Coutinho é apresentado e fala em jogar 'o quanto antes' pelo Vasco

— Acredito que durante a semana eu vou começar a treinar com o time. E a partir daí, ter esse contato com o treinador, com os jogadores. Joguei na posição de meia esquerdo, joguei centralizado. Acho que isso varia com a ideia que o treinador tem, isso é o mais importante. Após essa conversa, com certeza eu vou estar à vontade para jogar onde ele decidir. O mais importante é estar com essa vontade de ajudar o clube, seja jogando na esquerda ou na direita, no meio, não importa, o importante é Vasco crescer.

O jogador já foi pré-registrado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Com a janela de transferências aberta, a tendência é que esteja regularizado para o próximo compromisso do cruz-maltino no Brasileiro, um confronto com o Atlético-GO, no próximo dia 17. O aproveitamento em campo ainda dependerá de alinhamentos internos.

— Minha vontade era estar em campo logo. Estava num período de férias, e como em todo período de férias, eu treino. Se depender da minha vontade, (entro em campo) o quanto antes, mas tudo vai ser conversado, colocado com o estafe.

Presente na apresentação, o presidente Pedrinho, que cuidou pessoalmente da negociação, falou sobre a chegada do volante Souza e do atacante Alex Teixeira, contemporâneos de Coutinho na base. Segundo ele, a contratação da dupla foi uma sugestão, e não uma exigência de Coutinho.

— Ele nunca fez exigência, foi um pedido, uma sugestão e houve uma avaliação técnica, além de uma avaliação da estrutura do que estava sendo feito e do que o Coutinho estava fazendo para vir para o Vasco. Todo o esforço que o Coutinho fez merecia uma atenção através de uma indicação do Souza e do Alex. E a indicação vale a pena, porque nós procuramos um jogador na posição, principalmente de segundo homem de meio, e o Souza é um cara declarado, apaixonado pelo Vasco, com capacidade técnica para dar uma resposta. E o Alex também, muito capacitado, teve uma passagem anterior que contribuiu e que o contexto não favoreceu. Ele merecia uma oportunidade de voltar a São Januário. Olhando isso tudo e a questão financeira, não ia lesar o clube de forma nenhuma, principalmente a questão do Sousa e do Alex, então o contexto geral favoreceu para que a gente olhasse com carinho uma indicação e não uma exigência. Não é nem característica do Couto isso, vocês podem observar que a humildade, a gentileza que ele tem para falar com vocês, então, que fique claro isso, e a resposta técnica dos dois, eu acho que vai acontecer também junto com o clube.

Depois da apresentação, Coutinho atendeu cerca de 50 torcedores que se concentravam na porta da sede náutica. Tirou fotos e deu autógrafos. A apresentação oficial à torcida será neste sábado, às 11h, em São Januário.

Negociação complexa

A questão de abrir mão de muita coisa é verdade, o próprio presidente aqui falou, mas eu posso te dizer que não foi só o Philippe, o Vasco fez de tudo para que eu pudesse estar aqui, o presidente fez de tudo para que eu pudesse estar aqui hoje e eu sou muito agradecido por isso. São muitas questões que envolvem essa volta, o amor ao clube é o principal. Sou grato demais, porque me formou para o mundo não só na parte esportiva.

Como eu falei, o presidente fez todo o esforço, tudo que ele podia, para eu poder estar aqui hoje. Já agradeci, agradeço aqui de novo. Como você falou, é um cara que ama o clube, que tem feito de tudo para o clube voltar a ser o que sempre foi. E ele faz parte disso.

Dias antes do acerto

A ansiedade vem desde o primeiro momento. Todo dia eu ligava para meus irmãos (representantes) e perguntava "e aí, como é que tá?". Até porque eu também não estava tão envolvido assim, eu prefiro estar pensando só em jogar bola e vestir a camisa, então ficava sempre no "está perto, não está". Foi um período de bastante ansiedade, mas que eu já me visualizava lá atrás já vestindo essa camisa e graças a Deus hoje está tudo certo pra poder vesti-la de novo, como estou vestindo agora, dentro de campo, representando lá dentro de campo.

Como vê o futebol brasileiro?

É muito competitivo, né? Você vê todos os times, a quantidade de jogos, a intensidade. Eu sempre tive esse sonho também, essa vontade de jogar o Campeonato Brasileiro por conta disso. E sim, eu acompanhava de longe, sempre que podia estava acompanhando o Vasco. Às vezes tinha diferença de horário e o jogo ficava muito tarde, mas estava sempre acompanhando e torcendo.

Objetivos no Vasco

O objetivo como jogador, se não não faria sentido a gente estar aqui, é sempre brigar, lutar pelas coisas importantes. É um projeto que a gente acredita e eu acredito muito nisso. Acho que temos condições de estar brigando por títulos. Temos um elenco muito positivo. Você perguntou sobre o Souza e o Alex, que são amigos, são grandes jogadores. A vinda deles com certeza vai ajudar ao Vasco, que é o mais importante.

Ouviu "A Barreira vai virar baile"?

Já ouvi muito dessa música e meus filhos em casa não param de tocar (risos). Acaba e repete, acaba e repete. Mas é muito legal esse carinho da torcida. Claro que eu estou ansioso para reencontrar dentro do estádio jogando, né? Mas ela mexe. Quando eu encontro um vascaíno, eu sempre tenho aquele carinho. Então, é muito legal essa troca.

Vontade de voltar ao Vasco

Eu sempre me imaginei jogando no Vasco. Na rede social, inúmeras vezes, eu mandava vídeos para minha esposa da torcida do Vasco, inúmeras vezes, isso anos e anos atrás. "Olha só que linda a torcida, espero um dia estar jogando". Mais ou menos uns cinco ou seis meses atrás, a gente conversou como família e eu coloquei esse desejo de voltar a jogar no Vasco. Obviamente, a partir daí as conversas com o presidente fluíram.

Ansiedade

Estava fazendo exames médicos, saindo de um lugar para ir para o outro para fazer exames, e ao mesmo tempo rolando o anúncio. Eu no telefone, com a minha esposa, com o meu irmão, todos muito emocionados, porque o vídeo que o Vasco fez foi covardia (risos). Deixou todo mundo emocionado. Enfim, a ansiedade só aumenta vendo aquilo ali, vendo a história que eu tive aqui no clube, e que agora vai continuar.

Futuro após o contrato de empréstimo

É o clube que eu amo, como eu já falei um número de vezes. Eu gosto de pensar jogo a jogo, cada jogo é um final, uma guerra, e aí a gente vai vendo o que vai acontecer. Mas é isso, é assim que eu penso, tenho esse ano aí para dar o meu máximo e retornar todo esse carinho que eu recebo aos torcedores, retornar para eles dentro de campo.

Colégio Vasco da Gama e Instituto Philippe Coutinho