Por Luísa Marzullo

Após ser vaiado em igreja, Eduardo Cunha chama Otoni de 'caricatura de político' por defender Paes

Ex-presidente da Câmara dos Deputados rebateu parlamentar do MDB sobre voto evangélico no Rio

Por — Rio de Janeiro


O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o deputado federal Otoni de Paula Jorge William / Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 01/07/2024 - 10:57

Polêmica entre Cunha e Otoni na igreja

Eduardo Cunha e Otoni de Paula se envolvem em polêmica após vaia em igreja. Cunha chama Otoni de 'caricatura de político' por apoiar Eduardo Paes. Otoni rebate acusação e defende evangélicos.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (União Brasil), se envolveu em uma briga com o deputado federal Otoni de Paula (MDB), que declarou apoio à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD). Em postagem no X (antigo Twitter), Cunha chamou o parlamentar emedebista de "caricatura de político".

"Esse deputado Otoni realmente é uma caricatura de político, sem respeitar princípios e mudando de posição de acordo com a sua conveniência momentânea. Ele só esquece, que as palavras ficam gravadas a disposição de todos", escreveu nas redes sociais.

Faz duas semanas que Otoni de Paula desistiu de concorrer a prefeitura do Rio de Janeiro para apoiar a reeleição de Paes. O parlamentar, que é pastor da Assembleia de Deus de Madureira, irá coordenar a campanha do prefeito entre evangélicos.

Ao lado deste comentário, Cunha veiculou um trecho de uma entrevista de Otoni de Paula a um podcast, no qual ele chama o atual prefeito de "Zé Pelintra", que representa a malandragem na Umbanda. Na ocasião, o deputado descreveu uma conversa que teria tido com o senador Flávio Bolsonaro (PL)

— Eduardo Paes não é Freixo que não entra em igreja. Eduardo sobe no púlpito, chora, recebe unção. Meu bispo (Abner Ferreira, da Assembleia de Deus) tem uma gratidão por ele. (...) Ele milita dentro da igreja com uma facilidade muito maior do que qualquer um. Ele é um bom malandro, é o Zé Pelintra.

O pano de fundo do debate digital é a ida de Cunha a um evento da Assembleia de Deus no último sábado, quando foi vaiado pelos presentes. Após o mal estar, o ex-deputado fluminense foi justificou o gesto da plateia como "infiltração de grupos políticos".

Neste contexto, nesta manhã, Otoni de Paula deu uma entrevista ao "Agenda do Poder" em que rebate Cunha.

— Atribuir o ocorrido ao prefeito é não ter clareza da verdade ou tentar maquiar a verdade. Os evangélicos são ordeiros, mas com senso crítico apurado — disse ao portal.

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