A interdição do Allianz Parque, estádio em que o Palmeiras manda os seus jogos, repercutiu até entre os hermanos. Após a determinação da Federação Paulista de Futebol (FPF), nesta sexta-feira, justificada pela "falta de condição do gramado", o Diário Olé noticiou que o goleiro campeão do mundo pela Argentina, Sergio Romero, apelidado como Chiquito, "tinha razão".
A referência do jornal argentino remete a setembro de 2023, quando Boca Juniors, time defendido por Romero, e o Palmeiras empataram em 0 a 0 pelo jogo de ida da seminal da Libertadores, em partida realizada na Bombonera.
Na época, antes do jogo da volta, que seria realizado em São Paulo em 5 de outubro, o goleiro criticou o campo do Allianz Parque.
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– O que me preocupa simplesmente é ser sintético, e não gramado natural. É raro que a esta altura da vida estejamos falando que uma equipe de futebol tem campo sintético. A Conmebol e a Fifa deveriam dizer: ou híbrido, ou natural. Porque é futebol. Para o campo sintético, tem hóquei — disse Romero na ocasião.
A partida no estádio do Palmeiras terminou em 1 a 1, e o Boca garantiu a vaga na final — em que perdeu para o Fluminense no Maracanã — ao vencer o verdão nos pênaltis.
Problemas no gramado
No último dia 28, pelo Campeonato Paulista, o Palmeiras venceu o Santos por 2 a 1 no Allianz Parque, em partida marcada pela reclamação sobre as condições do campo.
![Richard Rios, do Palmeiras, passa por jogador do Santos durante clássico marcado por reclamações sobre o gramado do Allianz Parque — Foto: Cesar Greco/Palmeiras](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/RJYf8kJrWk9nTpPSfmnAjJDM6ss=/0x0:800x450/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/3/1/wwHuu0TKut0AY7BvgxoQ/53494554024-3b73aa5dee-c.jpg)
Depois da partida, o próprio Palmeiras divulgou nota, em que reclamava das condições do gramado e informava que só voltaria a jogar na arena quando o piso fosse melhorado.
O clube, na ocasião, cobrou a empresa constituída pela construtora WTorre para gerir a arena, e ameaçou até mesmo exigir a interdição do Allianz Parque.
Nesta sexta-feira, uma nota assinada por Fábio Moraes, diretor-executivo do Departamento de Competições da FPF, detalhou que o motivo do veto ao estádio é pela "não conformidade de um dos componentes utilizados (termoplástico), devidamente atestada pelo responsável técnico da FPF".
A federação informou que o campo poderá ser liberado depois de "sanado o problema".