Os dois jogos das quartas de final da Eurocopa, nesta sexta-feira, trazem confrontos históricos e, ao mesmo tempo, divergentes. De um lado, Alemanha e Espanha se enfrentam, às 13h, em Stuttgart, em uma partida apontada por muitos especialistas como “final antecipada”, pelo futebol apresentado pelas duas equipes até aqui. Já o duelo entre Portugal e França, às 16h, em Hamburgo, reúne seleções que mais decepcionaram do que encantaram, o que passa pelo desempenho tímido das estrelas Cristiano Ronaldo e Mbappé.
Espanha e Alemanha fizeram as duas melhores campanhas da primeira fase. O time de Luis de la Fuente é a única 100%, enquanto o a equipe anfitriã tem três vitórias e um empate.
A equipe do jovem treinador Julian Nagelsmann, de 36 anos, tem feito valer o fator casa e, além da invencibilidade, conta com o melhor ataque (dez gols). A experiência de Toni Kroos, Manuel Neuer e Gundogan se mistura com a juventude de Jamal Musiala e Kai Havertz, que lideram a artilharia da equipe com três e dois gols, respectivamente.
— Certamente será um jogo disputado. Acredito que as duas equipes estão jogando, talvez, o melhor futebol do torneio neste momento. Ambas querem muito ter a posse de bola — afirmou o meia Gundogan, em entrevista à Uefa.
Assim como do lado alemão, a Espanha vem tendo sucesso ao apostar no encontro de gerações. Exemplo disso é que os jovens Lamine Yamal, que tornou-se o jogador mais jovem a atuar pela Eurocopa aos 16 anos, e Nico Williams, 21, são destaques da única seleção que chega às quartas com 100% de aproveitamento, o que mostra certo favoritismo.
No segundo jogo do dia, os holofotes estarão voltados para Cristiano Ronaldo e Mbappé, que se enfrentarão pela segunda vez na Eurocopa — a primeira vez foi em 2021, um empate em 2 a 2, com gols de CR7. Acostumados a serem artilheiros, os craques ainda não corresponderam ao tamanho que carregam em cada seleção. O francês tem apenas um gol — ficou fora da segunda partida por lesão no nariz —, enquanto o português sequer balançou as redes no tempo normal.
Além da falta de protagonismo, Portugal e França perderam aos poucos o status de favoritas por conta de atuações que deixaram a desejar nos aspectos coletivo e individual. Apesar da fartura de jogadores em ambos os times, a seleção francesa fez somente três gols em quatro partidas, já a portuguesa só passou nos pênaltis da Eslovênia nas oitavas de final, o que ligou o sinal de alerta para este duelo.
Seja quem for a se classificar à semifinal, a rivalidade entre Mbappé e Cristiano Ronaldo promete ficar apenas dentro de campo:
— É uma honra (jogar contra Cristiano Ronaldo). Todos sabem a admiração que tenho por ele. Com o tempo tive a chance de conhecê-lo e estamos sempre em contato. Ele tenta me dar conselhos, seguir a minha carreira, isso é legal. Esse jogo contra ele é uma honra por tudo que fez no futebol — disse o atacante francês, em entrevista coletiva nesta quinta-feira.