Futebol Internacional
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Por — Rio de Janeiro

No futebol atual, é raro ver jogadores usarem a mesma camisa durante quase toda a carreira. Não faltaram oportunidades para Marco Reus deixar o Borussia Dortmund nas últimas 12 temporadas, mas, um dia após completar 35 anos, ele se despede hoje do clube onde construiu uma história de “Echte Liebe” (“Amor verdadeiro”, em alemão, lema aurinegro). De volta a Wembley, onde amargou o vice da Liga dos Campeões para o Bayern de Munique, em 2013, enfrenta o Real Madrid, a partir das 16h, podendo conquistar o grande título da sua vida.

As imagens vistas no último dia 18, no Signal Iduna Park, provam que o meia virou uma lenda. A relação recíproca é contada pelo mosaico de agradecimento da Muralha Amarela, a saída de campo com corredor de aplausos, e a retribuição do jogador em pagar toda a cerveja consumida no estádio na goleada por 4 a 0 sobre o Darmstadt. Em campo, fez um gol de falta, seu 170º na 428ª partida pelo Borussia.

— O Dortmund significa tudo para mim. Representar um clube durante 12 anos deve significar alguma coisa por si só, e não fui ficando só por causa do nome ou do dinheiro. É preciso estar confortável, ter um bom ambiente e excelentes companheiros — disse Reus, em entrevista ao site da Uefa. — Os torcedores são uma grande parte da razão pela qual fiquei tanto tempo, mas também porque sempre me senti importante e necessário.

Garoto local

Tendo passado pela base do clube da cidade onde nasceu, retornou em julho de 2012, comprado de outro Borussia, o Mönchengladbach, por 17,5 milhões de euros (à época, R$ 42 milhões), reforçando a equipe bicampeã alemã de Jürgen Klopp, tendo como líderes Robert Lewandowski, Mario Götze e Mats Hummels.

Com o tempo, viu todos saírem, muitos para o Bayern. Grande parte da lenda que Reus construiu veio justamente por ter rejeitado propostas de gigantes europeus, principalmente do grande rival nacional, mesmo que isso tenha significado poucos títulos. Seu currículo conta apenas com duas Copas da Alemanha e três Supercopas.

— Essa declaração de amor ficará para sempre, independentemente do resultado do jogo de hoje. Não há dados estatísticos capazes de traduzir tudo aquilo que Marco Reus representa para o clube e para os torcedores. Quando passou pelos momentos mais difíceis de sua carreira, sempre demonstrou claramente onde é o seu lugar: no Borussia Dortmund — destaca o jornalista Gerd Wenzel, referência no Brasil para o futebol alemão.

Capitão do Borussia Dortmund em 2021, Marco Reus levantou taça da Copa da Alemanha — Foto: John MACDOUGALL / POOL / AFP
Capitão do Borussia Dortmund em 2021, Marco Reus levantou taça da Copa da Alemanha — Foto: John MACDOUGALL / POOL / AFP

Lesões também foram constantes na vida do camisa 11, freando seu potencial no clube e na seleção. Por exemplo, pouco antes da Copa do Mundo de 2014, vencida pelos alemães, foi cortado ao romper ligamentos do tornozelo esquerdo. Hoje, porém, pode curar as feridas abertas nestes 12 anos, se encerrar a “Era Reus” ajudando o time de Edin Terzic, mesmo azarão, a conquistar a Europa.

Em 41 jogos disputados neste ano, fez nove gols e deu sete assistências. Em um recorte recente, só foi titular em três das últimas 12 partidas, mas, coincidentemente, o Dortmund venceu todos estes. Já no mata-mata da Champions League, iniciou entre os 11 apenas no jogo de ida das oitavas de final, contra o PSV (Holanda), empate por 1 a 1.

— De todo modo, a importância dele como capitão e líder inconteste, além das suas invejáveis qualidades técnicas, é indiscutível. São fatores que podem fazer a diferença e, quem sabe, nos levar a testemunhar uma das maiores zebras numa final da Champions. Não se deve desprezar um franco atirador que não tem nada a perder e sabemos que, vez por outra, o futebol costuma aprontar das suas — conclui Wenzel.

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