Fiocruz alerta para alta incidência e mortalidade de crianças pequenas por bronquiolite infantil

Boletim Infogripe também aponta que houve aumento dos casos de resfriado comum em algumas partes do país

Por — Rio de Janeiro


A bronquiolite afeta as vias respiratórias inferiores de bebês e crianças pequenas Freepik

Os casos de bronquiolite em crianças pequenas, causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), estão em alta no país e com alta incidência de mortalidade, segundo informações do novo Boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (4). Este patógeno junto ao rinovírus, responsável pelo resfriado comum, estão levando a novas hospitalizações principalmente em Roraima, no Amapá e no Ceará. Os dados se referem ao período de 26 a 29 de junho.

Ainda, de acordo com a instituição, no cenário nacional há sinal de estabilidade deste cenário nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas).

Em relação à Covid-19, o InfoGripe alerta para o início de atividade do vírus em alguns estados das regiões Norte e Nordeste, em especial no Piauí e no Ceará, ainda que siga em patamares baixos quando comparados ao histórico de circulação no país. Nas últimas semanas, a maior parte das hospitalizações por SRAG em idosos foram causadas pela Covid-19.

"É importante que tanto hospitais quanto unidades sentinelas de síndrome gripal fiquem atentos para qualquer sinal de aumento de circulação do vírus nessas regiões", alerta a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella.

Desta forma, a especialista orienta que a população se vacine contra o vírus da Covid-19 e também da influenza A. É recomendado ainda o uso de máscaras em locais fechados, com baixa circulação de ar e dentro das unidades de saúde. Em caso de aparecimento de sintomas, a orientação é ficar em casa de repouso, evitando a transmissão do vírus. Caso não seja possível, a indicação é sair de casa fazendo uso da máscara e, havendo uma piora desses sintomas, é fundamental buscar atendimento médico.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 21,5% para influenza A, 0,8% para influenza B, 43,8% para vírus sincicial respiratório e 6,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 46,3% de influenza A, 1,1% de influenza B, 21,4% de vírus sincicial respiratório e 20,0% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

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