Um palestino teve a entrada barrada no Brasil e está retido no aeroporto internacional de Guarulhos (SP) por suspeita de ligação com a Resistência Palestina. Ele chegou nesta sexta-feira em um voo da Qatar Airlines que vinha da Malásia. Ele está acompanhado do filho de 6 de anos, da mulher grávida e da sogra, que têm nacionalidade malala.
Muslim M. A. Abuumar Rajaa, de 37 anos, recebeu da Polícia Federal um documento de inadmissão no aeroporto e foi informado que será deportado de volta para o país de onde veio. O advogado dele, Bruno Henrique Moura, afirmou que entrou com um mandado de segurança na Justiça brasileira para "obrigar a PF a informar o motivo da negativa".
A Justiça federal determinou que a extradição não fosse feita até que houvesse a "melhor compreensão dos fatos". O órgão também deu 24 horas para que as partes se pronunciem e mandou que fossem tomadas "as providências necessárias" para o atendimento hospitalar à esposa grávida.
O deputado João Daniel (PT-SE) saiu em defesa do palestino e enviou ofícios ao ministério da Justiça e das Relações Exteriores, pedindo explicações sobre a "real situação" dele e a "garantia da sua segurança e integridade".
"Segundo informações extraoficiais, a razão para essa inadmissão está relacionada a alegações de que o cidadão palestino teria ligações com grupos terroristas. No entanto, até o momento, não foram apresentadas provas, documentos ou ofícios que confirmem tais alegações", diz o deputado, no ofício.
Na tarde deste sábado, a Justiça federal determinou que a extradição não fosse feita até que houvesse a "melhor compreensão dos fatos". O órgão também deu 24 horas para que as partes se pronunciem e mandou que fossem tomadas "as providências necessárias" para o atendimento hospitalar à esposa grávida.
O palestino é diretor do Centro de Pesquisa e Diálogo da Ásia, Oriente Médio, que tem sede em Kuala Lumpur, na Malásia. Segundo o advogado, ele veio ao Brasil para visitar o irmão, que mora no país. No passaporte dele, consta uma outra entrada no Brasil no ano passado.