Contra o São Paulo, Rafael Paiva reassume o Vasco sob nível de pressão inédito na temporada

Saída de Álvaro Pacheco não acalmou os ânimos num Vasco que entrou na zona de rebaixamento


Rafael Paiva volta comandar o Vasco interinamente Leandro Amorim/Vasco

RESUMO

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GERADO EM: 22/06/2024 - 03:00

Rafael Paiva assume Vasco sob pressão

Rafael Paiva reassume o Vasco em meio a pressão inédita após a saída de Álvaro Pacheco. Time busca sair da zona de rebaixamento e enfrenta o São Paulo. Possível retorno de Ramón Díaz como treinador é cogitado. Vasco terá desfalques para a partida.

A situação poucas vezes esteve tranquila no Vasco em 2024, mas é sob um nível de pressão inédito que o treinador Rafael Paiva reassume o time interinamente, hoje, contra o São Paulo, às 21h30, em São Januário. O cruz-maltino tenta deixar a zona de rebaixamento enquanto busca um novo treinador.

Há um mês, Paiva estava comandando o mesmo elenco que agora volta a orientar após a passagem relâmpago de Álvaro Pacheco, demitido na quinta-feira. Foi Paiva quem fez a transição entre a saída de Ramón Díaz — cotado para retornar ao cargo — e a chegada do treinador português.

O interino volta para uma passagem provavelmente mais curta, mas com muito mais problemas imediatos a resolver. Um deles é a exposição defensiva: o Vasco sofreu 10 gols nos últimos quatro jogos do Brasileiro. Além disso, são apenas 7 pontos marcados em dez rodadas.

A primeira passagem do treinador, de 20 dias entre o primeiro e o último jogo, teve três vitórias, dois empates e uma derrota, com cinco gols marcados e cinco sofridos. Foi com Paiva que o Vasco empatou duas vezes com o Fortaleza (0 a 0 e 3 a 3) e garantiu a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil.

Vegetti antes da partida contra o Fortaleza. Atacante volta ao Vasco hoje após suspensão — Foto: Leandro Amorim/Vasco

Durante seu período à frente do time, a SAF trocou de comando, com o afastamento da 777 e a gestão de Pedrinho assumindo o futebol do clube.

— Sabemos que estar num clube tão gigante como o Vasco é uma pressão muito grande. Faz parte da nossa profissão. Na base, já temos certa pressão, mas ela não se compara à pressão do profissional. Temos que estar sempre alinhados com aquilo que acreditamos. Faz parte a torcida vaiar, é apaixonada. Mas o peso de xingar e vaiar é o mesmo da hora de (comemorar) gol, da vitória, da classificação — disse ele em seu último jogo, justamente o 3 a 3 contra o Fortaleza, quando chegou a ser vaiado após substituição.

Assim como contra o Cruzeiro, São Januário dificilmente terá casa cheia. A semana também foi marcada por protestos no aeroporto e cerco a jogadores. Nem a demissão de Pacheco acalmou os ânimos.

Ramón ganha força

No contexto atual, uma possível volta de Ramón Díaz ganha força, mas a diretoria de Pedrinho ainda estuda as opções de mercado. Vale lembrar que clube e treinador ainda não entraram em acordo sobre a rescisão de contrato, um imbróglio que pode parar na Justiça. Ramón e Emiliano Díaz, filho e auxiliar, estão no Rio de Janeiro. O segundo seguiu morando na cidade mesmo após a saída de São Januário.

Emiliano e Ramón Díaz ganham força para retornar ao Vasco — Foto: Leandro Amorim/Vasco

O período para análise e tomada de decisão é curto, uma vez que, após o jogo de hoje, o Vasco volta a campo já na quarta-feira, na Fonte Nova, contra o Bahia. E ainda fechará o mês em clássico contra o Botafogo, atual vice-líder do Brasileirão.

Para hoje à noite, o Vasco terá três desfalques: os volantes Galdames e Zé Gabriel (terceiro amarelo) e o lateral Victor Luis (vermelho), suspensos.

Vegetti estará de volta. Já Payet tem presença improvável na partida. Ele segue se recuperando de um estiramento na coxa direita.

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