Atualmente no BBB, Yasmin Brunet já esteve no centro das atenções do mundo esportivo por uma polêmica envolvendo seu ex-marido, o surfista Gabriel Medina, os Jogos Olímpicos e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Isto é porque, em 2021, quando integrava a equipe técnica de Medina, a modelo foi proibida pelo COB de ir às Olimpíadas de Tóquio com Medina — por conta da pandemia, os competidores só poderiam levar uma pessoa.
Com Brunet na equipe desde janeiro daquele ano, Medina, na época dos Jogos, argumentava que a esposa era a responsável por sua estatística, nutrição e apoio mental. Ainda assim, o COB afirmava que ele já havia credenciado seu técnico, Andy King, e que Yasmin Brunet não se inseria nos requisitos e regras exigidas pelo Comitê Organizador, uma vez que "apenas profissionais da área técnica com experiência comprovada poderiam ser credenciados". O surfista, por sua vez, argumentava que, se assim fosse, o estafe de outros competidores também não poderiam ser inscritos.
No fim, Medina desembarcou em Tóquio com o australiano King e foi para as Olimpíadas com a mensagem de que não estava "indo 100% para os Jogos. Ele acabou eliminado na semifinal em meio à polêmicas de notas.
Relembre a história
A novela começou em uma entrevista de Medina à CNN, em 15 de junho, quando afirmou que desejava levar duas pessoas — seu técnico e sua mulher — para as Olimpíadas, mas que seus pedidos ao COB não haviam sido respondidos.
— Questionei também se posso levar a Yasmin, porque ela tem viajado comigo. Aí eles [COB] falaram que ela não tem nada a ver com o surfe, que ela não poderia ajudar a delegação. Mas e o marido da Tati [Tatiana Weston-Webb]? Ele surfa, participou do circuito mundial. Estou só questionando por que eu não posso levar? São as pessoas que me ajudam. Não é porque é melhor, é porque são pessoas que estão no meu dia a dia. Acho certo eles levarem o time deles, só que eu não sei qual a dificuldade de eu levar o meu time. Eu vou ter que viajar sozinho? Por que só comigo, sabe? — questionou o surfista.
O COB, no entanto, informou que havia uma limitação de credenciais para as delegações por causa da pandemia, na qual cada surfista da equipe brasileira só poderia ter o acompanhamento de uma pessoa. A entidade também explicou que “apenas profissionais da área técnica com experiência comprovada poderiam ser credenciados”.
'Estou sendo muito prejudicado e injustiçado'
Dias depois, em entrevista ao GLOBO, Medina explicou que Yasmin é responsável pela sua estatística, nutrição e apoio mental, argumentando que, no surfe, os atletas não se prendem à formação acadêmica para montagem do estafe. Ele disse se sentir "muito prejudicado e injustiçado" com a negativa do COB.
Na entrevista, ele afirmou que escolheu Yasmin por se sentir bem e confortável para competir com ela. Apesar de não ter formação, ela tem "a expertise necessária que preciso", segundo o surfista. Ele ainda explicou que a mulher filmava as baterias dele e de adversários, produzindo análises estatísticas, além de criar estratégias mentais e dar suporte psicológico e nutricional.
Ele argumentou que o surfista Ítalo Ferreira levaria um amigo, que faz análises de vídeos, e que a surfista Tatiana Weston-Webb levaria o marido, Jesse Mendes, que tem uma carreira consolidada no circuito mundial e disputou as etapas de elite em 2018 e 2019. Medina pontuou que os companheiros estavam "certos" e que só queria "levar meu estafe que segue comigo desde o início do ano". "Não estou sendo respeitado", disse o brasileiro.
Críticas de Yasmin
Quase duas semanas depois, foi a vez de Yasmin dar sua versão. No instagram, afirmou: "isso para ele nao é uma brincadeira, ele não quer me levar para passear no Japão". Ela disse que Medina estava passando por momentos complicados na vida pessoal e que ela era uma das poucas que sabia "o que estava acontecendo" e que o apoiava. Yasmin ainda afirmou que eles já tinham recebido diferentes respostas do COB, inclusive que "por questões internas de preservação de imagem do COB e dos atletas eu não poderia ir".
No mesmo dia, 7 de junho, assessores de Medina informaram que o COB havia dado a "palavra final", vetando a ida de Yasmin. O surfista chegou a falar com Paulo Wanderley, presidente da entidade, mas nada mudou. Com isso, já estava quase certo que ele levaria King, que o acompanhou na perna australiana do Circuito Mundial da WSL e que já estava com a credencial olímpica.
'Sabia que era pessoal'
A novela esquentou pouco mais de uma semana depois, quando foi revelado que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) autorizou a atleta de lançamento de discos Andressa Morais a levar o marido para a Olimpíada no papel de treinador, mesmo ele não sendo técnico dela. No Instagram, Yasmin escreveu: “a verdade sempre aparece. Sabia que era pessoal”.
Segundo o portal UOL, o comitê se justificou e disse que a medida só foi autorizada depois que a entidade, ao lado da Confederação Brasileira de Atletismo, encerrou as tentativas de substituição do técnico da atleta, que não poderá ir. O marido de Andressa tem registro técnico, além da formação em educação física.
Ida sem Yasmin
No que até o momento é o último episódio da novela, Medina embarcou na noite do último sábado para Tóquio e foi ao aeroporto acompanhado por Yasmin, que se despediu dele. Ao portal UOL, o surfista disse que a situação era "chata": "não estou indo 100%. É ela quem me dá força e eu gosto de estar junto dela".
O surfista teria viajado sem o seu treinador e, ao chegar em Tóquio, o público brincou com um vídeo que mostrava Medina com duas malas enormes.
"Será que tem alguém escondido na mala das pranchas? Yasmin Brunet, é você?", comentou um usuário no Twitter.