Em 2023, a soma das receitas de 31 dos 40 clubes das Séries A e B do Brasileirão atingiu R$ 11,1 bilhões. Além de ser um recorde, o valor representa um aumento de 274% em relação há dez anos e de 39% em relação a 2022 (R$ 8,4 bilhões). Os dados são do levantamento feito pela consultoria Ernst & Young.
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Mas é importante lembrar que os membros da Liga Forte União contabilizaram a venda de 20% de seus direitos comerciais entre 2025 e 2075. O valor de R$ 2,6 bilhões será pago a eles ao longo de 18 meses, mas já foi antecipado na contabilidade do ano passado.
O somatório das riquezas aponta mais uma vez para uma concentração de renda em poucos clubes. Juntas, as cinco maiores receitas de 2023 (Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Athletico e Fluminense) representam 42% do total. Ou seja: quase a metade.
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Clube de maior faturamento no ano, o Flamengo chegou à terceira temporada seguida na casa do R$ 1 bilhão. O rubro-negro carioca registrou R$ 1,37 bilhão em receitas. São mais de R$ 400 milhões de diferença em relação ao Corinthians, segundo que mais arrecadou em 2023 (R$ 937 milhões).
Maiores receitas de 2023
- Flamengo: R$ 1,374 bilhão
- Corinthians: R$ 937 milhões
- Palmeiras: R$ 927 milhões
- Athletico: 721 milhões
- Fluminense: R$ 694 milhões
O título inédito da Libertadores impulsionou a performance financeira do Fluminense e pôs no top-5. Com receita de R$ 694 milhões, o tricolor registrou R$ 491 milhões só em premiação e direitos de transmissão.
Assim como encabela a lista das maiores receitas, o Flamengo também é o que mais gastou em 2023: R$ 1,067 bilhão. Em comparação com a lista de faturamento, contudo, nesta o top-5 tem a presença de São Paulo e Atlético-MG no lugar de Athletico e Fluminense. O tricolor paulista é o quarto em custo, com R$ 654 milhões. Já o clube mineiro é o quinto, com R$ 568 milhões.
Clubes que mais gastaram em 2023
- Flamengo: R$ 1,067 bilhão
- Palmeiras: R$ 777 milhões
- Corinthians: R$ 772 milhões
- São Paulo: R$ 654 milhões
- Atlético-MG: 568 milhões
A boa notícia é a queda do endividamento líquido total. Em 2023, os 31 clubes somaram R$ 9,529 bilhões, uma redução de aproximadamente R$ 900 milhões em relação ao ano anterior. Em 2022, a dívida de R$ 10,438 bilhões marcou um recorde no futebol brasileiro.
A liderança indesejada deste ranking é do Botafogo, com R$ 1,032 bilhão. O valor corresponde a 11% do total. Já o grupo das cinco maiores dívidas (Corinthians, Atlético-MG, Vasco e São Paulo, além do alvinegro carioca) representam 42% do endividamento líquido dos 31 clubes avaliados.
Maiores dívidas de 2023
- Botafogo: R$ 1,032 bilhão
- Corinthians: R$ 886 milhões
- Atlético-MG: R$ 824 milhões
- Vasco: R$ 749 milhões
- São Paulo: R$ 667 mlhões
Já no outro sentido, Fortaleza, Flamengo, Atlético-MG, Sport e Internacional estão entre os que mais reduziram suas dívidas. As quedas em relação a 2022 foram de, respectivamente, 80%, 75%, 48%, 40% e 21%.
Cruzeiro, CRB, Ituano, Juventude, Londrina, Mirassol, Novorizontino, Sampaio Corrêa e Tombense são os clubes que ficaram fora do levantamento. Isso porque eles não divulgaram suas demonstrações financeiras de 2023 antes do fechamento do relatório.