'Totalmente horrorizados': ONG afirma que três médicos foram mortos em ataque a hospital na Faixa de Gaza

Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirmou ainda que mais de 200 pacientes permanecem presos no hospital

Por O Globo — Rio de Janeiro


Médicos mortos no ataque ao hospital, em Gaza Reprodução

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou, nesta terça-feira (21), que três médicos morreram em um ataque contra o hospital Al-Awda, em Jabalia, cidade no norte da Faixa de Gaza.

Vídeo mostra hospital pegando fogo após ataques — Foto: Reprodução

A cidade está cercada pelo exército de Israel, e dezenas de palestinianos que trabalhavam ou estavam hospitalizados também ficaram feridos. Entre os mortos estão Mahmud Abu Nujaila e Ahmad al Sahar, dois médicos que trabalhavam para a MSF, enquanto Ziad al Tatari era funcionário do hospital Al-Awda.

— Estamos totalmente horrorizados com o assassinato de três médicos após um ataque ao hospital Al Awda, um dos últimos hospitais em funcionamento no norte de Gaza — afirma a ONG em comunicado.

Segundo a MSF, mais de 200 pacientes permanecem presos no hospital e eles "devem ser evacuados com urgência".

— Os ataques a instalações médicas constituem uma grave violação do Direito Internacional Humanitário, algo que, infelizmente, tem acontecido sistematicamente nas últimas semanas — disse a MSF.

Médicos egípcios levam bebês palestinos prematuros para ambulância no lado egípcio da fronteira de Rafah com a Faixa de Gaza

4 fotos
Ministério da Saúde controlado pelo Hamas acusa Israel de lançar um ataque fatal contra um hospital

O cerco do hospital al-Shifa

Nesta segunda-feira, tanques israelenses também cercaram o Hospital Indonésio, em Gaza, após ataques de artilharia que mataram 12 pessoas no centro médico, segundo o Ministério da Saúde do reduto palestino.

O ataque ao hospital indonésio vem um dia após a evacuação de 31 bebês prematuros do Hospital al-Shifa, o maior hospital de Gaza. Localizado na cidade de Gaza, o imenso complexo médico chegou a abrigar mais de sete mil pessoas, entre as quais haviam 250 gravemente doentes e feridos.

Na live das FDI, Amnon Shefler contou que soldados israelenses encontraram armas e equipamento de comando e controle no hospital, além de uma caminhonete com bombas e um túnel de 55 metros com armadilhas. Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel garantiu que não houve confronto dentro do complexo, mas o grupo fala em até 40 mortes na operação.

Mais recente Próxima Coreia do Norte afirma que novo 'satélite espião' registrou imagens de bases dos EUA no Pacífico