Luisa Mell, Kim Kataguiri, cantora gospel e general: as sugestões de Milton Leite para a vice de Nunes

Presidente da Câmara Municipal de São Paulo já se colocou à disposição para ser o vice, mas sugeriu também outros nomes do União Brasil para a posição

Por — São Paulo


A ativista Luísa Mell, o deputado federal Kim Kataguiri e a pastora e vereadora de Boituva Sandra Alves Reprodução/Instagram | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Câmara de Boituva

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Milton Leite, afirmou que o União Brasil tem vários nomes para indicar como vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição. Em abril, Leite havia se colocado como pré-candidato a vice do emedebista, mas nesta terça-feira (11) disse que ele é apenas um entre vários nomes possíveis que o partido sugere para a vaga.

O vereador citou o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), que se posiciona como pré-candidato a prefeito, como uma das opções para vice. Segundo Leite, o Kim “não deixa o União independentemente do resultado” e que a sigla estará ao lado de Nunes de qualquer forma.

— É óbvio que se o Kim chega aqui com 40% no primeiro turno, não sou eu quem vai dizer que ele não é candidato. Mas nessa situação posta, me parece que a aliança com o Ricardo Nunes prevalecerá na convenção. Assim sendo, qual é o cenário do União Brasil? Vamos discutir, os 11 partidos [que compõem a base de Nunes], quem que o União Brasil oferta como nome. A pastora Sandra Alves, Luísa Mell, filiados nossos. General Peternelli, se quiser o capitão Alison nós temos, o deputado André Soares, filho do R.R. Soares, nós temos. Temos uma pastora negra, temos todos os perfis. Rubinho [Nunes, vereador] — citou durante coletiva de imprensa na Câmara.

Luísa Mell é conhecida nas redes sociais por seu ativismo pela causa animal. Já Sandra Alves é pastora da igreja Templo Profético do Renovo, cantora gospel e atualmente é vereadora em Boituva, no interior de São Paulo. Peternelli é um ex-deputado federal e militar da reserva do Exército, e André Soares é ex-deputado estadual.

Ele acrescentou que seu nome “é mais um que se coloca”, mas que ele não vai insistir nessa ideia caso perceba que outras pessoas têm um perfil mais adequado para angariar votos para o prefeito.

— Eu não sei se o PL estará com o Ricardo Nunes, mas o União estará. E por que temos que manter o União Brasil? Se estiver lá o PL — e até hoje está —, será um embate duro. Nós vamos discutir o nome do PL. Obviamente essa questão do vice eu sei que interessa a todos. Sabemos do peso do PL, do peso do ex-presidente Bolsonaro, mas nós temos voto, sabemos o quanto disputamos na urna, queremos ser a maior bancada de vereadores, queremos ser a primeira bancada nesta casa e seremos, sem margem de dúvida — acrescentou.

Nunes ainda não decidiu quem será seu vice, mas a posição é cobiçada por políticos de diversos partidos. Nas últimas semanas, o prefeito vem sendo pressionado para tomar a decisão após o coach Pablo Marçal (PRTB) anunciar sua pré-candidatura e figurar em pesquisas de opinião, angariando uma parcela do eleitorado de direita.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia Nunes, indicou o ex-coronel da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo, ex-presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Nunes é resistente a essa indicação, mas tem sido cada vez mais impelido a aceitá-la em prol de não perder o apoio do PL. Nesta segunda, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu o nome do ex-PM para a posição.

A indicação de Mello Araújo tem causado discórdia entre as siglas que embarcaram na reeleição do atual prefeito. Alguns parlamentares do PP se posicionaram contra e ameaçam deixar o barco. Milton Leite, ao comentar o episódio, disse que o tema “ainda não veio a mesa com os demais partidos” e que “ainda é cedo”.

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