Sobe para 5 o número de mortos durante operação da PM no Complexo da Maré

Entre as vítimas, estão o sargento do Bope Jorge Henrique Galdino Cruz e dois suspeitos de ligação com o tráfico

Por O Globo — Rio de Janeiro


Policiais durante operação no Complexo da Maré Fabiano Rocha / Agência O Globo

O número de mortos na operação realizada no Complexo da Maré subiu para cinco, conforme balanço atualizado nesta quarta-feira pela Polícia Militar. Até então, oficialmente, havia três mortos: o terceiro-sargento do Bope Jorge Henrique Galdino Cruz, e outros dois suspeitos.

A Polícia Civil já identificou os chefes do tráfico que ordenaram o ataque aos policiais. Além do terceiro-sargento, que morreu, seu colega Rafael Wolfgramm Dias também foi atingido. Ele está internado, em estado grave, no Hospital Federal de Bonsucesso. Agora, as diligências seguem em andamento para identificar os executores do homicídio, investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Segundo a PM, os outros mortos são Francisco Jorge da Conceição de Freitas, de 29 anos; Cristiano Matheus de Oliveira, de 21 anos, e mais dois homens ainda não identificados. De acordo com a corporação, não é possível afirmar se eles eram suspeitos. As investigações estão em andamento.

Outros números da operação:

  • 23 presos (17 em flagrante, e 6 por cumprimento de mandado)
  • Um adolescente apreendido em flagrante
  • 11 fuzis apreendidos
  • Uma metralhadora antiaérea apreendida
  • Uma espingarda calibre .12 apreendida
  • Drogas (sem quantidade divulgada) apreendidas
  • 6 carros roubados recuperados
  • 2 motos roubadas recuperadas

Durante a operação de terça-feira, bandidos chegaram a interditar a Avenida Brasil — onde um ônibus foi incendiado — e a Linha Vermelha, como forma de represália. Já nesta quarta-feira, policiais voltaram ao conjunto de favelas para uma nova operação.

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O corpo do PM Jorge Henrique Galdino Cruz foi sepultado nesta quarta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Parentes, amigos e colegas de farda, se reuniram para a despedida do policial, marcada pela emoção. Um de seus filhos se manteve envolto com a bandeira do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), além de uma mochila camuflada nas costas durante o sepultamento.

Helicópteros sobrevoando cemitério Jardim da Saudade, durante sepultamento do PM Jorge Henrique Galdino — Foto: Camila Araujo
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