Vinhos de Portugal
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Por — São Paulo

O Brasil está entre os cinco mercados mais importantes para o turismo em Portugal. A afirmação é do secretário de Estado de Turismo português, Pedro Machado, que passou dois dias em São Paulo e participou da abertura da edição paulistana do evento Vinhos de Portugal, nesta quinta-feira (13) no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. O evento segue até sábado (15.) Os ingressos estão à venda no site: ingresse.com

A expectativa é voltar, neste ano, ao fluxo de visitantes brasileiros de 2019, antes da pandemia, quando esse contingente foi recorde. Em 2023, Portugal recebeu 1,1 milhão de turistas do Brasil, ainda 14% abaixo de 2019, mas 19% superior a 2022. Só nos primeiros quatro meses deste ano, o crescimento já é de 54%.

- A língua e a cultura são fatores muito importantes para nossa aproximação. E a divulgação dos vinhos é muito relevante, já que eles representam um dos nossos produtos de excelência. Vinhos, gastronomia e suas histórias levam ao enoturismo - disse Machado. E citou uma frase do cientista francês Louis Pasteur, que dizia: “Uma garrafa de vinho tem mais filosofia do que muitas bibliotecas”.

O secretário destacou que o país tem buscado a gestão sustentável da atividade.

- Temos a ambição de que Portugal possa ser um dos melhores destinos vinícolas do mundo. Estamos a trabalhar para isso.

O público que compareceu ao primeiro dia do evento também estava interessado na diversidade dos vinhos portugueses, onde há 252 castas e 14 regiões vitivinícolas. Entre um copo e outro, visitantes e produtores falaram de novas regiões e dos efeitos da crise climática, um tema cada vez mais presente no universo vinícola.

A possibilidade de fazer vinhos sustentáveis e de baixa intervenção foi o que atraiu o produtor brasileiro Marcelo Villela para a região do Dão, na encosta da Serra da Estrela e junto ao parque natural. Depois de uma carreira de 30 anos no mercado financeiro, ele comprou uma propriedade e, em 2018, fundou a Textura Wines. A adega ocupa as instalações de uma antiga fábrica de lã, os rótulos são minimalistas e as garrafas leves.

Villela disse ter escolhido “um local junto à montanha porque é uma região que vai permanecer com uma temperatura adequada mesmo com o aquecimento global”. E contou que com o sucesso atingido por seus vinhos até no mercado português, tem “conseguido provar que é possível trazer ideias novas mesmo não sendo do ramo”.

Carla Neto, da Quinta da Lagoa Velha — Foto: Rogério Vieira/Valor
Carla Neto, da Quinta da Lagoa Velha — Foto: Rogério Vieira/Valor

Num estande perto dele, circulava o importador de Curitiba, Gabriel Sarti, da Quattro Import, que veio ao evento pelo primeira vez e que traz 42 rótulos portugueses para cá, de oito produtores. No salão de degustação, ele acompanhava a Quinta da Lagoa Velha, empresa familiar da Bairrada e a Quinta do Escudial, do Dão, que mostravam seus vinhos.

Carla Neto, produtora da Quinta da Lagoa Velha, também veio pela primeira vez e dava a provar seu espumante, o “Quinta da Lagoa Velha”, feito com as uvas Baga e Chardonnay, que venceu o concurso Vinhos de Portugal 2024 como o melhor espumante do país. Apenas 120 garrafas de uma produção de 1.200 chegarão aqui em agosto. O preço será salgado, entre R$ 600 e R$ 700, mas ela aposta na receptividade do mercado:

- Os brasileiros são muito abertos para os vinhos portugueses e sabem valorizar sua qualidade. Nossa ideia era fazer um espumante realmente premium e isso tem um custo.

Já Fernando Guedes, presidente da Sogrape, a maior empresa de vinhos de Portugal, participou de uma conversa no “Tomar um Copo” e depois disse que estava empenhado na nova estratégia do grupo no qual o Brasil representa 6% das vendas.

- É muito pouco. Estamos tentando reverter isso e crescer, porque o Brasil é um mercado estratégico para nós.

O portfólio da Sogrape é vasto. Vai da marca Mateus, relançada no ano passado, que é um vinho de mesa simples, um blend de várias regiões e castas sem Denominação de Origem Protegida, ao Barca Velha, da Casa Ferreirinha, o maior ícone da vinicultura portuguesa. A grande aposta, pela faixa de preço, é o Mateus.

Fernando Guedes, presidente da Sogrape — Foto: Rogério Vieira/Valor
Fernando Guedes, presidente da Sogrape — Foto: Rogério Vieira/Valor

Uma das áreas mais animadas do evento foi a parte externa, onde havia barracas de comida portuguesa, mesas coletivas e guarda-sois ao ar livre. Ali as pessoas se reuniam nos intervalos entre as sessões de degustação e as provas e havia um pouco de tudo. Dos bolinhos de bacalhau ao clássico arroz de pato do restaurante A Bela Sintra, nos Jardins.

O Vinhos de Portugal tem preços a partir de R$ 157,30, e assinantes do GLOBO e do Valor Econômico têm 20% de desconto no valor dos ingressos. Para mais informações, acesse: vinhosdeportugal.oglobo.com.br

O Vinhos de Portugal 2024 é uma realização dos jornais O Globo, Valor Econômico e Público, em parceria com a ViniPortugal, com a participação do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto; apoio das Comissões de Vinho de Alentejo, Beira Interior, Dão, Lisboa, Península de Setúbal, Tejo, Vinhos Verdes e da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal, Turismo de Portugal, Tap Air Portugal, AB Gotland Volvo e Shopping Leblon; água oficial Águas Prata, hotel oficial Fairmont Rio (RJ), local oficial Jockey Club Brasileiro (RJ), loja oficial Porto Divino, rádio oficial CBN e curadoria Out of Paper. A edição de São Paulo conta ainda com a Cidade de São Paulo como cidade anfitriã e SP Negócios como apoio institucional.

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