, o democrata apresentou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, que estava ao seu lado, pelo nome do mandatário russo, Vladimir Putin. Ao contrário da gafe com o nome de Trump, porém, ele percebeu o erro e tentou corrigi-lo em seguida:

— E agora gostaria de passar a palavra ao presidente da Ucrânia, que é tão corajoso quanto determinado. Senhoras e senhores, presidente Putin — anunciou Biden, retornando ao púlpito para se corrigir quando a plateia já havia começado a bater palmas. — Presidente Putin? Temos de derrotar o presidente Putin. Presidente Zelensky! Estou tão concentrado em derrotar Putin... temos de nos preocupar com isso.

A sequência de gafes adicionaram mais uma camada de pressão em uma das semanas mais tensas para a candidatura do democrata, após diversos aliados pedirem publicamente pela sua desistência da disputa pela Casa Branca, desencadeados principalmente depois do desempenho considerado desastroso do presidente no debate eleitoral da CNN contra Trump.

Do ator George Clooney, importante arrecadador de fundos para democratas, até o âncora George Stephanopoulos, que entrevistou Biden dias após o confronto contra Trump, o escrutínio à campanha do presidente americano ganhou força nos últimos dias, embora ele tenha reforçado reiteradamente que vai seguir na corrida eleitoral. Até as figuras mais imprevisíveis, como a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, aliada de longa de data de Biden, sinalizaram que seria melhor avaliar se mantém a candidatura.

Dentro do partido, membros democratas da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados brasileira) e do Senado já expressaram descontentamento público sobre a candidatura de Biden, pedindo para que o presidente abandone a corrida em prol de um candidato mais capaz.

A crise levou a vice-presidente Kamala Harris de volta aos holofotes. Depois de Trump disparar nas pesquisas após o debate, seu nome começou a surgir nos levantamentos como uma alternativa viável para enfrentar o magnata. Em ao menos três deles, Kamala apareceu virtualmente empatada com Trump — em alguns casos à frente do ex-presidente — e com melhores chances de vitória do que o atual ocupante da Casa Branca.

Mais recente Próxima Eleições EUA: Com crise de Biden, Kamala cresce em pesquisas e se torna opção mais viável contra Trump
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