Governo do RS convoca policiais e bombeiros aposentados 'para reforçar estruturas de segurança'

Agentes trabalharão em 'caráter emergencial e temporário' nas 'regiões mais conflagradas em função dos eventos climáticos recentes'; 103 pessoas foram presas desde o início da calamidade

Por O Globo — Rio de Janeiro


Eduardo Leite é governador do Rio Grande do Sul Reprodução / Rádio Band News FM

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou na manhã desta quinta-feira a abertura de um edital para chamamento de policiais civis e bombeiros militares aposentados. O reforço no efetivo será em "caráter emergencial e temporário" e empregado nas "regiões mais conflagradas em função dos eventos climáticos recentes". O estado enfrenta enchentes nas últimas duas semanas. As chuvas afetaram 2,1 milhões de pessoas, resultaram em 149 mortes e deixaram 538 mil desalojados, de acordo com o último boletim da Defesa Civil. Desde o início da calamidade, as forças de segurança já prenderam 103 pessoas.

— Serão 260 policiais civis que nós estamos chamando agora entre os dias 16 e 20. Está publicado o edital, para se apresentarem para nós reforçarmos as nossas estruturas de segurança nesse momento crítico, como a gente fez com a Brigada Militar também, incorporando, trazendo novamente à atividade policiais que tinham ido para a reserva. No caso dos bombeiros, serão 100 bombeiros que estaremos chamando para esta contratação em caráter emergencial e temporário para colocar força total, como a gente tem dito, na segurança especialmente nas regiões mais conflagradas em função dos eventos climáticos recentes — disse Leite.

O secretário de Segurança Pública, Sandro Caron, defendeu "a maior resposta da história" diante do que classificou como "o momento mais desafiador da história da segurança do estado".

— Tolerância zero contra o crime e força total nas ruas para proteger toda a população gaúcha, inclusive aqueles cidadãos que estão nos abrigos — disse Caron.

O governo gaúcho já havia integrado cerca de 300 policiais militares da reserva, que estão atuando na segurança dos abrigos que atendem as vítimas das enchentes. Ao todo, foram abertas mais de mil vagas, mas elas não foram totalmente preenchidas.

Os primeiros policiais militares da reserva contratados começaram a trabalhar nesta segunda-feira, de acordo com a RBS.

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