Um vulcão na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, entrou em erupção nesta quarta-feira, expelindo fluxos vermelhos de lava pela quinta vez desde dezembro. O fenômeno teve início após uma série de terremotos ao norte de Grindavik, uma cidade costeira de 3,8 mil habitantes que precisou ser evacuada.
“Uma erupção começou perto de Sundhnuksgigar, ao norte de Grindavik”, disse o Gabinete Meteorológico da Islândia (GMI) em comunicado, quase três semanas após o fim de uma erupção anterior que estava em curso desde 16 de março.
Segundo o Met Office, a lava estava sendo lançada a cerca de 50 metros de altura a partir de uma fissura de aproximadamente 1 quilômetro de comprimento.
O spa geotérmico Blue Lagoon, a maior atração turística do país e vizinho ao local, disse que também retirou todas as pessoas de suas instalações. De acordo com o GMI, uma “intensa atividade sísmica” foi reportada antes da erupção mais recente, e 20 milhões de metros cúbicos de magma foram acumulados na câmara magmática abaixo de Svartsengi, onde está localizada uma usina que fornece eletricidade e água a cerca de 30 mil pessoas.
A central de Svartsengi foi evacuada e tem funcionado em grande parte remotamente desde a primeira erupção na região, em dezembro, e barreiras foram construídas para protegê-la. A maioria dos moradores da cidade vizinha de Grindavik foram evacuados permanentemente em novembro, antes das erupções de dezembro, janeiro, fevereiro e março.
A lava fluiu para as ruas de Grindavik durante a erupção de janeiro, engolindo três casas. Mas alguns moradores voltaram a viver em bairros menos expostos ao risco de fluxo de lava. Na noite de segunda-feira, o Met Office disse que “cerca de 400 terremotos” foram medidos nos últimos sete dias perto da cratera Sundhnuksgigar.
Antes de março de 2021, a península de Reykjanes não sofria uma erupção há 800 anos. As últimas erupções, porém, sinalizam um reavivamento do sistema vulcânico Svartsengi, embora não esteja claro quando o período de atividade terminará ou o que isso significa para a Península de Reykjanes, uma das regiões mais densamente povoadas da Islândia.
O país, que está situado acima de um ponto quente vulcânico no Atlântico Norte, tem erupções regulares e é altamente experiente em lidar com elas. A mais disruptiva nos tempos recentes, segundo publicado pela Associated Press, foi a do vulcão Eyjafjallajokull em 2010, que expeliu enormes nuvens de cinzas na atmosfera e levou ao fechamento generalizado do espaço aéreo sobre a Europa. (Com AFP)