Estrangeiro é retido no aeroporto de Guarulhos por ligação com grupo palestino; deputado do PT sai em defesa dele

De origem palestina, Muslim Rajaa foi informado que será deportado; deputado pede explicações para Itamaraty e Ministério da Justiça


Palestino Muslim M. A. Abuumar Rajaa foi retido no aeroporto de Guarulhos Reprodução/ Redes sociais

RESUMO

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GERADO EM: 22/06/2024 - 16:11

Deputado questiona deportação de palestino

Palestino é retido em Guarulhos por supostas ligações com grupo palestino; deputado do PT questiona deportação e pede explicações ao governo.

Um palestino teve a entrada barrada no Brasil e está retido no aeroporto internacional de Guarulhos (SP) por suspeita de ligação com a Resistência Palestina. Ele chegou nesta sexta-feira em um voo da Qatar Airlines que vinha da Malásia. Ele está acompanhado do filho de 6 de anos, da mulher grávida e da sogra, que têm nacionalidade malala.

Muslim M. A. Abuumar Rajaa, de 37 anos, recebeu da Polícia Federal um documento de inadmissão no aeroporto e foi informado que será deportado de volta para o país de onde veio. O advogado dele, Bruno Henrique Moura, afirmou que entrou com um mandado de segurança na Justiça brasileira para "obrigar a PF a informar o motivo da negativa".

A Justiça federal determinou que a extradição não fosse feita até que houvesse a "melhor compreensão dos fatos". O órgão também deu 24 horas para que as partes se pronunciem e mandou que fossem tomadas "as providências necessárias" para o atendimento hospitalar à esposa grávida.

O deputado João Daniel (PT-SE) saiu em defesa do palestino e enviou ofícios ao ministério da Justiça e das Relações Exteriores, pedindo explicações sobre a "real situação" dele e a "garantia da sua segurança e integridade".

"Segundo informações extraoficiais, a razão para essa inadmissão está relacionada a alegações de que o cidadão palestino teria ligações com grupos terroristas. No entanto, até o momento, não foram apresentadas provas, documentos ou ofícios que confirmem tais alegações", diz o deputado, no ofício.

Na tarde deste sábado, a Justiça federal determinou que a extradição não fosse feita até que houvesse a "melhor compreensão dos fatos". O órgão também deu 24 horas para que as partes se pronunciem e mandou que fossem tomadas "as providências necessárias" para o atendimento hospitalar à esposa grávida.

O palestino é diretor do Centro de Pesquisa e Diálogo da Ásia, Oriente Médio, que tem sede em Kuala Lumpur, na Malásia. Segundo o advogado, ele veio ao Brasil para visitar o irmão, que mora no país. No passaporte dele, consta uma outra entrada no Brasil no ano passado.

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