Patrícia Kogut
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RESUMO

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GERADO EM: 20/06/2024 - 08:03

Estreia grandiosa de 'House of the Dragon'

A segunda temporada de 'House of the Dragon' estreia de forma grandiosa, com cenários deslumbrantes, tramoias e traições intensas, e personagens sedentos por vingança. A narrativa promete manter o público engajado, mesmo após um longo hiato.

Estreia do mês na Max, a segunda temporada de “A casa do dragão” chegou depois de um hiato longo (de quase dois anos). Está tudo novo e, ao mesmo tempo, tudo igual. O primeiro episódio foi um teste de memória e tanto, mesmo para aqueles fãs mais aguerridos e fieis. O resuminho que precedeu o capítulo (exibido no último domingo, na faixa mais nobre deles) não bastou para relembrar todas as intrigas.

Quem tinha puxado o tapete de quem, matado e esfolado quem e em que pé andava o tabuleiro político entre o Norte e o Sul? Essas foram dúvidas que se impuseram desde o minuto inicial. Em compensação, a linguagem e a simbologia da produção são tão fortes que o espectador logo se engaja, mesmo demorando mais a decifrar os detalhes da ação.

O capítulo de reestreia foi um reencontro de luxo com aquele universo de fantasia.

House of Dragon/Emma D'Arcy — Foto: Divulgação
House of Dragon/Emma D'Arcy — Foto: Divulgação

Os cenários e as locações ajudaram muito a acelerar essa reconexão. É tudo grandioso, pomposo, feito para marcar uma escala maior do que a humana. Os palácios têm janelas que se abrem para vistas do alto com as casinhas pequenininhas lá em baixo. Destaco especialmente uma sequência, na Muralha. O lugar é uma das expressões do poder de Westeros. Na cena, o filho mais velho de Rhaenyra (Emma D’Arcy), Jacaerys (Harry Collett), encontrou Lord Cregan Stark (Tom Taylor), e eles conversaram numa sacada lá no topo. Para alcançar o lugar, subiram de elevador. Foi outro sinal de que Westeros não é desprovido de saber e de tecnologia.

Vimos ainda planos dramáticos de mais de um dragão fazendo voos ameaçadores sobre paisagens lindas. Houve finalmente algum sangue, um infanticídio e ratos correndo pelo esgoto, sob uma meia luz.

O roteiro de “A casa do dragão” segue a cartilha de “Game of Thrones”: os personagens vão cozinhando sua ira até que as guerras se tornam inevitáveis. A dinâmica pode ser repetitiva, mas, como é construída com habilidade, ela conserva o frescor. O público sabe que o conflito virá, e mesmo assim é sempre surpreendido. A narrativa continua puxada por tramoias e traições. Ninguém é totalmente bonzinho.

No desfecho da temporada passada, a rainha Rhaenyra Targaryen tinha olhado para a câmera em lágrimas, explodindo de ódio. Agora, ela segue querendo vingar a morte de seu filho. Outra que tem contas a acertar com seus inimigos é Alicent (Olivia Cooke); Jacaerys também quer revanche. Em todos os núcleos há cólera e desejo de retaliação. A intensidade desse sentimento atuou como o motor do episódio. Foi como se uma ferida hemorrágica se generalizasse.

O episódio correu elétrico e prometendo subir o tom a seguir. “A casa do dragão” não faz o barulho de “Game of Thrones”, mas mobiliza um público grande no mundo todo. A julgar pelo que já se viu na tela, vale acompanhar.

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