Tecnologia de ponta apoia o Dezembro Laranja

Diagnóstico precoce com ferramentas avançadas permite a cura em mais de 90% dos casos de câncer de pele

Por Dasa


Tecnologia de ponta apoia o Dezembro Laranja Getty Images

POR DRA. CLARISSA CANELLA, RADIOLOGISTA DO CDPI E ALTA DIAGNÓSTICOS

O foco na prevenção é o principal objetivo da campanha Dezembro Laranja, criada para promover a conscientização sobre os cuidados relacionados ao câncer de pele. Isso porque o Brasil registra cerca de 185 mil novos casos ao ano desse tipo, responsáveis por cerca de 30% dos tumores diagnosticados no país – embora cuidados básicos, diagnóstico precoce e manejo adequado no tratamento formem um arsenal cada vez mais eficaz no controle da doença.

A escolha de dezembro não é por acaso. O mês marca o início do verão e a exposição solar é o principal fator de risco relacionado ao câncer de pele. Por isso, o primeiro passo é a prevenção primária, com uso de filtro solar com fator de proteção superior a 50 e evitando exposição ao sol no período entre 10h e 16h.

A prevenção secundária é o diagnóstico precoce, que permite a cura em mais de 95% dos casos. O surgimento ou modificação de lesões na pele são sinais de alerta e devem ser observados pelo dermatologista. Só a instalação de postos de atendimento dermatológico gratuito no mês de dezembro, como parte dos esforços de conscientização, já beneficiou mais de 600 mil pessoas identificadas desde a criação da iniciativa, em 1999.

O exame clínico dermatológico determina se há lesões suspeitas que devam ser retiradas e analisadas para identificação dos tipos de tumor, que podem ser carcinomas, originados de modificações de células da pele, ou melanomas, originados em células produtoras de melanina (responsáveis pela pigmentação da pele) e mais agressivos.

É a partir daí que entram em cena tecnologias que estão contribuindo para a melhoria dos resultados no enfrentamento da doença. Com o avanço da medicina diagnóstica, hoje estão disponíveis duas ferramentas principais. Uma delas é a ultrassonografia de alta frequência, com transdutor de 33 MHz, bem mais alta que a frequência de 20 MHz, normalmente empregada em ultrassonografias dermatológicas, que auxilia o médico a estudar a lesão de forma mais adequada e pormenorizada.

Outra ferramenta é a ressonância magnética com bobina de superfície – o aparato empregado para captação de imagem – diminuta e capaz de apresentar uma definição superior. Além disso, essa imagem também pode ser visualizada por meio de reconstruções em 3D, com emprego de softwares e programas sofisticados que mostram desde a relação da lesão com músculos e tecidos, como fáscias, até sua dimensão e posição anatômica para apoiar o cirurgião.

Os resultados dos exames de imagem vão indicar parâmetros como profundidade e delimitação para o planejamento mais adequado da cirurgia, contribuindo para melhores resultados de saúde e até estéticos, com cicatrizes menos pronunciadas. Mesmo no caso de melanomas, o diagnóstico precoce e o manejo correto aumentam a chance de cura para até 90% dos casos. E, além das técnicas avançadas em imagens dermatológicas já disponíveis, outras estão por vir.

Maior rede de saúde integrada do Brasil, a Dasa disponibiliza esses tipos de exames em seus laboratórios, entre eles o CDPI e o Alta Diagnósticos, no Rio de Janeiro. Outras tecnologias estão em desenvolvimento pela Dasa em parceria com a PUC-Rio no Biodesign Lab, como realidade virtual e uso de metaverso para aplicação na medicina.

No primeiro caso, as imagens ajudam a compor um holograma que pode ser manipulado digitalmente por um ou mais médicos. No segundo, os profissionais sequer precisam estar no mesmo ambiente para interagir com a imagem virtual. Os primeiros testes estão sendo feitos este ano.

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