Em live do GLOBO, especialistas reforçam a importância do cuidado com a autoestima para pacientes com câncer

No encontro, que tem patrocínio da Oncoclínicas, oncologista e psicóloga falaram sobre estética, atividade física, sexualidade, terapia e tudo que afeta a vida das pessoas; influenciadora conta como faz para se sentir bem e buscar normalidade


Live discutiu a autoestima e bem-estar dos pacientes Reprodução Youtube

RESUMO

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GERADO EM: 21/06/2024 - 04:30

Autoestima em pacientes com câncer: dicas e experiências.

Live do GLOBO destaca a importância da autoestima para pacientes com câncer. Especialistas abordaram estética, atividade física, sexualidade e cuidados durante o tratamento. Influenciadora compartilhou sua experiência e dicas.

Sabe aquela frase “o importante é você ficar curada”? Pacientes, oncologistas e psicólogos consideram que, sim, a cura é o grande objetivo, mas os cuidados com a autoestima ao longo do tratamento também são importantes.

Esse foi o tema da live “Autoestima dos pacientes durante os tratamentos oncológicos”, parte do projeto “Viver o Câncer”, que tem realização dos jornais O GLOBO e Extra e patrocínio da Oncoclínicas. Todo o encontro pode ser assistido pelo Facebook ou Youtube do GLOBO, aqui.

Participaram da live a oncologista da BP - Beneficência Portuguesa de São Paulo e do Instituto Vencer o Câncer Debora Gagliato, a psico-oncologista do grupo Oncoclínicas Natalia Gil e a nutricionista e influenciadora Paula Monteiro, que está em tratamento oncológico. A mediação foi da editora-assistente de Saúde do GLOBO, Constança Tatsch.

De acordo com a oncologista Debora Gagliato, os médicos já têm um novo olhar sobre o tema:

— Tem paciente que se sente culpada e diz para mim: “claro que quero ficar curada, mas também queria ver se tem como não perder o cabelo”? Eu digo para elas não se culparem! É super importante, faz parte do seu tratamento, da sua autoestima e bem-estar. A gente vai fazer de tudo para que você tenha o melhor tratamento, curativo, mas também vamos pensar na reconstrução da mama, no cabelo, na pele, vai fazer massagem, atividade física... Essa parte tem que ser valorizada e as pacientes não devem se culpar por isso.

A psico-oncologista Natalia Gil também considera importante que as pacientes sejam acolhidas — e aprendam a se acolher — em toda sua complexidade.

— Hoje a gente tem um olhar mais amplo, o bom resultado do tratamento é importante, mas a percepção de cuidado e bem-estar também fazem parte — explica ela. — É um momento delicado e a autoestima tem a ver com perceber esse momento, como ela está se sentindo. Vai muito além da questão da vaidade, tem a ver com se sentir bem. As pacientes poderem realizar suas atividades dentro desse novo normal é um processo adaptativo, de se reconhecer nessa fase e, a partir daí, poder se cuidar.

Nutricionista, Paula Monteiro já mantinha um estilo de vida muito saudável e durante seu tratamento tem tentado manter seus cuidados para “seguir de forma leve e levar a vida de forma mais normal dentro do possível”.

Antes, ela usava suas redes para compartilhar dicas profissionais e sua rotina. Com a doença surgiu a dúvida sobre como lidar com essa situação, e hoje ela é inspiração para outros pacientes.

— Depois do diagnostico fiquei sem chão, foi muito doloroso. Eu cuidava muito da saúde, falava muito da minha rotina no Instagram e quando descobri que estava doente saí e fiquei dois meses assimilando tudo. Aí recebi apoio de amigos e da família para falar, dentro do meu limite porque expor a vulnerabilidade é difícil, até que resolvi contar e veio uma corrente do bem, com mensagens de carinho, e fui voltando a conseguir falar da minha nova realidade, mas sem romantizar — explica.

No papo, as especialistas reforçaram a importância da atividade física, falaram sobre o que há de novo nos cuidados com cabelo e estética, a vida sexual durante o tratamento e, sobretudo, da importância de se respeitar. Confira a íntegra!

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