O desequilíbrio entre ataque e defesa segue castigando o Vasco neste Brasileirão. Ontem, o time voltou a sair zerado, e desta vez, derrotado. A vitória por 2 a 0 do Juventude aprofundou o momento complicado do cruz-maltino, que não consegue deixar a parte de baixo da tabela, com sete pontos. Derrota que comprometeu o futuro do técnico Álvaro Pacheco, que dificilmente permanecerá no clube.
O time não venceu sob o comando do técnico português, e tem compromisso difícil contra o São Paulo, no próximo sábado. Victor Luis, que substituiu Lucas Piton nos dois últimos jogos, foi expulso no fim e virou desfalque, assim como Galdames, que levou o terceiro amarelo.
Para a partida em Caxias do Sul, o treinador optou por manter a mesma estrutura de ataque utilizada contra o Cruzeiro, com exceção de Clayton, que substituiu o suspenso Vegetti — centroavante por centroavante. Rossi voltou a ser discreto atuando pela direita e Adson tentou muito, mas produziu pouco pela esquerda. O panorama foi o mesmo: o cruz-maltino passou 45 minutos praticamente sem finalizar, encontrando uma chance já no fim.
O próprio Adson, responsável pela jogada, vem sendo sacrificado no ataque do Vasco, preso à ponta esquerda, onde não consegue centralizar os dribles em direção à área. Pelo meio, o jovem JP atuou mais solto, mas teve pouca ajuda na construção.
Quem não faz, leva
Já no segundo tempo, Lucas Barbosa aproveitou sobra na entrada da área para acertar um chutaço, sem chances para Léo Jardim, dando ao time da casa a vantagem num jogo de pouca ação nos dois lados do campo.
As dificuldades em se defender na entrada da área são antigas, mas só são exploradas à exaustão — as principais oportunidades do Juventude foram em chutes de longe — porque o Vasco permite que as partidas sejam disputadas em seu campo. E isso tem muito a ver com o ataque inoperante que vem mostrando jogo a jogo.
Clayton, em sua segunda oportunidade como titular, foi mal, mas passa longe de ser o problema principal. No Brasileiro, são três gols do Vasco marcados nas últimas cinco partidas.
No fim do jogo, o Juventude ampliou de falta, justamente a que tirou Victor Luis — que vinha bem desde a chance que teve contra o Cruzeiro — da partida. Jean Carlos cobrou, a bola bateu no travessão, na cabeça de Léo Jardim, e entrou.
No segundo tempo, Pacheco tentou várias opções ofensivas para tentar o empate: Rayan, David e Serginho, com pouco resultado. Apesar dos dois tentos sofridos, o time parece se acertar defensivamente. Mas dificuldades para encontrar o caminho do gol traçaram o provável fim precoce da passagem do treinador.