Kate Middleton e rei Charles com câncer: o que se sabe sobre a doença dos dois e qual impacto na monarquia?

Em janeiro, quando a cirurgia da princesa de Gales foi anunciada, o Palácio de Kensington havia informado que não se tratava de um procedimento para retirada de tumor cancerígeno

Por — Londres


Em vídeo publicado nas redes sociais, Kate Middleton, a princesa de Gales, anunciou que está em tratamento contra o câncer Reprodução

Após semanas de especulações sobre o suposto sumiço de Kate Middleton, 42 anos, a princesa de Gales chocou o mundo ao anunciar, nesta sexta-feira, que está tratando um câncer. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela afirma que a condição foi descoberta após a sua cirurgia abdominal, em janeiro. A revelação acontece em meio a um momento delicado na monarquia britânica, na qual o rei Charles III, 75 anos, também está afastado dos seus compromissos reais para cuidar de um câncer diagnosticado após uma operação na próstata — não foi revelado, porém, qual o tipo de câncer do monarca.

Kate Middleton e rei Charles com câncer

Diante de tantas informações incompletas sobre o estado de saúde da família real, o que se sabe até agora sobre a doença dos dois e qual o impacto disso para a monarquia britânica, cujo prestígio tem estado em queda desde a morte da rainha Elizabeth II, em setembro de 2022?

Kate Middleton anuncia que está em tratamento contra o câncer

O que a Kate Middleton tem?

Segundo Kate, em janeiro, quando realizou uma cirurgia no abdômen, ela ainda não sabia da existência da doença. Detalhes sobre o câncer não foram divulgados, mas o Palácio de Kensington disse estar confiante de que a princesa vá se recuperar totalmente. No anúncio, Kate disse estar nos “estágios iniciais” de quimioterapia preventiva, e garantiu estar “bem e cada dia mais forte”.

– Foram meses incrivelmente difíceis para toda a nossa família, mas tive uma equipe médica fantástica que cuidou muito bem de mim, pelo qual sou muito grata – disse ela no vídeo, que, segundo relatos, foi gravado em Windsor na quarta-feira.

Kate Middleton passa por cirurgia abdominal

O caso começou em 16 de janeiro, quando o Palácio de Kensington anunciou que a princesa havia passado por uma “cirurgia abdominal planejada” e ficaria em repouso até a Páscoa. Na época, o comunicado assegurou que o procedimento havido sido bem-sucedido e não se tratava de um câncer. Treze dias depois, foi anunciado que ela havia recebido alta e continuara seu tratamento em casa, em Windsor.

Príncipe William informou que apoiaria Kate Middleton

Inicialmente, o príncipe William informou que também se afastaria dos compromissos reais para apoiar a princesa durante o seu repouso, retomando algumas atividades em fevereiro.

Antes de ser operada, a última vez que ela havia sido vista em público foi em 25 de dezembro, acompanhada por familiares em uma caminhada natalina em Sandringham, casa de campo da realeza. Sua ausência nos compromissos reais desde o Natal desatou uma onda de especulações, sobretudo após a publicação de uma imagem digitalmente adulterada na conta oficial da princesa há duas semanas, data em que se comemorava o Dia das Mães no Reino Unido.

Kate Middleton entre os três filhos — Foto: Reprodução

No início do mês, o governo britânico anunciou que Kate participaria, em 8 de junho, de seu primeiro compromisso oficial desde que foi internada para fazer a cirurgia.

Qual a doença do rei Charles III?

No mesmo dia em que a Coroa divulgou que Kate faria uma cirurgia abdominal, também se anunciou que rei Charles III passaria por um procedimento corretivo para tratar um aumento da próstata. Poucas semanas depois, no início de fevereiro, o Palácio de Buckingham informou que o monarca havia sido diagnosticado com câncer em uma área próxima à próstata, afirmando que uma "questão distinta da preocupação [inicial] foi observada" após a cirurgia. Também disse que "uma forma de câncer" foi revelada, mas sem especificar qual e sem dar detalhes sobre o estágio da condição.

Segundo o comunicado, o monarca já havia dado início a um cronograma de tratamento contra a doença, e, por isso, teria adiado compromissos reais em eventos públicos. Continuaria, no entanto, com "os negócios do Estado e documentação oficial".

"O rei agradece à sua equipe médica pela rápida intervenção, que foi possível graças ao seu recente procedimento hospitalar. Ele permanece totalmente positivo em relação ao seu tratamento e espera retornar ao serviço público o mais rapidamente possível", afirmou a nota.

Desde então, a rainha consorte, Camilla, 76, tinha assumido a função de representar a família real, mas recentemente ela havia tirado férias para repousar diante do cansaço decorrente da grande agenda.

Como as doenças de Kate e Charles podem impactar a monarquia

Para uma família real que cultivou a sua imagem pública por meio de milhares de aparições por ano, o afastamento de Charles e de Kate pode finalmente forçar a realeza a repensar a forma como se projeta num futuro próximo, sobretudo na era das redes sociais, onde teorias de conspiração ganham terreno mesmo com flagras em vídeos e fotos – hoje facilmente manipuláveis por ferramentas de edição e sistema de Inteligência Artificial (IA).

Imagem de Kate Middleton em carro intriga a web — Foto: Reprodução

O uso das redes sociais pelo Palácio de Buckingham também pode amplificar a exposição pessoal dos membros da família, que nos últimos anos "perdeu" figuras importantes para a sua popularidade, como a própria rainha Elizabeth – grande representação da unidade do reino –, além do príncipe Harry e da princesa Meghan, autoexilados após uma sequência de intrigas internos e denúncias de racismo, e o príncipe Andrew, envolvimento no escândalo de exploração de menores de Jeffrey Epstein.

Hoje, a conta da família real no Instagram possui mais de 13 milhões de seguidores e sua conta no X, bem mais de cinco milhões. Para os jovens, que passam horas por dia on-line e seguem as suas celebridades favoritas nas redes sociais, a presença de uma realeza para inaugurar uma nova escola primária ou clínica de saúde no bairro pode não importar tanto como importava para os seus pais ou avós. Mas a repercussão de boatos, como o mistério criado entorno da #WhereIsKateMiddleton (#OndeEstáKateMiddleton), no TikTok, por exemplo, atraem o fascínio de uma nova geração.

Qualquer que seja o seu prognóstico, o câncer do rei e da princesa de Gales empurra a família real para um território desconhecido. Ao optar por serem mais abertos sobre as suas dificuldades de saúde, Charles e Kate divergiram de uma longa prática familiar baseada no silêncio para preservar a sua imagem. O que vem a seguir é um novo mistério.

Em 2022, por exemplo, a causa anunciada da morte da rainha Elizabeth II foi a velhice — embora um biógrafo real tenha alegado que ela tinha câncer na medula óssea, uma informação que nunca foi confirmada oficialmente.

Já o pai de Elizabeth II e avô de Charles III, o rei George VI, um fumante inveterado, teve um pulmão removido em setembro de 1951, sem que o fato fosse tornado público. Ele nunca se recuperou, morrendo em fevereiro de 1952. Depois, descobriu-se que ele tinha câncer de pulmão.

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