Crítica em relação aos ideais irreais de beleza, Letticia Munniz expressa preocupação com o avanço da moda da magreza extrema. Diante do surgimento de medicações como Ozempic e da padronização do tamanho das roupas, a modelo e influenciadora abriu o jogo em entrevista ao GLOBO, durante evento de lançamento de uma nova linha de séruns corporais da Dove.
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— A moda da magreza está voltando, está todo mundo tomando esses remédios para emagrecer e agora começamos a conversar sobre os efeitos disso. Eu não sou contra as pessoas emagrecerem, eu acho que cada um faz o que quiser do seu corpo, mas acho que isso, obviamente, essa massificação do emagrecimento, tem efeitos, que batem às vezes até em quem nem tá tomando, que nem tem nada a ver com isso — pondera.
Defensora do movimento body positive, Letticia, que conta com 1 milhão de seguidores nas redes sociais, não se importa em ser uma porta-voz sobre autoestima de corpos diversos e na luta contra a gordofobia.
— Não me incomoda falar sobre, porque quando eu decidi trazer isso como um assunto, foi no intuito de ajudar as pessoas a mudarem suas vidas, ajudar as pessoas a se libertarem da mesma maneira que eu consegui me libertar. Quanto quantas mais pessoas eu puder contribuir, vou ser mais feliz, o mundo vai ser mais feliz — explica.
Para ela, a construção da autoestima favorece não só a própria pessoa, mas as gerações seguintes e traz influência para toda a sociedade.
— Muitas mães acabam passando para os filhos essas inseguranças corporais. Então muitas crianças adolescentes são criadas com essas pressões dentro de casa. É preciso desconstruir isso — reitera.