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A maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul completa um mês nesta quarta-feira. Menos de 24 horas após a noite de terror do dia 29 de abril, a Defesa Civil gaúcha já informava sobre os primeiros cinco mortos e 18 desaparecidos registrados por conta das fortes chuvas. Àquela altura, já havia quase 200 desabrigados, em 77 municípios — a maioria na região central do estado. De lá para cá, a tragédia só cresceu e a destruição se expandiu. Hoje, ao menos 169 homens, mulheres, idosos e crianças já perderam a vida pela catástrofe, além de 50 com paradeiro desconhecido. O governo estima que 2,3 milhões de pessoas tenham sido afetadas até agora pela crise, em 471 cidades. Há mais de meio milhão de desalojados e 48,7 mil moradores em abrigos.

As chuvas no Rio Grande do Sul danificaram ou interditaram uma série de infraestruturas como aeroportos, estradas, ferrovias, redes de energia elétrica e transportes públicos. Causaram também forte impacto tanto nas cidades quanto nas áreas rurais, segundo estudos obtidos pelo GLOBO. Na região hidrográfica do Lago Guaíba, a estimativa é de que tenham sido afetados com algum nível de inundação 301.738 domicílios em 125 municípios. Já em propriedades rurais de todo o estado, foram 7.854 locais inundados em 58 municípios.

O custo da reconstrução ainda será calculado, mas a tragédia já trouxe à luz uma realidade: os riscos de eventos climáticos extremos para a infraestrutura precisam ser mais bem mapeados por concessionárias, governos e seguradoras no país. É um passo necessário para investir mais em prevenção e estabelecer uma engenharia financeira capaz de garantir recursos para reconstruções.

A prefeitura de Porto Alegre assinou nesta terça-feira um acordo para a contratação emergencial de um aterro sanitário para o descarte de 77 a 180 mil toneladas de resíduos das enchentes. O novo local terá um custo previsto de R$ 19,7 milhões e servirá como depósito para montantes que podem chegar a até 150 vezes a média diária de lixo recolhida na cidade.

O novo aterro será estruturado em Gravataí, município localizado a cerca de 30 km da capital gaúcha, e ocupará uma área correspondente a 270 hectares. O depósito deverá receber materiais contaminados pelas águas das cheias e que não se decompõem com o tempo. Entulhos, restos de madeira, lama e lodo devem receber a destinação correta ao chegarem no local, de acordo com o diretor do Departamento de Limpeza Urbana de Porto Alegre (DMLU), Carlos Alberto Hundertmarker.

Veja algumas das situações dramáticas enfrentados nestes 30 dias.

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