Alta de Covid no Brasil: positividade da infecção cresce em apenas15 dias e chega a 22,3%

A taxa é superior a 26% naqueles com idade entre 29 e 79 anos, sendo a mais alta, de 29%, observada em pessoas de 39 a 49 anos

Por O GLOBO — São Paulo


Com a nova onda dos casos de Covid, aumentou a procura por testes e vacinação contra a doença nos postos de saúde Gabriel de Paiva

A taxa de testes positivos para Covid-19 aumentou oito pontos percentuais no Brasil em apenas 15 dias. De acordo com um relatório feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), na semana de 3 a 9 de setembro, a positividade para a infecção pelo novo coronavírus atingiu 22,3%. Na semana encerrada em 19 de agosto, o percentual foi de 14,3%.

Em agosto, o instituto já havia apontado para um aumento na taxa positividade do novo coronavírus em relação ao mês anterior. Acredita-se que aumento esteja associado à subvariante Éris.

Nas unidades federativas analisadas, o Distrito Federal lidera, com 34% de positividade para Covid-19. Em seguida estão Goiás (28%), Rio de Janeiro (24%), Minas Gerais (18%), e São Paulo e Paraná (ambos com 16%). Santa Catarina teve o maior aumento percentual em 15 dias, de 7% para 13%.

Entre as faixas etárias, a taxa é superior a 26% naqueles com idade entre 29 e 79 anos, sendo a mais alta, de 29%, observada em pessoas de 39 a 49 anos.

O ITpS também analisou as taxas de positividade para outros vírus no período de 3 a 9 de setembro, e todas seguem em baixa. A taxa para vírus sincicial respiratório (VSR) é de 4,2%, para influenza A, de 1,8%, e para influenza B, de 0%. O VSR se destaca na positividade entre crianças de 0 a 4 anos (56% dos testes positivos) e de 4 a 9 anos (50%).

Os laboratórios realizam ainda exames de painel que detectam outro conjunto de vírus - como rinovírus, enterovírus, metapneumovírus, vírus parainfluenza, bocavírus, coronavírus sazonais e adenovírus - e bactérias como Bordetella, Mycoplasma e Chlamydophila. Nesse painel, a positividade para Rinovírus foi de 28%, para Adenovírus, 6%. Para os demais patógenos, está abaixo de 5%.

A análise tem como base diagnósticos moleculares feitos pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin.

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