Importados de até 50 dólares disparam e ameaçam geração de empregos no Brasil

Entre os principais bens de consumo comercializáveis importados no ano passado, estão itens do vestuário feminino, tapetes, lâmpadas, bebidas não alcoólicas e brinquedos motorizados

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O Brasil está entre as 20 economias do mundo que mais tributam em relação ao PIB Divulgação

De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a quantidade de itens de bens de consumo com valor de importação de até 50 dólares por unidade cresceu 35% em 2023 em relação a 2022.

Essas encomendas vieram principalmente da Ásia. Entre os principais bens de consumo comercializáveis importados no ano passado, os que registraram os maiores aumentos das quantidades encomendadas foram itens do vestuário feminino como calças, bermudas e shorts (alta de 407,4%), tapetes (399,8%), lâmpadas de até 15 volts (231%), bebidas não alcoólicas (163,4%) e brinquedos motorizados (104,7%).

O Brasil está entre as 20 economias do mundo que mais tributam em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), com aproximadamente 34%. No que diz respeito à tributação sobre o consumo, a situação brasileira é ainda pior, ocupando a sétima posição no comparativo internacional. “O empresário brasileiro luta com todas as forças para sobreviver nesse cenário, pagando uma carga altíssima de impostos”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. “Aí vem a ideia da isenção seletiva para os importados até 50 dólares, expondo esse empresário a uma concorrência injusta e desleal, pois a mercadoria é produzida lá fora com uma carga de impostos muito menor. Simplesmente, não há como concorrer. O Brasil vai exportar empregos, pois as empresas não vão ter como manter investimentos. É isso o que queremos?”.

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