A última imagem feita pelo James Webb capturou a explosão da Cassiopeia A, uma das supernovas mais conhecidas do universo. Divulgado na segunda-feira (11) pela NASA, o registro foi feito com a câmera de infravermelho do telescópio.
Para tornar a luz infravermelha visível — o seu comprimento de onda não pode ser visto pelo olho humano —, os processadores de imagem tiveram que “traduzi-la” em cores. O resultado foi um aglomerado colorido e brilhante, em tons de laranja e rosa, que condizem com o interior da estrela.
Essa câmera do James Webb possibilitou aos cientistas visualizarem pontos que, até então, eram desconhecidos na estrela. De acordo com o pesquisador, isso é importante porque dá “conhecimentos transformadores” sobre o processo de explosão da supernova.
— Com a resolução da câmera infravermelha, nós conseguimos agora ver como a estrela em falecimento se despedaçou completamente quando explodiu, deixando para trás filamentos que se parecem cacos de vidro — disse Danny Milisavljevic, o líder da pesquisa na Universidade de Purdue.
Segundo os cientistas, esses filamentos remanescentes da morte da estrela são o que originam, mais tarde, planetas e outros astros.
Além da explosão estelar registrada pelo telescópio, um outro detalhe da imagem chamou atenção dos cientistas: uma pequena bolha brilhosa no canto da figura, que parece ter surgido da explosão da supernova. Os pesquisadores a batizaram de "Baby Cas A" por causa da sua possível origem.
Veja abaixo a foto do James Webb que registrou a morte de uma estrela:
![Nova imagem do James Webb mostra explosão que leva à morte de uma estrela — Foto: Divulgação/NASA, ESA, CSA, STScI, D. Milisavljevic (Purdue University), T. Temim (Princeton University), I. De Looze (University of Gent)](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/TMY7vuNNQP1bOPCyFrO6YV8DpEs=/0x0:1746x2000/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/p/R/jHzap0T5yVutlSNZUAfw/webb-stsci-01hggzdyh8ghhssnwzd71mf0xh-2k.jpg)
![Comparativo mostra antes e depois da imagem feita pelo James Webb, após a tradução do infravermelho em cores — Foto: Divulgação/NASA, ESA, CSA, STScI, D. Milisavljevic (Purdue University), T. Temim (Princeton University), I. De Looze (University of Gent)](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/VZ9hrAyTi1j_B5dRS1LKX40uoT0=/0x0:1536x862/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/3/n/NUCoV4Qr2UUxLaAigERw/webb-stsci-01hgh0xz8jhr7ayp4tygdxcekn-2k.jpg)
![Imagem mostra os detalhes que nova foto do James Webb mostrou com câmera infravermelha — Foto: Divulgação/NASA, ESA, CSA, STScI, D. Milisavljevic (Purdue University), T. Temim (Princeton University), I. De Looze (University of Gent)](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/4hNMJ7O0N8C5onSDMq5it1Xt9JY=/0x0:1536x1368/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/N/a/iLB51DSnOHAElAu3cyCQ/webb-stsci-01hgh0hhekgmewccrspzp2d5yj-2k.jpg)