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Época cultura 1156

'Amor de mãe', antes e depois da pandemia

Autora da novela, Manuela Dias relata o desafio de adaptar Covid-19 à trama e diz criar seus textos com o intuito de emocionar, e não de impor suas convicções
Manuela tinha 20 anos de TV Globo quando começou a escrever sua primeira novela, “Amor de mãe”. A série “Justiça”, seu trabalho anterior, foi indicada ao Emmy. Foto: Jorge Bispo
Manuela tinha 20 anos de TV Globo quando começou a escrever sua primeira novela, “Amor de mãe”. A série “Justiça”, seu trabalho anterior, foi indicada ao Emmy. Foto: Jorge Bispo

Nos cinco meses que já duram esta quarentena, Manuela Dias, autora de Amor de mãe , não parou de trabalhar um só minuto. Apesar de as gravações da novela terem sido suspensas em março, quando a pandemia do novo coronavírus se espalhou pelo Brasil, ela continuou entregando os capítulos. Era preciso que chegassem quanto antes às mãos do diretor artístico José Luiz Villamarim, grande parceiro profissional da autora, e da equipe de produção, para que se estudasse um protocolo que viabilizasse a volta das gravações. Enquanto escrevia, Manuela recebia, processava e incorporava no texto as diretrizes que iam sendo apontadas diariamente pela equipe de crise. “Tudo mudava tanto, que só estou entregando tudo nesta semana”, contou. (A entrevista foi feita na segunda-feira 31.) No início do isolamento, Manuela escreveu alguns dos 23 capítulos que faltam para o desfecho da novela enquanto dedicava atenção plena à filha, Helena, de 4 anos, e em meio ao caos de uma casa em obras. Em busca de paz para escrever, mudou-se para a serra fluminense com a filha, onde criou uma “comunidade” para ajudá-la a dar conta da missão, composta do pai de Helena, a atual namorada dele, a afilhada e os compadres. Assim pôde voltar ao “normal”: escrever durante 12 horas diárias, de seis a sete dias por semana.

A dedicação extrema pode render capítulos emocionantes, cada um reescrito cerca de três vezes, de acordo com o humor e as ideias da autora. Mas tanto empenho impõe custos à própria saúde de Manuela, que encara sessões de acupuntura e laser nos dedos das mãos para aplacar os efeitos da fricção com o teclado. Vem daí, aliás, o extremo incômodo que sente quando um ator muda em cena os diálogos que escreve. Aí essa ariana, nascida em Salvador, roda a baiana. Ou melhor, solta o verbo, prática que conhece bem, já que aprendeu a dizer o que sente na análise aos 6 anos de idade. Filha de uma produtora cultural “tropicalista” que, nos primeiros 18 anos de “Manu”, seu apelido para os mais íntimos, mudou-se de casa 20 vezes, a autora de 43 anos leva muito de sua criação livre para os textos.

Lurdes (Regina Casé), rodeada por seus filhos na trama. Para Manuela, o que importa “são os heróis do dia a dia”. Foto: João Cotta / Rede Globo / Divulgação
Lurdes (Regina Casé), rodeada por seus filhos na trama. Para Manuela, o que importa “são os heróis do dia a dia”. Foto: João Cotta / Rede Globo / Divulgação

Formada em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em cinema pela Escuela de Santo Antônio de los Baños, em Cuba, onde foi aluna de Gabriel García Márquez, Manuela também tem no currículo o roteiro de longas-metragens como Deserto feliz , de Paulo Caldas, Transeunte , de Eryk Rocha, O céu sobre os ombros , de Sérgio Borges, e A hora e a vez de Augusto Matraga , de Vinicius Coimbra. Na TV, colaborou em séries como Aline , A grande família , Fama e Sandy & Junior , e em novelas como Cordel encantado e Joia rara , antes de escrever sua primeira série, Justiça , indicada ao Emmy como Melhor Série Dramática. Ela também produziu seu primeiro longa, Love film festival , e assinou o texto da minissérie Ligações perigosas . Em entrevista a ÉPOCA, ela contou como a pandemia transformará os rumos de Amor de mãe , sucesso de audiência da faixa das 21 horas, que parou de ser exibida em março.

Depois de duas décadas na TV Globo, sua primeira novela havia acabado de estrear e ia muito bem de audiência. Mas veio a pandemia e a tirou do ar. Ficou frustrada? Foi tão devastador que o que me frustrou não diz respeito a minha vida, mas à de 120 mil pessoas que morreram. É uma mensagem tão incisiva, uma realidade tão avassaladora, que não consegui pensar: “Caramba, interromperam minha novela”. Lido com o reescrever o tempo inteiro, não só por demandas da realidade externa, como chuva ou um ator doente, mas interna também. Como roteirista, estou o tempo todo me adaptando e posso escrever até no celular. Claro que não sou uma louca a ponto de reescrever em cima da hora em outro cenário, com outras demandas de produção. Mudo diálogos, dinâmicas de cena. Uma das coisas que me movem é isto: o processo é vivo, do lado de fora e de dentro. Quando veio a pandemia, minha vida virou um caos. Tenho uma filha de 4 anos, minha casa estava em obra. Do ponto de vista pessoal, foi um caos. Tinha de entregar a novela e mudar de casa.

“A novela volta com a pandemia em andamento. Pulei a fase do ‘tem de usar máscara’ e ‘como usa o álcool em gel’ e localizei no tempo em que contabilizávamos 8 mil mortos”

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Amor de mãe é uma novela realista, que incorporará a pandemia. Mas a realidade está mudando muito rápido desde o início da quarentena. Se tudo é tão incerto, como projetar algo que continue fazendo sentido daqui a seis, sete meses, quando a novela voltar ao ar? Meu primeiro input foi não colocar a Covid. Falei “nossa, que coisa chata, pesada, não vou colocar”. A gente não sabia o tamanho da coisa. A Globo fechou muito rápido, os atores foram gravar num dia sem saber que não voltariam no outro. Mas chegou uma hora que não havia mais como segurar. Se deixássemos a Covid fora da novela, ela deixaria de ser realista. O que fiz foi determinar, no tempo, onde a gente começa. Quando a Globo terminou de organizar o protocolo, que é testado, questionado, revisto todos os dias, precisei determinar. Então, a novela volta com a pandemia em andamento. Pulei a fase do “tem de usar máscara” e “como usa o álcool em gel” e localizei no tempo em que contabilizávamos 8 mil mortos. A novela virou uma novela “de época”, porque ela vai estrear em fevereiro. E, como tem uma data marcada, eu sei exatamente o tempo que ela (a pandemia) dura dentro da história. A novela acaba, por exemplo, antes da vacina.

Adriana Esteves e Mariana Nunes gravam uma das cenas finais da fase pré-pandemia da novela. Agora, as gravações terão protocolos estritos e graus de risco por cena. Foto: Isabella Pinheiro / Gshow
Adriana Esteves e Mariana Nunes gravam uma das cenas finais da fase pré-pandemia da novela. Agora, as gravações terão protocolos estritos e graus de risco por cena. Foto: Isabella Pinheiro / Gshow

Como autora, deve se sentir responsável pelos atores e por toda a equipe envolvida. Como a preocupação se traduz no texto? Eu me sinto responsável, é uma equipe imensa. Mas o protocolo dá uma segurança muito louca, porque é muito mais rígido do que tudo que qualquer pessoa esteja fazendo em casa. Me falaram: “Ah, mas o protocolo é ruim porque não pode fazer várias coisas”. Não! O protocolo é maravilhoso porque ele viabiliza, sem ele não tinha como gravar, então, eu amo o protocolo! Tudo que eu puder fazer para compor com ele, eu faço. Não pode esse encontro? A gente faz por Zoom, por videoconferência. Incorporei tudo que a gente está usando na vida. Isto aqui (ela se refere a esta entrevista, feita por Zoom) existe na novela, porque é como estamos vivendo. Tem uma escapadinha errada que não deveria ter acontecido? Tem, como tem na vida de uma pessoa ou outra. Não estou falando de uma pessoa que vai à praia no domingo, mas de alguém que não aguenta e vai encontrar o namorado. Nesse sentido, eu também me sinto responsável pelo que a gente está falando na novela. Porque é óbvio que a função da dramaturgia é tecer exemplos morais, comportamentais, de toda a natureza. Sei da importância de uma novela das 21 horas no Brasil, um país que precisa crescer muito do ponto de vista da leitura e de outras fontes de cultura. Televisão é cultura, é uma indústria que só gira com arte.

Os personagens de Thiago Martins e Anitta se beijam. Manuela disse que seus textos vão contemplar escapadas dos personagens durante o isolamento, mas não para ir à praia. “Eu me sinto responsável”. Foto: Victor Pollak / Rede Globo / Divulgação
Os personagens de Thiago Martins e Anitta se beijam. Manuela disse que seus textos vão contemplar escapadas dos personagens durante o isolamento, mas não para ir à praia. “Eu me sinto responsável”. Foto: Victor Pollak / Rede Globo / Divulgação

Sua novela tem o afeto como ingrediente estrutural. A família da personagem da Regina Casé vivia se abraçando. Como as restrições de contato físico afetaram essas cenas? As cenas são divididas em graus de risco. Cena sem toque é uma categoria de risco, com toque outra. Mas, de novo, é o realismo que responde. Porque a gente resolve como na vida. Na sua casa você não usa máscara, na sua microbolha você abraça, beija. Com os outros, não. Essa experiência é reproduzida pelos personagens. Gostaria de fazer uma festa para comemorar o fim da novela, não posso. Mas posso chamar quatro pessoas da minha microbolha para comemorar comigo. Não posso provocar a circulação de personagens, assim como não podemos nos misturar na vida real. Os personagens também estão divididos em microbolhas, assim como o elenco. Toda a escalação é feita com rotatividade de descanso. É uma matemática sutil que se soma à minha matemática de base. No fundo, é um exercício que já está introjetado em minha escrita. Nem sem pandemia posso misturar os personagens à galega, porque interfere na dinâmica de gravação. Claro que a Covid intensifica minhas limitações, mas não é tão novidade em meu processo. Os limites conceituais ou da realidade tendem a estimular o processo criativo porque te obrigam a pegar as vias de sinais da criatividade. Claro que não estou falando de fome orçamentária, defendendo que é bom ser pobre para ser criativo. De jeito nenhum! Cultura precisa de dinheiro, de investimento.

Manuela odeia que atores mudem suas falas no set, na hora de gravar. Ela contou que chega a reescrever os capítulos até três vezes e teve de fazer acupuntura e laser para tratar dores nos dedos. “O ator faz a entonação que quiser, o diretor a marcação que quiser... Só não mexe no texto”. Foto: Jorge Bispo
Manuela odeia que atores mudem suas falas no set, na hora de gravar. Ela contou que chega a reescrever os capítulos até três vezes e teve de fazer acupuntura e laser para tratar dores nos dedos. “O ator faz a entonação que quiser, o diretor a marcação que quiser... Só não mexe no texto”. Foto: Jorge Bispo

Um dos diálogos mais marcantes da novela foi o discurso da personagem da Jéssica Ellen, a Camila, que refletiu sobre as dificuldades de ser mulher, negra e pobre no Brasil. Como fazer para um texto tão forte como esse soar natural ao sair da boca de um ator? Sou obsessiva com relação aos diálogos. Inclusive, sou famosa por falar para os atores que não podem mexer no texto, que vou ficar chateada. E fico mesmo. Escrevo os diálogos praticamente sozinha. Pensa: são 4.500 páginas. Neste momento, estou com vários problemas na mão. Faço tratamento todos os dias, acupuntura, laser... Boto 20 agulhas em cada mão. A gente não foi feito para escrever compulsivamente 12 horas por dia, durante quatro anos. A novela é um produto industrial que eu produzo de forma artesanal, e isso tem um custo pessoal. Faço um processo de manutenção intensa que não dá conta, mas viabiliza. Agora, entrei naquela fase do maratonista que está vendo a linha de chegada e dá uma animada. Mas, em alguns capítulos, eu não estava aguentando. Ao mesmo tempo, existe esse prazer do endurance. Sou ariana com ascendente em escorpião, baiana, brasileira, mãe solteira... Chega uma hora em que falo: “Eu vou nessa porra!”.

­ Foto: Jorge Bispo
­ Foto: Jorge Bispo

Por isso, não gosta que atores mudem o texto... Por isso sou control freak com os diálogos. Com alguns atores, tive parcerias maravilhosas, tipo Selton Mello (com quem trabalhou em “Ligações perigosas”) . Porque amo crescer. Então, falo para eles: “Sou uma autora viva. Achou alguma coisa ruim? Pode me ligar. Mas não me ligar do set, e sim quando estiver estudando sua cena antes. “Teve uma ideia? Acho lindo.” Todo domingo eu falava com o Selton. Muitas vezes, dizia: “Que ideia ótima! Deixa que eu mudo e mando um adendo”. Imagina que, ao longo do dia, escrevo cada capítulo três vezes. Cada uma das 4.500 páginas da novela escrevi três vezes! Então, já tive aquela ideia que o cara teve no set duas versões atrás. Vai ficar bom se cada um fizer seu trabalho. O ator faz a entonação que quiser, o diretor a marcação que quiser... Só não mexe no texto! Sabe, tenho muito prazer em fazer isso. Minha mãe me botou para fazer análise aos 6 anos. Desde muito cedo, treinei não só para falar, como para dizer as coisas. A pessoa me incomodou? Falo “cara, não gostei”. Woody Allen, Bergman, Homero, Eurípides... São grandes dialoguistas. Peço ajuda a todos quando preciso. Estou aqui lendo Édipo para uma cena de Lurdes e Domenico. O que salva Hamlet é “ser ou não ser”. O grande momento do diálogo é que vai sobreviver. Luto pelos diálogos de meus textos como luto pela minha filha. E, quando fica ruim, é meu também. O Chay (Suede) , que eu amo, é um ator de composição naturalista. O apelido dele é “mudão”, porque muda o texto geral. Eu disse: “Chay, não pode mudar o texto”. E ele: “Nossa, mas por quê? Todas as suas cenas vão ser perfeitas?”. Respondi: “Claro que não, mas suas cenas também não vão ser, e eu não vou chamar outro ator para fazer, não é?”. Não vai ser sempre bom, mas vai ser meu. É sempre um grande momento quando falo para o ator que não pode mexer no diálogo. Imagina, falei isso para a Regina Casé, que não faz diálogo escrito!

“Eu disse: ‘Chay (Suede), não pode mudar o texto’. E ele: ‘Nossa, mas por quê? Todas as suas cenas vão ser perfeitas?’. Respondi: ‘Claro que não, mas suas cenas também não vão ser, e eu não vou chamar outro ator para fazer, não é?’”

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A novela fala de muitos assuntos que estão no centro do debate contemporâneo. A luta das mulheres, racismo, barriga solidária, abuso sexual... Você aproveita o espaço que lhe está sendo dado para dialogar com o espectador sobre bandeiras em que acredita? Quando falo, não tenho vontade de fazer com que as pessoas se convençam. Porque todo mundo já está convencido da importância da ecologia etc. Eu quero é emocionar, quero que as pessoas sintam. O processo de conscientização, às vezes, é estéril do ponto de vista de resultado prático. Mas o de sensibilização é potente. Escrevo nesse lugar. Não tenho nenhuma vontade de defender meu ponto de vista sobre o que é importante para mim. Vale mais a pessoa ver a cena e chorar sem nem entender por que está chorando. Porque, senão, eu ia ser professora, sei lá. Quando minha protagonista é uma mãe pobre, quase uma índia, que é a Regina, sozinha, lutando pelos filhos, já estou dizendo às pessoas: “Olhem para suas funcionárias. Elas não são figurantes em sua vida, mas protagonistas na vida delas”. E isso muda tudo, muda a forma de respeitar. O que me encanta são os heróis do dia a dia. Ouvi uma frase linda outro dia: “O Brasil é uma mãe preta, pobre, sozinha, criando os filhos”. É isso que me importa.

Amor de mãe veio junto com seu processo de tornar-se mãe. É partir do próprio umbigo para falar de assuntos que afetam todo mundo... Acredito que isso não seja uma característica minha, mas de tudo. Você acha que não chorei escrevendo a cena da Jéssica? Que não tenho taquicardia? Hoje eu tive. Fui tomar um banho porque estava alterada para entrar nesta entrevista. Se não é assim, se não significa nem para quem faz, como vai significar para outra pessoa? Acho que isso é uma qualidade de tudo na vida. É difícil, não é toda hora, mas, quando você realmente consegue chegar lá, atinge todo mundo. No fundo, entre mim e você é a mesma coisa. Choro escrevendo, a pessoa chora vendo, fico nervosa escrevendo, a pessoa fica nervosa do outro lado da tela.

­ Foto: Jorge Bispo
­ Foto: Jorge Bispo

Se somos frutos de nossa criação, o que foi fundamental para que se tornasse a mulher que é e uma diretora que humaniza? Se tivesse de responder em uma palavra seria “mãe”. Fui criada, bancada e norteada por minha mãe. É o exemplo de uma mulher muito original, forte, livre, aquariana. Até os 18 anos, eu tinha morado em 20 casas diferentes, era mais de uma por ano. Também acho que foi determinante ser filha de tropicalista. E ainda sou baiana, o que dá uma “dimerizada” para mais. Era tudo muito legalizado, os desejos, as raivas, as culpas que não fazem sentido, os sentimentos errados que a gente não devia ter, mas tem. Acho que tanto essa corrente tropicalista quanto a questão da psicanálise refluíram muito para minha dramaturgia. Quando comecei a falar que a novela não tinha vilão, não é que não tem maldade, mas que ninguém é totalmente mau. Em Justiça , o público começou odiando o personagem do Enrique Díaz e terminou amando. No fundo, esses corruptos, que a gente odeia e quer estrangular, amam alguém. A dramaturgia é um caminho muito louco da compreensão. Tipo, eu entendo Macbeth! Leio aquela história e penso: a tragédia é que ele era bom! As três protagonistas da novela: a Lurdes matou o pai dos filhos, a Vitória entregou o filho para ser vendido e a Thelma comprou uma criança e depois matou gente. E elas são amáveis. Pessoas boas erram para caralho. Elas não erraram no sal e, sim, podem matar uma pessoa! Como Medeia: a gente se pergunta por que os deuses salvaram a ela, que matou os filhos? Há milhões de estudos e ninguém consegue dar conta disso. Os deuses conseguiram entendê-la.

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