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O técnico Cuca foi apresentado oficialmente no Corinthians nesta sexta-feira. Desde que seu nome foi anunciado, tanto o clube quanto o treinador têm sido alvos de protestos por causa de uma condenação que Cuca sofreu na Suíça, em 1987, por estupro. Em coletiva, ele falou sobre o caso e afirmou não ter feito nada, que sua participação no caso foi estar no mesmo quarto que outros três jogadores do Grêmio à época.
— Nós iríamos jogar uma partida, subiu uma menina ao quarto, o quarto era o que eu estava junto com outros jogadores. Era um quarto duplo. Essa foi a minha participação nesse caso. Eu sou totalmente inocente, eu não fiz nada – disse Cuca logo no início da entrevista.
Cuca se baseou na palavra da vítima para sustentar a sua inocência. Apesar de ter sido condenado, a mulher alegou que não lembrava de Cuca:
— A palavra da mulher era de que o Cuca não estava lá. Não o Cuca assim, desse jeito que eu estou falando, mas ela disse que eu não estava. Eu estou falando que não estava. Como que eu posso ser condenado? Hoje tem 200 mulheres me condenando pelo quê?
Cuca e o Corinthians têm sido alvos de protestos não só na internet. Os muros da sede do Parque São Jorge foram pichadas com “Fora Cuca”. Também houve manifestação na porta do Centro de Treinamento do clube.
— Dizem que eu devo uma desculpa a sociedade. Por que eu devo uma desculpa? Dois anos e meio depois desse caso eu fui jogar ali do lado, na Espanha, nunca teve consequência nenhuma. A vida mudou, mudou para melhor. Essa causa eu quero abraçar, até para a proteção da minha família — finalizou o treinador.
