Líder do Campeonato Brasileiro e em grande forma sob o comando de Tite, o Flamengo teve uma atuação quase perfeita na vitória por 4 a 2 contra o Atlético-MG em plena Arena MRV. Além dos desfalques já conhecidos, como os convocados para a Copa América e os lesionados Igor Jesus e Cebolinha, o rubro-negro também não teve aquele que é seu principal jogador: o centroavante Pedro.
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Após uma sequência de 15 partidas consecutivas como titular, o centroavante foi poupado pelo treinador, que optou por escalar Carlinhos desde o início.
— Se não ganhássemos hoje, estava engatilhado (o questionamento): por que poupou o Pedro? Estava escancarado. Mas ninguém poupou o Pedro, gente. Ele sentiu a perna ontem à tarde e corria o risco de não vir para Minas. Ele se predispôs a vir. Falei para o pessoal, para a direção e para o presidente: ninguém poupou ele. Eu não sou maluco. Tinha um risco temerário dele "estourar" se eu iniciasse com ele. Ele ia estourar. E aí temos que gerir isso com certo tempo. Procuramos, neste bastidor, ter um bom senso — explicou Tite.
A mudança realizada pelo comandante deu certo. Carlinhos, que tinha apenas três jogos pelo Flamengo desde quando chegou ao clube, em abril, pôde balançar as redes pela primeira vez. Além disso, Pedro descansou fisicamente e, quando entrou, ainda deu ótima assistência para Bruno Henrique.
— Vou aproveitar para valoriza-lo. O Carlinhos não faz um jogo inteiro desde o Campeonato Carioca. Ele teve uma lesão recentemente, recuperou e vem treinando muito bem. Mereceu a oportunidade e aproveitou. Foi premiado com um gol. Todo o grupo ficou muito feliz por ele — celebrou o auxiliar Cleber Xavier.
Bronca com a arbitragem
Apesar da sua equipe ter vencido com uma boa atuação e um placar elástico, Tite não foi só sorrisos após a partida. O treinador ficou na bronca com a arbitragem por um suposto pênalti não marcado em Pulgar.
— Teve um pênalti marcado onde o Allan acertou a bola, e depois acertou o cara, e o outro, onde o cara acertou direto no pé do Pulgar (não foi). Não consigo entender. Juro que não consigo. Qual é o critério? Por que um sim e por que outro não? Me permito falar publicamente, porque não é (o correto), mas me dou o direito. Quando reclamo na beira do campo, sou punido. Então, por favor, vamos usar o mesmo critério, gente. Se um é, o outro é ntão eu vou me permitir publicamente falar o que não é, mas me dou direito. E quando eu reclamo na beira do campo eu sou punido. Então por favor, só um ou dois mesmos critérios, gente. Se é um, é o outro. Se não é, dá — falou Tite.