O show de Madonna na Praia de Copacabana será o quarto da cantora no Rio. Antes disso, ela já havia se apresentado duas vezes no Maracanã, em 1993 e 2008. A aparição mais recente foi há 12 anos, em 2012, no Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca. Dessa vez, no entanto, a apresentação será gratuita e para um público estimado em mais de 1 milhão de pessoas. O show está marcado para começar entre 21h30 e 21h45 do sábado, dia 4 de maio, e o palco será montado em frente ao hotel Copacabana Palace. Quem não conseguir um lugar na praia, poderá acompanhar tudo no sofá de casa: TV Globo, Multishow e Globoplay transmitem tudo ao vivo.

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Para quem é fã da cantora e nunca viu um show da diva ao vivo, no entanto, nada substitui a experiência de estar presente na hora do espetáculo. É o caso da psicóloga gaúcha Rita de Cássia Silva da Rosa, 45 anos. Moradora de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ela conta os dias para realizar o sonho.

— Sou muito fã, conheci em 1990 quando vi ela dançando “Express Yourself”, foi amor à primeira vista. Nesses anos todos nunca tive a oportunidade de ir a um show, basicamente por questões financeiras mesmo. Dessa vez vai ser diferente — conta Rita.

Ela faz parte da comunidade Império Madonna, que só Instagram tem mais de 100 mil seguidores. A página é administrada por Matheus Gilli e o Pedro Compasso. Os dois, claro, vivem com ansiedade as semanas que antecedem o show.

— Nossa comunidade tem atualmente 106 mil membros de todo o Brasil e também de países como Chile e Argentina. Estão todos muito ansiosos para o show, que será o único na América Latina. Haverá muitos eventos, festas inspiradas no show, vai ser um momento único — aposta Matheus Gilli.

Os organizadores apostam que o evento trará impactos positivos na economia da cidade. A concessionária RIOgaleão, por exemplo, identificou 169 voos extras para o Aeroporto Internacional do Rio entre os dias 1º e 6 de maio. São esperados cerca de 15 mil passageiros a mais entre no período. O movimento é o mesmo registrado em novembro do ano passado para o jogo da final da Copa Libertadores entre o Fluminense e Boca Juniors.

— Além de toda a importância cultural de termos o maior ícone da música pop em um show gratuito na Praia de Copacabana, fechando sua turnê mundial e celebrando 40 anos de carreira, temos que ressaltar o enorme impacto positivo que esse evento terá no Rio de Janeiro. O efeito Madonna reflete na altíssima ocupação dos hotéis em todos os bairros da cidade e no aumento do número de vôos para a capital carioca, inclusive com hub exclusivo no aeroporto do Galeão para essa demanda — diz Luiz Oscar Niemeyer, sócio da Bonus Track, organizadora do evento

Com um milhão de pessoas na areia, o mar pode já é visto como alternativa para assistir à diva do pop. A empresa Navegue Temporada já alugou três embarcações para o dia do show: um veleiro para até dez pessoas sai a R$ 3 mil e um catamarã para até 20 passageiros, R$ 8 mil. Na Maré Mansa, três horas em uma embarcação para 40 pessoas fica por R$ 3.900.

A previsão da concessionária que administra a Rodoviária do Rio é de que na sexta-feira que antecede o dia do show o movimento no terminal será 20% maior que o normal. O fluxo maior será de pessoas chegando dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Os grupos Guanabara e JCA preveem incremento na ordem de 30% e 40% respectivamente.

Tratado como um Réveillon fora de época, o show já agita a economia do calçadão. Um lugar ao sol nos quiosques tem preços que variam de R$500 a R$1.100 por pessoa, a depender da proximidade com o palco. Alguns prometem área VIP e comida e bebida liberada, outros se limitam a cobrar pelas reservas, com o valor revertido em consumação.

Marcas brasileiras apostam em itens personalizados, como camisetas, luvas e bolsas, assim como CDs e DVDs da artista. De acordo com o e-commerce, as buscas pelo termo “Camiseta Madonna Masculina” aumentaram 4.900%, enquanto “Luva Madonna”, 2.900%. No Mercado Livre, a procura por camisetas da cantora subiu 7.400% em março.

Estagiário sob a supervisão de Leila Youssef. Colaboraram Ana Clara Veloso e Leticia Lopes