Placas solares, menos barracões que escolas, ciclovia: saiba como será a Cidade do Samba 2, na Leopoldina

Após definir qual empresa executará a obra, prazo é de 600 dias para sua conclusão


Fachada da está coberta com um anúncio: 'A nova Leopoldina vem aí' Guito Moreto / Agência O Globo

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GERADO EM: 03/07/2024 - 03:30

Cidade do Samba 2: Nova construção com placas solares e ciclovia

Prefeitura anuncia construção da Cidade do Samba 2 na Leopoldina, com placas solares e ciclovia. Projeto terá 14 barracões e prazo de 600 dias para conclusão, prevendo melhorias para o Carnaval 2027. Presidente da LigaRJ destaca adaptações às necessidades das escolas de samba da Série Ouro.

Durante evento que marcou o início das obras da prefeitura no prédio da antiga Estação Leopoldina (Estação Barão de Mauá), o prefeito Eduardo Paes anunciou uma novidade para as escolas de samba da Série Ouro: que a licitação para a construção da Cidade do Samba 2, que será erguida no terreno, deve sair até a próxima sexta-feira. O custo previsto é de R$ 194,8 milhões. Abastecida por placas solares, com ciclovia e 14 barracões, confira abaixo como será a Fábrica do Samba, como também é chamada a construção.

Na parte externa dos barracões, está prevista a execução de calçadas, plantio de árvores com golas, além da implantação de ciclovia, e instalação de iluminação pública, por exemplo. Após definição de qual empresa executará a obra, a previsão é que o trabalho dure 600 dias — ou seja, o empreendimento só deve ficar pronto para o carnaval 2027.

Segundo o edital, cada galpão contará com pé direito duplo no térreo, com aproximadamente 9 metros de altura livre (os do Grupo Especial têm 12 metros de altura) e uma talha elétrica com trole fixada em um trilho no teto, que percorre todo o galpão e auxilia no içamento de peças pesadas para fabricação e montagem dos carros alegóricos.

Atualmente, estação Leopoldina está com infiltrações e paredes descascando — Foto: Guito Moreto / Agência O Globo

No térreo, haverá espaços para a realização dos serviços de serralheira, carpintaria, estofamento e depósito de materiais, assim como uma recepção, sanitários, elevador e escada de acesso. Já no segundo pavimento, está prevista a instalação de uma talha elétrica giratória, para permitir que esculturas que não caibam no elevador de carga sejam levadas para o térreo.

Os galpões serão feitos em pilares pré-moldados de concreto, vigas metálicas e lajes em steel deck. Na cobertura, serão instalados domos de ventilação e iluminação, além de placas solares para implantação de sistema fotovoltaico. Cada barracão será alimentado por uma subestação de energia, com 150kVA.

Haverá ainda a casa de máquinas do elevador e, acima desta, ficarão as caixas d’água. O projeto indica ainda a necessidade de se canalizar parte do Rio Trapicheiros, além de reforçar a estrutura sobre ele, para acomodar as agremiações. Ao todo, serão 14 barracões, número menor que a quantidade de escolas de samba no grupo de acesso, que é de 16 atualmente.

— Hoje contamos com 16 escolas, e o regulamento é apresentado e votado pelos presidentes em plenária. Nos adequamos a cada necessidade. Ou seja, quando as escolas da LigaRJ ocuparem os barracões, a plenária vai definir os próximos passos — disse Hugo Junior, presidente da LigaRJ, responsável pela Série Ouro.

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