A fêmea Tian Tian e o macho Yang Guang foram enviados ao Zoológico de Edimburgo em dezembro de 2011 devido a um acordo de 10 anos entre a Royal Zoological Society of Scotland (RZSS) e a Associação Chinesa de Conservação da Vida Selvagem. O acordo foi prorrogado por mais dois anos por conta da pandemia de Covid-19. Durante os 12 anos de estadia, os veterinários locais realizaram oito tentativas falhas de inseminação artificial entre os dois. Em 2013, houve uma tentativa, também sem sucesso, de inseminar Tian Tian.
Desde novembro, Tian Tian e Yan Guang estavam isolados para reduzir o risco de contraírem doenças antes da viagem. Quando chegarem à China, ficarão em quarentena novamente, até serem realojados. Somente quatro passageiros acompanham a dupla no voo. Os pandas de 20 anos de idade são transportados em caixotes de metal feitos exclusivamente para a ocasião.
Em 2021, Yang Guang foi diagnosticado com câncer testicular e precisou ser castrado, logo, as tentativas de procria-los precisaram serem interrompidas. Segundo os profissionais do zoológico, não é raro pandas-gigantes terem dificuldade de procriar em cativeiro, além de perderem o interesse em acasalar naturalmente, ou até não saberem como.
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Últimos dois pandas do Reino Unido retornam à China
David Field, executivo-chefe do RZSS, afirmou que a despedida foi difícil. "Esses animais foram parte de nossas vidas nos últimos 12 anos", declarou. As tentativas de criar pandas em cativeiro começaram na China em 1955. Em 1963, o primeiro panda-gigante criado em cativeiro, nasceu no zoológico de Pequim.